Mensagem do Papa Bento XVI para a 50º Dia Mundial de Oração pelas Vocações
Amados irmãos e irmãs!
No quinquagésimo Dia Mundial de Oração pelas Vocações que será celebrado
no IV Domingo de Páscoa, 21 de Abril de 2013, desejo convidar-vos a
refletir sobre o tema «As vocações sinal da esperança fundada na fé»,
que bem se integra no contexto do Ano da Fé e no cinquentenário da
abertura do Concílio Ecumênico Vaticano II. Decorria o período da
Assembleia conciliar quando o Servo de Deus Paulo VI instituiu este Dia
de unânime invocação a Deus Pai para que continue a enviar operários
para a sua Igreja (cf. Mt 9,38). «O problema do número suficiente de
sacerdotes – sublinhava então o Sumo Pontífice – interpela todos os
fiéis, não só porque disso depende o futuro da sociedade cristã, mas
também porque este problema é o indicador concreto e inexorável da
vitalidade de fé e amor de cada comunidade paroquial e diocesana, e o
testemunho da saúde moral das famílias cristãs. Onde desabrocham
numerosas as vocações para o estado eclesiástico e religioso, vive-se
generosamente segundo o Evangelho» (Paulo VI, Radiomensagem, 11 de Abril
de 1964).
Nestas cinco décadas, as várias comunidades eclesiais dispersas pelo
mundo inteiro têm-se espiritualmente unido todos os anos, no IV Domingo
de Páscoa, para implorar de Deus o dom de santas vocações e propor de
novo à reflexão de todos a urgência da resposta à chamada divina. Na
realidade, este significativo encontro anual tem favorecido fortemente o
empenho por se consolidar sempre mais, no centro da espiritualidade, da
ação pastoral e da oração dos fiéis, a importância das vocações para o
sacerdócio e a vida consagrada.
A esperança é expectativa de algo de positivo para o futuro, mas que
deve ao mesmo tempo sustentar o nosso presente, marcado frequentemente
por dissabores e insucessos. Onde está fundada a nossa esperança?
Olhando a história do povo de Israel narrada no Antigo Testamento, vemos
aparecer constantemente, mesmo nos momentos de maior dificuldade como o
exílio, um elemento que os profetas de modo particular não cessam de
recordar: a memória das promessas feitas por Deus aos Patriarcas;
memória essa que requer a imitação do comportamento exemplar de Abraão, o
qual – como sublinha o Apóstolo Paulo – «foi com uma esperança, para
além do que se podia esperar, que ele acreditou e assim se tornou pai de
muitos povos, conforme o que tinha sido dito: Assim será a tua
descendência» (Rm 4,18). Então, uma verdade consoladora e instrutiva que
emerge de toda a história da salvação é a fidelidade de Deus à aliança,
com a qual Se comprometeu e que renovou sempre que o homem a rompeu
pela infidelidade, pelo pecado, desde o tempo do dilúvio (cf. Gn
8,21-22) até ao êxodo e ao caminho no deserto (cf. Dt 9,7); fidelidade
de Deus que foi até ao ponto de selar a nova e eterna aliança com o
homem por meio do sangue de seu Filho, morto e ressuscitado para a nossa
salvação.
Em todos os momentos, sobretudo nos mais difíceis, é sempre a fidelidade
do Senhor – verdadeira força motriz da história da salvação – que faz
vibrar os corações dos homens e mulheres e os confirma na esperança de
chegar um dia à «Terra Prometida». O fundamento seguro de toda a
esperança está aqui: Deus nunca nos deixa sozinhos e permanece fiel à
palavra dada. Por este motivo, em toda a situação, seja ela feliz ou
desfavorável, podemos manter uma esperança firme, rezando com o
salmista: «Só em Deus descansa a minha alma, d’Ele vem a minha
esperança» (Sl 62/61,6). Portanto ter esperança equivale a confiar no
Deus fiel, que mantém as promessas da aliança. Por isso, a fé e a
esperança estão intimamente unidas. A esperança «é, de fato, uma palavra
central da fé bíblica, a ponto de, em várias passagens, ser possível
intercambiar os termos “fé” e “esperança”. Assim, a Carta aos Hebreus
liga estreitamente a “plenitude da fé” (10,22) com a “imutável profissão
da esperança” (10,23). De igual modo, quando a Primeira Carta de Pedro
exorta os cristãos a estarem sempre prontos a responder a propósito do
logos – o sentido e a razão – da sua esperança (3,15), “esperança”
equivale a “fé”» (Enc. Spe salvi, 2).
Amados irmãos e irmãs, em que consiste a fidelidade de Deus à qual
podemos confiar-nos com firme esperança? Consiste no seu amor. Ele, que é
Pai, derrama o seu amor no mais íntimo de nós mesmos, através do
Espírito Santo (cf. Rm 5,5). E é precisamente este amor, manifestado
plenamente em Jesus Cristo, que interpela a nossa existência, pedindo a
cada qual uma resposta a propósito do que quer fazer da sua vida e
quanto está disposto a apostar para a realizar plenamente. Por vezes o
amor de Deus segue percursos surpreendentes, mas sempre alcança a
quantos se deixam encontrar. Assim a esperança nutre-se desta certeza:
«Nós conhecemos o amor que Deus nos tem, pois cremos nele» (1 Jo 4,16). E
este amor exigente e profundo, que vai além da superficialidade,
infunde-nos coragem, dá-nos esperança no caminho da vida e no futuro,
faz-nos ter confiança em nós mesmos, na história e nos outros. Apraz-me
repetir, de modo particular a vós jovens, estas palavras: «Que seria da
vossa vida, sem este amor? Deus cuida do homem desde a criação até ao
fim dos tempos, quando completar o seu desígnio de salvação. No Senhor
ressuscitado, temos a certeza da nossa esperança» (Discurso aos jovens
da diocese de São Marino-Montefeltro, 19 de Junho de 2011).
Também hoje, como aconteceu durante a sua vida terrena, Jesus, o
Ressuscitado, passa pelas estradas da nossa vida e vê-nos imersos nas
nossas atividades, com os nossos desejos e necessidades. É precisamente
no nosso dia-a-dia que Ele continua a dirigir-nos a sua palavra;
chama-nos a realizar a nossa vida com Ele, o único capaz de saciar a
nossa sede de esperança. Vivente na comunidade de discípulos que é a
Igreja, Ele chama também hoje a segui-Lo. E este apelo pode chegar em
qualquer momento. Jesus repete também hoje: «Vem e segue-Me!» (Mc
10,21). Para acolher este convite, é preciso deixar de escolher por si
mesmo o próprio caminho. Segui-Lo significa entranhar a própria vontade
na vontade de Jesus, dar-Lhe verdadeiramente a precedência, antepô-Lo a
tudo o que faz parte da nossa vida: família, trabalho, interesses
pessoais, nós mesmos. Significa entregar-Lhe a própria vida, viver com
Ele em profunda intimidade, por Ele entrar em comunhão com o Pai no
Espírito Santo e, consequentemente, com os irmãos e irmãs. Esta comunhão
de vida com Jesus é o «lugar» privilegiado onde se pode experimentar a
esperança e onde a vida será livre e plena.
As vocações sacerdotais e religiosas nascem da experiência do encontro
pessoal com Cristo, do diálogo sincero e familiar com Ele, para entrar
na sua vontade. Por isso, é necessário crescer na experiência de fé,
entendida como profunda relação com Jesus, como escuta interior da sua
voz que ressoa dentro de nós. Este itinerário, que torna uma pessoa
capaz de acolher a chamada de Deus, é possível no âmbito de comunidades
cristãs que vivem uma intensa atmosfera de fé, um generoso testemunho de
adesão ao Evangelho, uma paixão missionária que induza a pessoa à
doação total de si mesma pelo Reino de Deus, alimentada pela recepção
dos sacramentos, especialmente a Eucaristia, e por uma fervorosa vida de
oração. Esta «deve, por um lado, ser muito pessoal, um confronto do meu
eu com Deus, com o Deus vivo; mas, por outro, deve ser incessantemente
guiada e iluminada pelas grandes orações da Igreja e dos santos, pela
oração litúrgica, na qual o Senhor nos ensina continuamente a rezar de
modo justo» (Enc. Spe salvi, 34).
A oração constante e profunda faz crescer a fé da comunidade cristã, na
certeza sempre renovada de que Deus nunca abandona o seu povo e que o
sustenta suscitando vocações especiais, para o sacerdócio e para a vida
consagrada, que sejam sinais de esperança para o mundo. Na realidade, os
presbíteros e os religiosos são chamados a entregar-se de forma
incondicional ao Povo de Deus, num serviço de amor ao Evangelho e à
Igreja, num serviço àquela esperança firme que só a abertura ao
horizonte de Deus pode gerar.
Assim eles, com o testemunho da sua fé e com o seu fervor apostólico,
podem transmitir, em particular às novas gerações, o ardente desejo de
responder generosa e prontamente a Cristo, que chama a segui-Lo mais de
perto. Quando um discípulo de Jesus acolhe a chamada divina para se
dedicar ao ministério sacerdotal ou à vida consagrada, manifesta-se um
dos frutos mais maduros da comunidade cristã, que ajuda a olhar com
particular confiança e esperança para o futuro da Igreja e o seu empenho
de evangelização. Na verdade, sempre terá necessidade de novos
trabalhadores para a pregação do Evangelho, a celebração da Eucaristia, o
sacramento da Reconciliação.
Por isso, oxalá não faltem sacerdotes zelosos que saibam estar ao lado
dos jovens como «companheiros de viagem», para os ajudarem, no caminho
por vezes tortuoso e obscuro da vida, a reconhecer Cristo, Caminho,
Verdade e Vida (cf. Jo 14,6); para lhes proporem com coragem evangélica a
beleza do serviço a Deus, à comunidade cristã, aos irmãos. Não faltem
sacerdotes que mostrem a fecundidade de um compromisso entusiasmante,
que confere um sentido de plenitude à própria existência, porque fundado
sobre a fé n’Aquele que nos amou primeiro (cf. 1 Jo 4,19).
Do mesmo modo, desejo que os jovens, no meio de tantas propostas
superficiais e efêmeras, saibam cultivar a atração pelos valores, as
metas altas, as opções radicais por um serviço aos outros seguindo os
passos de Jesus. Amados jovens, não tenhais medo de O seguir e de
percorrer os caminhos exigentes e corajosos da caridade e do compromisso
generoso. Sereis felizes por servir, sereis testemunhas daquela alegria
que o mundo não pode dar, sereis chamas vivas de um amor infinito e
eterno, aprendereis a «dar a razão da vossa esperança» (1 Ped 3,15).
Mensagem do Papa para o Dia Mundial de Oração pelas Vocações 2012
Boletim da Santa Sé
«As vocações, dom do amor de Deus»
Mensagem do Papa Bento XVI para a 49º Dia Mundial de Oração pelas Vocações
Amados irmãos e irmãs!
O XLIX Dia Mundial de Oração pelas Vocações, que será celebrado no IV domingo de Páscoa – 29 de Abril de 2012 –, convida-nos a refletir sobre o tema «As vocações, dom do amor de Deus».
A fonte de todo o dom perfeito é Deus, e Deus é Amor – Deus caritas est –; «quem permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele» (1 Jo 4, 16). A Sagrada Escritura narra a história deste vínculo primordial de Deus com a humanidade, que antecede a própria criação. Ao escrever aos cristãos da cidade de Éfeso, São Paulo eleva um hino de gratidão e louvor ao Pai pela infinita benevolência com que predispõe, ao longo dos séculos, o cumprimento do seu desígnio universal de salvação, que é um desígnio de amor. No Filho Jesus, Ele «escolheu-nos – afirma o Apóstolo – antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis em caridade na sua presença» (Ef 1, 4). Fomos amados por Deus, ainda «antes» de começarmos a existir! Movido exclusivamente pelo seu amor incondicional, «criou-nos do nada» (cf. 2 Mac 7, 28) para nos conduzir à plena comunhão consigo.
À vista da obra realizada por Deus na sua providência, o salmista exclama maravilhado: «Quando contemplo os céus, obra das vossas mãos, a Lua e as estrelas que Vós criastes, que é o homem para Vos lembrardes dele, o filho do homem para com ele Vos preocupardes?» (Sal 8, 4-5). Assim, a verdade profunda da nossa existência está contida neste mistério admirável: cada criatura, e particularmente cada pessoa humana, é fruto de um pensamento e de um ato de amor de Deus, amor imenso, fiel e eterno (cf. Jer 31, 3). É a descoberta deste fato que muda, verdadeira e profundamente, a nossa vida.
Numa conhecida página das Confissões, Santo Agostinho exprime, com grande intensidade, a sua descoberta de Deus, beleza suprema e supremo amor, um Deus que sempre estivera com ele e ao qual, finalmente, abria a mente e o coração para ser transformado: «Tarde Vos amei, ó beleza tão antiga e tão nova, tarde Vos amei! Vós estáveis dentro de mim, mas eu estava fora, e fora de mim Vos procurava; com o meu espírito deformado, precipitava-me sobre as coisas formosas que criastes. Estáveis comigo e eu não estava convosco. Retinha-me longe de Vós aquilo que não existiria, se não existisse em Vós. Chamastes-me, clamastes e rompestes a minha surdez. Brilhastes, resplandecestes e dissipastes a minha cegueira. Exalastes sobre mim o vosso perfume: aspirei-o profundamente, e agora suspiro por Vós. Saboreei-Vos e agora tenho fome e sede de Vós. Tocastes-me e agora desejo ardentemente a vossa paz» (Confissões, X, 27-38). O santo de Hipona procura, através destas imagens, descrever o mistério inefável do encontro com Deus, com o seu amor que transforma a existência inteira.
Numa conhecida página das Confissões, Santo Agostinho exprime, com grande intensidade, a sua descoberta de Deus, beleza suprema e supremo amor, um Deus que sempre estivera com ele e ao qual, finalmente, abria a mente e o coração para ser transformado: «Tarde Vos amei, ó beleza tão antiga e tão nova, tarde Vos amei! Vós estáveis dentro de mim, mas eu estava fora, e fora de mim Vos procurava; com o meu espírito deformado, precipitava-me sobre as coisas formosas que criastes. Estáveis comigo e eu não estava convosco. Retinha-me longe de Vós aquilo que não existiria, se não existisse em Vós. Chamastes-me, clamastes e rompestes a minha surdez. Brilhastes, resplandecestes e dissipastes a minha cegueira. Exalastes sobre mim o vosso perfume: aspirei-o profundamente, e agora suspiro por Vós. Saboreei-Vos e agora tenho fome e sede de Vós. Tocastes-me e agora desejo ardentemente a vossa paz» (Confissões, X, 27-38). O santo de Hipona procura, através destas imagens, descrever o mistério inefável do encontro com Deus, com o seu amor que transforma a existência inteira.
Trata-se de um amor sem reservas que nos precede, sustenta e chama ao longo do caminho da vida e que tem a sua raiz na gratuidade absoluta de Deus. O meu antecessor, o Beato João Paulo II, afirmava – referindo-se ao ministério sacerdotal – que cada «gesto ministerial, enquanto leva a amar e a servir a Igreja, impele a amadurecer cada vez mais no amor e no serviço a Jesus Cristo Cabeça, Pastor e Esposo da Igreja, um amor que se configura sempre como resposta ao amor prévio, livre e gratuito de Deus em Cristo» (Exort. ap. Pastores dabo vobis, 25). De fato, cada vocação específica nasce da iniciativa de Deus, é dom do amor de Deus! É Ele que realiza o «primeiro passo», e não o faz por uma particular bondade que teria vislumbrado em nós, mas em virtude da presença do seu próprio amor «derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo» (Rm 5, 5).
Em todo o tempo, na origem do chamamento divino está a iniciativa do amor infinito de Deus, que se manifesta plenamente em Jesus Cristo. «Com efeito – como escrevi na minha primeira Encíclica, Deus caritas est – existe uma múltipla visibilidade de Deus. Na história de amor que a Bíblia nos narra, Ele vem ao nosso encontro, procura conquistar-nos – até à Última Ceia, até ao Coração trespassado na cruz, até às aparições do Ressuscitado e às grandes obras pelas quais Ele, através da ação dos Apóstolos, guiou o caminho da Igreja nascente. Também na sucessiva história da Igreja, o Senhor não esteve ausente: incessantemente vem ao nosso encontro, através de pessoas nas quais Ele Se revela; através da sua Palavra, nos Sacramentos, especialmente na Eucaristia» (n.º 17).
O amor de Deus permanece para sempre; é fiel a si mesmo, à «promessa que jurou manter por mil gerações» (Sal 105, 8). Por isso é preciso anunciar de novo, especialmente às novas gerações, a beleza persuasiva deste amor divino, que precede e acompanha: este amor é a mola secreta, a causa que não falha, mesmo nas circunstâncias mais difíceis.
Amados irmãos e irmãs, é a este amor que devemos abrir a nossa vida; cada dia, Jesus Cristo chama-nos à perfeição do amor do Pai (cf. Mt 5, 48). Na realidade, a medida alta da vida cristã consiste em amar «como» Deus; trata-se de um amor que, no dom total de si, se manifesta fiel e fecundo. À prioresa do mosteiro de Segóvia, que fizera saber a São João da Cruz a pena que sentia pela dramática situação de suspensão em que ele então se encontrava, este santo responde convidando-a a agir como Deus: «A única coisa que deve pensar é que tudo é predisposto por Deus; e onde não há amor, semeie amor e recolherá amor» (Epistolário, 26).
Neste terreno de um coração em oblação, na abertura ao amor de Deus e como fruto deste amor, nascem e crescem todas as vocações. E é bebendo nesta fonte durante a oração, através duma familiaridade assídua com a Palavra e os Sacramentos, nomeadamente a Eucaristia, que é possível viver o amor ao próximo, em cujo rosto se aprende a vislumbrar o de Cristo Senhor (cf. Mt 25, 31-46). Para exprimir a ligação indivisível entre estes «dois amores» – o amor a Deus e o amor ao próximo – que brotam da mesma fonte divina e para ela se orientam, o Papa São Gregório Magno usa o exemplo da plantinha: «No terreno do nosso coração, [Deus] plantou primeiro a raiz do amor a Ele e depois, como ramagem, desenvolveu-se o amor fraterno» (Moralia in Job, VII, 24, 28: PL 75, 780D).
Estas duas expressões do único amor divino devem ser vividas, com particular vigor e pureza de coração, por aqueles que decidiram empreender um caminho de discernimento vocacional em ordem ao ministério sacerdotal e à vida consagrada; aquelas constituem o seu elemento qualificante. De fato, o amor a Deus, do qual os presbíteros e os religiosos se tornam imagens visíveis – embora sempre imperfeitas –, é a causa da resposta à vocação de especial consagração ao Senhor através da ordenação presbiteral ou da profissão dos conselhos evangélicos. O vigor da resposta de São Pedro ao divino Mestre – «Tu sabes que Te amo» (Jo 21, 15) – é o segredo duma existência doada e vivida em plenitude e, por isso, repleta de profunda alegria.
A outra expressão concreta do amor – o amor ao próximo, sobretudo às pessoas mais necessitadas e atribuladas – é o impulso decisivo que faz do sacerdote e da pessoa consagrada um gerador de comunhão entre as pessoas e um semeador de esperança. A relação dos consagrados, especialmente do sacerdote, com a comunidade cristã é vital e torna-se parte fundamental também do seu horizonte afetivo. A este propósito, o Santo Cura d’Ars gostava de repetir: «O padre não é padre para si mesmo; é-o para vós» [Le curé d’Ars. Sa pensée – Son cœur ( ed. Foi Vivante - 1966), p. 100].
Venerados Irmãos no episcopado, amados presbíteros, diáconos, consagrados e consagradas, catequistas, agentes pastorais e todos vós que estais empenhados no campo da educação das novas gerações, exorto-vos, com viva solicitude, a uma escuta atenta de quantos, no âmbito das comunidades paroquiais, associações e movimentos, sentem manifestar-se os sinais duma vocação para o sacerdócio ou para uma especial consagração. É importante que se criem, na Igreja, as condições favoráveis para poderem desabrochar muitos «sins», respostas generosas ao amoroso chamamento de Deus.
É tarefa da pastoral vocacional oferecer os pontos de orientação para um percurso frutuoso. Elemento central há de ser o amor à Palavra de Deus, cultivando uma familiaridade crescente com a Sagrada Escritura e uma oração pessoal e comunitária devota e constante, para ser capaz de escutar o chamamento divino no meio de tantas vozes que inundam a vida diária. Mas o «centro vital» de todo o caminho vocacional seja, sobretudo, a Eucaristia: é aqui no sacrifício de Cristo, expressão perfeita de amor, que o amor de Deus nos toca; e é aqui que aprendemos incessantemente a viver a «medida alta» do amor de Deus. Palavra, oração e Eucaristia constituem o tesouro precioso para se compreender a beleza duma vida totalmente gasta pelo Reino.
Desejo que as Igrejas locais, nas suas várias componentes, se tornem «lugar» de vigilante discernimento e de verificação vocacional profunda, oferecendo aos jovens e às jovens um acompanhamento espiritual sábio e vigoroso. Deste modo, a própria comunidade cristã torna-se manifestação do amor de Deus, que guarda em si mesma cada vocação. Tal dinâmica, que corresponde às exigências do mandamento novo de Jesus, pode encontrar uma expressiva e singular realização nas famílias cristãs, cujo amor é expressão do amor de Cristo, que Se entregou a Si mesmo pela sua Igreja (cf. Ef 5, 25).
Nas famílias, «comunidades de vida e de amor» (Gaudium et spes, 48), as novas gerações podem fazer uma experiência maravilhosa do amor de oblação. De fato, as famílias são não apenas o lugar privilegiado da formação humana e cristã, mas podem constituir também «o primeiro e o melhor seminário da vocação à vida consagrada pelo Reino de Deus» (Exort. ap. Familiaris consortio, 53), fazendo descobrir, mesmo no âmbito da família, a beleza e a importância do sacerdócio e da vida consagrada. Que os Pastores e todos os fiéis leigos colaborem entre si para que, na Igreja, se multipliquem estas «casas e escolas de comunhão» a exemplo da Sagrada Família de Nazaré, reflexo harmonioso na terra da vida da Santíssima Trindade.
Nas famílias, «comunidades de vida e de amor» (Gaudium et spes, 48), as novas gerações podem fazer uma experiência maravilhosa do amor de oblação. De fato, as famílias são não apenas o lugar privilegiado da formação humana e cristã, mas podem constituir também «o primeiro e o melhor seminário da vocação à vida consagrada pelo Reino de Deus» (Exort. ap. Familiaris consortio, 53), fazendo descobrir, mesmo no âmbito da família, a beleza e a importância do sacerdócio e da vida consagrada. Que os Pastores e todos os fiéis leigos colaborem entre si para que, na Igreja, se multipliquem estas «casas e escolas de comunhão» a exemplo da Sagrada Família de Nazaré, reflexo harmonioso na terra da vida da Santíssima Trindade.
Com estes votos, concedo de todo o coração a Bênção Apostólica a vós, veneráveis Irmãos no episcopado, aos sacerdotes, aos diáconos, aos religiosos, às religiosas e a todos os fiéis leigos, especialmente aos jovens e às jovens que, de coração dócil, se põem à escuta da voz de Deus, prontos a acolhê-la com uma adesão generosa e fiel.
Vaticano, 18 de Outubro de 2011.
PAPA BENTO XVI
© Copyright 2012 - Libreria Editrice Vaticana
MENSAGEM PAPA BENTO
XVI Para Dia Mundial de Oração Pelas Vocações
Queridos irmãos e irmãs!
O 48.º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, que será celebrado no dia 15 de Maio de 2011, IV Domingo de Páscoa, convida-nos a refletir sobre o tema: «Propor as vocações na Igreja local». Há sessenta anos, o Venerável Papa Pio XII instituiu a Pontifícia Obra para as Vocações Sacerdotais. Depois, em muitas dioceses, foram fundadas pelos Bispos obras semelhantes, animadas por sacerdotes e leigos, correspondendo ao convite do Bom Pastor, quando, «ao ver as multidões, encheu-Se de compaixão por elas, por andarem fatigadas e abatidas como ovelhas sem pastor» e disse: «A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi, pois, ao dono da messe que mande trabalhadores para a sua messe» (Mt 9, 36-38).
A arte de promover e cuidar das vocações encontra um luminoso ponto de referência nas páginas do Evangelho, onde Jesus chama os seus discípulos para O seguir e educa-os com amor e solicitude. Objeto particular da nossa atenção é o modo como Jesus chamou os seus mais íntimos colaboradores a anunciar o Reino de Deus (cf. Lc 10, 9). Para começar, vê-se claramente que o primeiro ato foi a oração por eles: antes de os chamar, Jesus passou a noite sozinho, em oração, à escuta da vontade do Pai (cf. Lc 6, 12), numa elevação interior acima das coisas de todos os dias. A vocação dos discípulos nasce, precisamente, no diálogo íntimo de Jesus com o Pai. As vocações ao ministério sacerdotal e à vida consagrada são fruto, primariamente, de um contacto constante com o Deus vivo e de uma oração insistente que se eleva ao «Dono da messe» quer nas comunidades paroquiais, quer nas famílias cristãs, quer nos cenáculos vocacionais.
O Senhor, no início da sua vida pública, chamou alguns pescadores, que estavam a trabalhar nas margens do lago da Galileia: «Vinde e segui-Me, e farei de vós pescadores de homens» (Mt 4, 19). Mostrou-lhes a sua missão messiânica com numerosos «sinais», que indicavam o seu amor pelos homens e o dom da misericórdia do Pai; educou-os com a palavra e com a vida, de modo a estarem prontos para ser os continuadores da sua obra de salvação; por fim, «sabendo Jesus que chegara a sua hora de passar deste mundo para o Pai» (Jo 13, 1), confiou-lhes o memorial da sua morte e ressurreição e, antes de subir ao Céu, enviou-os por todo o mundo com este mandato: «Ide, pois, fazer discípulos de todas as nações» (Mt 28, 19).
A proposta, que Jesus faz às pessoas ao dizer-lhes «Segue-Me!», é exigente e exaltante: convida-as a entrar na sua amizade, a escutar de perto a sua Palavra e a viver com Ele; ensina-lhes a dedicação total a Deus e à propagação do seu Reino, segundo a lei do Evangelho: «Se o grão de trigo cair na terra e não morrer, fica só ele; mas, se morrer, dá muito fruto» (Jo 12, 24); convida-as a sair da sua vontade fechada, da sua ideia de auto-realização, para embrenhar-se noutra vontade, a de Deus, deixando-se guiar por ela; faz-lhes viver em fraternidade, que nasce desta disponibilidade total a Deus (cf. Mt 12, 49-50) e se torna o sinal distintivo da comunidade de Jesus: «O sinal por que todos vos hão-de reconhecer como meus discípulos é terdes amor uns aos outros» (Jo 13, 35).
Também hoje, o seguimento de Cristo é exigente; significa aprender a ter o olhar fixo em Jesus, a conhecê-Lo intimamente, a escutá-Lo na Palavra e a encontrá-Lo nos Sacramentos; significa aprender a conformar a própria vontade à d’Ele. Trata-se de uma verdadeira e própria escola de formação para quantos se preparam para o ministério sacerdotal e a vida consagrada, sob a orientação das autoridades eclesiásticas competentes. O Senhor não deixa de chamar, em todas as estações da vida, para partilhar a sua missão e servir a Igreja no ministério ordenado e na vida consagrada; e a Igreja «é chamada a proteger este dom, a estimá-lo e amá-lo: ela é responsável pelo nascimento e pela maturação das vocações sacerdotais» (JOÃO PAULO II, Exort. ap. pós-sinodal Pastores dabo vobis, 41). Especialmente neste tempo, em que a voz do Senhor parece sufocada por «outras vozes» e a proposta de O seguir oferecendo a própria vida pode parecer demasiado difícil, cada comunidade cristã, cada fiel, deveria assumir, conscientemente, o compromisso de promover as vocações. É importante encorajar e apoiar aqueles que mostram claros sinais de vocação à vida sacerdotal e à consagração religiosa, de modo que sintam o entusiasmo da comunidade inteira quando dizem o seu «sim» a Deus e à Igreja. Da minha parte, sempre os encorajo como fiz quando escrevi aos que se decidiram entrar no Seminário: «Fizestes bem [em tomar essa decisão], porque os homens sempre terão necessidade de Deus – mesmo na época do predomínio da técnica no mundo e da globalização –, do Deus que Se mostrou a nós em Jesus Cristo e nos reúne na Igreja universal, para aprender, com Ele e por meio d’Ele, a verdadeira vida e manter presentes e tornar eficazes os critérios da verdadeira humanidade» (Carta aos Seminaristas, 18 de Outubro de 2010).
É preciso que cada Igreja local se torne cada vez mais sensível e atenta à pastoral vocacional, educando a nível familiar, paroquial e associativo, sobretudo os adolescentes e os jovens – como Jesus fez com os discípulos – para maturarem uma amizade genuína e afetuosa com o Senhor, cultivada na oração pessoal e litúrgica; para aprenderem a escuta atenta e frutuosa da Palavra de Deus, através de uma familiaridade crescente com as Sagradas Escrituras; para compreenderem que entrar na vontade de Deus não aniquila nem destrói a pessoa, mas permite descobrir e seguir a verdade mais profunda de si mesmos; para viverem a gratuidade e a fraternidade nas relações com os outros, porque só abrindo-se ao amor de Deus é que se encontra a verdadeira alegria e a plena realização das próprias aspirações. «Propor as vocações na Igreja local» significa ter a coragem de indicar, através de uma pastoral vocacional atenta e adequada, este caminho exigente do seguimento de Cristo, que, rico de sentido, é capaz de envolver toda a vida.
Dirijo-me particularmente a vós, queridos Irmãos no Episcopado. Para dar continuidade e difusão à vossa missão de salvação em Cristo, «promovam o mais possível as vocações sacerdotais e religiosas, e de modo particular as missionárias» (Decr. Christus Dominus, 15). O Senhor precisa da vossa colaboração, para que o seu chamamento possa chegar aos corações de quem Ele escolheu. Cuidadosamente escolhei os dinamizadores do Centro Diocesano de Vocações, instrumento precioso de promoção e organização da pastoral vocacional e da oração que a sustenta e garante a sua eficácia. Quero também recordar-vos, amados Irmãos Bispos, a solicitude da Igreja universal por uma distribuição equitativa dos sacerdotes no mundo. A vossa disponibilidade face a dioceses com escassez de vocações torna-se uma bênção de Deus para as vossas comunidades e constitui, para os fiéis, o testemunho de um serviço sacerdotal que se abre generosamente às necessidades da Igreja inteira.
O Concílio Vaticano II recordou, explicitamente, que o «dever de fomentar as vocações pertence a toda a comunidade cristã, que as deve promover, sobretudo mediante uma vida plenamente cristã» (Decr. Optatam totius, 2). Por isso, desejo dirigir uma fraterna saudação de especial encorajamento a quantos colaboram de vários modos nas paróquias com os sacerdotes. Em particular, dirijo-me àqueles que podem oferecer a própria contribuição para a pastoral das vocações: os sacerdotes, as famílias, os catequistas, os animadores. Aos sacerdotes recomendo que sejam capazes de dar um testemunho de comunhão com o Bispo e com os outros irmãos no sacerdócio, para garantirem o húmus vital aos novos rebentos de vocações sacerdotais. Que as famílias sejam «animadas pelo espírito de fé, de caridade e piedade» (Ibid., 2), capazes de ajudar os filhos e as filhas a acolherem, com generosidade, o chamamento ao sacerdócio e à vida consagrada. Convictos da sua missão educativa, os catequistas e os animadores das associações católicas e dos movimentos eclesiais «de tal forma procurem cultivar o espírito dos adolescentes a si confiados, que eles possam sentir e seguir de bom grado a vocação divina» (Ibid., 2).
Queridos irmãos e irmãs, o vosso empenho na promoção e cuidado das vocações adquire plenitude de sentido e de eficácia pastoral, quando se realiza na unidade da Igreja e visa servir a comunhão. É por isso que todos os momentos da vida da comunidade eclesial – a catequese, os encontros de formação, a oração litúrgica, as peregrinações aos santuários – são uma ocasião preciosa para suscitar no Povo de Deus, em particular nos menores e nos jovens, o sentido de pertença à Igreja e a responsabilidade em responder, com uma opção livre e consciente, ao chamamento para o sacerdócio e a vida consagrada.
A capacidade de cultivar as vocações é sinal característico da vitalidade de uma Igreja local. Invoquemos, com confiança e insistência, a ajuda da Virgem Maria, para que, seguindo o seu exemplo de acolhimento do plano divino da salvação e com a sua eficaz intercessão, se possa difundir no âmbito de cada comunidade a disponibilidade para dizer «sim» ao Senhor, que não cessa de chamar novos trabalhadores para a sua messe. Com estes votos, de coração concedo a todos a minha Bênção Apostólica.
Vaticano, 15 de Novembro de 2010.
Vaticano, 15 de Novembro de 2010.
BENEDICTUS PP. XVI
SUGESTÕES
--> SUGESTÕES
Propostas para o Dia Mundial de Oração pelas Vocações
“Propor as vocações na Igreja local”.
Na semana que antecede fazer uma forte campanha de divulgação e também de oração pelas vocações. E no dia 15/05/2011 celebrar com intensidade a diversidade vocacional de nossa Igreja com muitas atividades, especialmente no campo da oração.
Sugestões:
Ø Mães Intercessoras – Nas reuniões falarem sobre vocação e rezarem na intenção vocacional. Divulgar o terço vocacional que será elaborado pela equipe Diocesana;
Ø RCC – Em toda a Diocese rezarem na intenção vocacional – louvor, intercessão, formação, abastecimento. Divulgar o terço pelas vocações. Distribuir fichas para verificar sobre a existência de alguma vocação à vida consagrada e ao sacerdócio nos grupos de oração;
Ø PJ – Que o grupo de jovens reflita sobre a realidade vocacional, sobre o que é vocação. Utilizar dinâmicas que expressem esta temática. Promover algum momento de oração no grupo de jovens como, por exemplo: vigília, adoração, lectio divina (a PJ diocesana vai elaborar um Ofício (vocacional) para a Juventude e enviará para todos os grupos.
Ø Decolores – Enfocar na reunião dos adolescentes a temática vocacional e distribuir fichas vocacionais;
Ø Cursilho – Trabalhar o tema das vocações e também o terço vocacional;
Ø Apostolado da Oração, Marianos e Legião de Maria – Rezar o terço Vocacional;
Ø Rádios – Divulgar através das vinhetas e também do momento da “Ave Maria” o tema das vocações;
Ø Que os casais do ECC, MFC, Pastoral Familiar, Equipes de Nossa Senhora, Famílias Novas sejam motivados e animados pelo tema vocacional, lembrando que a família é vocação;
Ø Na catequese poderíamos fazer um momento de oração pelas vocações e distribuir fichas vocacionais;
Ø Distribuir a Mensagem do Papa (para o Dia Mundial de Oração pelas Vocações) em toda a Paróquia;
Ø Fazer um momento de adoração pelas vocações, como sugestão poderia ser na quinta-feira que antecede o Dia Mundial de Oração pelas Vocações;
Ø Rezar em todas as missas na intenção das vocações. O Pulsando (litúrgico) já virá com os comentários fazendo referência a este dia. Poderia se ter uma missa vocacional, enfocar elementos e apresentar símbolos vocacionais;
Ø Preparar na Igreja um lugar onde a imagem do Bom Pastor fique em destaque. Se a comunidade não possui esta imagem, pode adaptar com outra (Ex.: Imagem do Cristo Ressuscitado e utilizar os cordeiros que fazem parte do presépio, ou uma outra imagem de Jesus Cristo – ou mesmo um banner ou cartaz que lembre o Bom Pastor) e por perto algumas frases vocacionais ou intenções vocacionais;
Ø Colocar nos sites das paróquias ou pastorais uma chamada vocacional;
Ø Fazer um Pit Stop (panfletagem) para divulgar as atividades vocacionais ou mesmo o Dia Mundial de Oração pelas Vocações;
Ø Utilizar os Meios de Comunicação Social (jornal, internet, rádios);
Ø Fazer outdoors, faixas e cartazes com frases vocacionais e distribuir pela Paróquia e pela cidade;
Ø Fazer uma divulgação nas Escolas e Colégios (especialmente os colégios católicos);
Ø Aproveitar as Escolas de Formação (Paulo Apóstolo – RCC, Diaconato Permanente, ECC, Teologia para Leigos e outras) e trabalhar o tema vocacional, especialmente o tema da Teologia das Vocações;
Ø Indicar aos Introdutores do ICA que trabalhem com os postulantes o tema sobre o Dia Mundial de Oração pelas Vocações;
Ø Marcar presença nos diversos grupos e trabalhar a temática vocacional;
Ø Valorizar (onde se tem) o terço dos homens e enfocar o tema vocacional (terço vocacional);
Ø Realizar uma coletiva de imprensa;
Ø Explanar no CPP um tema vocacional;
Ø Organizar caminhadas vocacionais, carreatas;
Ø Lembrar que toda a Paróquia é vocacionada e o trabalho vocacional é tarefa de todos;
Ø Valorizar as equipes vocacionais;
Ø Formar a equipe do SAV onde ainda não existe;
Ø Indicar que os Ministros dos Enfermos levem os doentes a oferecerem seus sofrimentos pelas vocações e que rezem pelas vocações;
Ø Realizar encontros com os coroinhas e enfocar a realidade vocacional;
Ø Realizar visitas aos seminários da Diocese;
Ø Pode-se fazer um tríduo ou uma novena vocacional;
Ø Que os Grupos de Vivência sejam motivados a rezarem pelas vocações;
Ø Realizar um compromisso concreto pelas vocações;
Ø Realizar Hora Santa, Adoração reunindo a comunidade;
Ø Realizar um lual com os jovens e adolescentes;
Ø Distribuir a oração pelas vocações para todos os grupos, pastorais e movimentos da comunidade;
Ø Realizar um Plantão Vocacional nas comunidades;
Ø Valorizar as vocações que já foram despertadas na Paróquia;
Ø A comunidade pode utilizar a criatividade para elaborar o que for necessário para dinamizar a semana que antecede e também o Dia Mundial de Oração pelas Vocações. É importante que a comunidade seja motivada.
Ø Mobilizar toda a comunidade;
Ø Outros...
Hora Santa Vocacional
Tema: «Propor as vocações na Igreja local»
MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI PARA O 48º DIA MUNDIAL DE ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES
(15 DE MAIO DE 2011 - IV DOMINGO DE PÁSCOA)
I. Acolhida
Animador: Amados irmãos e amadas irmãs, neste momento nos reunimos em comunhão com toda Igreja para celebrar o Dia Mundial de Oração pelas Vocações. Este é o dia propício para colocarmos em prática o grande mandato de Jesus: “Peçam ao dono da messe que mande trabalhadores para a colheita” (Mt 9, 38). E, para darmos início a este importante momento de fé e comunhão, invoquemos a Trindade Santa:
Em nome do Pai, em nome do filho e em nome do Espírito Santo. Amém!
Animador: Que a força do Pai que nos criou, do Filho que nos salvou e do Espírito que nos congrega no amor, esteja sempre no meio de nós.
Todos: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
II. Canto
1. No meu coração sinto o chamado/ fico inquieto: preciso responder/ então pergunto: “Mestre onde moras?” / e me responde que é preciso caminhar/ seguindo teus passos, fazendo a história construindo o novo no meio do povo.
Refrão: Mestre, onde moras, Mestre, onde estás? /: No meio do povo, vem e verás!
III. A mensagem do Papa
Animador: Desde o primeiro Dia Mundial de Oração pelas Vocações, que se realizou em 1964, todo ano o Papa publica uma mensagem que orienta os momentos orantes deste dia.
Leitor 1: A Oração pelas Vocações é uma bela ocasião para nos colocarmos diante da importância das vocações na vida e na missão da Igreja e para intensificarmos nossas orações para seu crescimento em número e em qualidade”.
Todos: Ajudai, ó Senhor, a nossa comunidade a trabalhar e rezar mais pelas vocações.
Leitor 2: Há sessenta anos, o Venerável Papa Pio XII instituiu a Pontifícia Obra para as Vocações Sacerdotais. Depois, em muitas dioceses, foram fundadas pelos Bispos obras semelhantes, animadas por sacerdotes e leigos, correspondendo ao convite do Bom Pastor, quando, «ao ver as multidões, encheu-Se de compaixão por elas, por andarem fatigadas e abatidas como ovelhas sem pastor» e disse: «A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos”. “Pedi, pois, ao dono da messe que mande trabalhadores para a sua messe» (Mt 9, 36-38).
Todos: Ajudai Senhor a nossa comunidade a ser um ambiente propício para o surgimento de novas vocações.
Leitor 3: A arte de promover e cuidar das vocações encontra um luminoso ponto de referência nas páginas do Evangelho, onde Jesus chama os seus discípulos para O seguir e educa-os com amor e solicitude. Objeto particular da nossa atenção é o modo como Jesus chamou os seus mais íntimos colaboradores a anunciar o Reino de Deus (cf. Lc 10, 9).
Todos: Dai - nos Senhor, a coragem de sermos discípulos e missionários do Vosso Filho.
Leitor 4: Para começar, vê-se claramente que o primeiro ato foi a oração por eles: antes de os chamar, Jesus passou a noite sozinho, em oração, à escuta da vontade do Pai (cf. Lc 6, 12), numa elevação interior acima das coisas de todos os dias.
Todos: Dai Senhor, às nossas comunidades catequistas imbuídos na edificação da fé de seus membros.
Leitor 5: A vocação dos discípulos nasce, precisamente, no diálogo íntimo de Jesus com o Pai. As vocações ao ministério sacerdotal e à vida consagrada são fruto, primariamente, de um contato constante com o Deus vivo e de uma oração insistente que se eleva ao «Dono da messe» quer nas comunidades paroquiais, quer nas famílias cristãs, quer nos cenáculos vocacionais.
Todos: Dai Senhor, às nossas comunidades catequistas imbuídos na edificação da fé de seus membros.
Leitor 6: O empenho na promoção e cuidado das vocações adquire plenitude de sentido e de eficácia pastoral, quando se realiza na unidade da Igreja e visa servir a comunhão. É por isso que todos os momentos da vida da comunidade eclesial – a catequese, os encontros de formação, a oração litúrgica, as peregrinações aos santuários – são uma ocasião preciosa para suscitar no Povo de Deus, em particular nos mais pequenos e nos jovens, o sentido de pertença à Igreja e a responsabilidade em responder, com uma opção livre e consciente, ao chamamento para o sacerdócio e a vida consagrada. Toda a Igreja é responsável pelas vocações. Eu e você somos responsáveis pelas vocações. (breve silêncio)
IV. Salmo 40
Animador: Com este salmo demos graças ao Senhor que nos chamou a sermos instrumentos dele com Cristo para a Salvação do Mundo. Peçamos que ele venha em auxilio de nossa fraqueza e nos ajude na vivência de nossa vocação e missão.
Todos: Ref: Eis-me aqui Senhor,/ eis-me aqui Senhor,/ pra fazer tua vontade, pra viver no teu amor. Pra fazer tua vontade, pra viver no teu amor, eis-me aqui Senhor.
Lado 1: Esperei ansiosamente por Javé: Ele se inclinou para mim, e ouviu o meu grito. Fez - me subir da cova fatal, do brejo lodoso; colocou meus pés sobre a rocha e firmou os meus passos;
Lado 2: Ele pôs em minha boca um cântico novo, um louvor ao nosso Deus. Vendo isso, muitos irão temer, e confiarão em Javé.
Lado 1: Feliz é o homem que confia em Javé! Ele não se volta para os soberbos, nem para os seguidores da mentira. Quantas maravilhas realizaste, Javé meu Deus! Quantos projetos em nosso favor! Ninguém se compara a ti! Quero anunciá - los, falar deles, mas ultrapassam qualquer conta .
Lado 2: Não queres sacrifício, nem oferta, mas abriste os meus ouvidos. Tu não pedes holocausto pelo pecado. Então eu digo: “Aqui estou para fazer a tua vontade”. Meu Deus, eu quero ter a tua lei dentro de minhas entranhas.
Lado 1: Anunciei a tua justiça na grande assembleia e não fechei os meus lábios: Javé, tu o sabes. Não escondi tua justiça dentro do coração, falei da tua fidelidade e da tua salvação; não ocultei teu amor e tua verdade diante da grande assembléia.
Lado 2: Quanto a ti, Javé, não negues tua compaixão por mim; teu amor e tua verdade sempre irão me proteger . Porque me rodeiam desgraças a não mais contar; minhas culpas me atingem, e não posso fugir; são mais que os cabelos da minha cabeça, e o meu coração me abandona .
Lado 1: Javé vem libertar - me, por favor! Javé, vem depressa me socorrer! Que fiquem envergonhados e confundidos aqueles que buscam perder a minha vida! Recuem e fiquem envergonhados aqueles que tramam a minha desgraça! Fiquem mudos de vergonha aqueles que se riem de mim!
Lado 2: Exultem e alegrem-se contigo, todos aqueles que te buscam! Os que amam a tua salvação repitam sempre: «Javé é grande!”.» Quanto a mim, sou pobre e indigente, mas o Senhor cuida de mim. Tu és o meu auxílio e salvação. Meu Deus, não demores!
Glória ao Pai...
Todos: Ref: Eis-me aqui Senhor,/ eis-me aqui Senhor,/ pra fazer tua vontade, pra viver no teu amor. Pra fazer tua vontade, pra viver no teu amor, eis-me aqui Senhor.
V. Aclamação ao Evangelho.
Refrão: Fala Senhor, fala Senhor, Palavra de Fraternidade. Fala Senhor, fala Senhor, és luz da humanidade (2x).
VI. Evangelho
Mateus 28, 16 -20
VII. Silêncio e Meditação (É importante proporcionar um instante de silêncio para ajudar na interiorização da Palavra e na reflexão pessoal de cada um).
VIII. Reflexão e partilha
O Senhor, no início da sua vida pública, chamou alguns pescadores, que estavam a trabalhar nas margens do lago da Galileia: «Vinde e segui-Me, e farei de vós pescadores de homens» (Mt 4, 19). Mostrou-lhes a sua missão messiânica com numerosos «sinais», que indicavam o seu amor pelos homens e o dom da misericórdia do Pai; educou-os com a palavra e com a vida, de modo a estarem prontos para ser os continuadores da sua obra de salvação; por fim, «sabendo Jesus que chegara a sua hora de passar deste mundo para o Pai» (Jo 13, 1), confiou-lhes o memorial da sua morte e ressurreição e, antes de subir ao Céu, enviou-os por todo o mundo com este mandato: «Ide, pois, fazer discípulos de todas as nações» (Mt 28, 19).
A proposta, que Jesus faz às pessoas ao dizer-lhes «Segue - Me!”.”.», é exigente e exaltante: convida-as a entrar na sua amizade, a escutar de perto a sua Palavra e a viver com Ele; ensina-lhes a dedicação total a Deus e à propagação do seu Reino, segundo a lei do Evangelho: «Se o grão de trigo cair na terra e não morrer, fica só ele; mas, se morrer, dá muito fruto» (Jo 12, 24); convida-as a sair da sua vontade fechada, da sua ideia de auto realização, para embrenhar-se noutra vontade, a de Deus, deixando-se guiar por ela; faz-lhes viver em fraternidade, que nasce desta disponibilidade total a Deus (cf. Mt 12, 49-50) e se torna o sinal distintivo da comunidade de Jesus: «O sinal por que todos vos hão-de reconhecer como meus discípulos é terdes amor uns aos outros» (Jo 13, 35).
Também hoje, o seguimento de Cristo é exigente; significa aprender a ter o olhar fixo em Jesus, a conhecê-Lo intimamente, a escutá-Lo na Palavra e a encontrá-Lo nos Sacramentos; significa aprender a conformar a própria vontade à d’Ele.
IX. Canto
1 - Tu te abeiraste da praia, não buscaste nem sábios nem ricos. Somente queres que eu te siga. REF: Senhor, tu me olhaste nos olhos, a sorrir, pronunciaste meu nome, lá na praia, eu larguei o meu barco, junto a Ti buscarei outro mar. 2 - Tu sabes bem que em meu barco eu não tenho nem ouro nem prata, somente redes e o meu trabalho.
X. Preces
Animador: Supliquemos irmãos e irmãs a Trindade Santa que acolha as nossas intenções, anseios e pedidos. Todos: Ajudai-nos Senhor a viver a nossa vocação a serviço da Igreja-missão.
1. Para que todas as pessoas que hoje se encontram em nossas comunidades, possam estar abertas a acolher o chamado da Trindade que convoca constantemente. Rezemos.
Todos: Ajudai-nos Senhor a viver a nossa vocação a serviço da Igreja-missão.
2. Para que todas as comunidades, paróquias e dioceses assumam com responsabilidade o serviço vocacional, tendo em vista que o mesmo é um dever de toda a Igreja. Rezemos.
3. Peçamos a graça de compreender que, de um modo geral tudo é Divina Vocação no mundo: vocação à vida, vocação à fé e vocação à santidade. Rezemos.
4. Para que se multiplique em nossas comunidades pessoas que queiram contribuir por meio da oração e do Serviço de Animação Vocacional. Rezemos.
5. Aos padres para que sejam capazes de dar um testemunho de comunhão com o Bispo e com os outros irmãos no presbiterado, para garantirem o testemunho que suscita vocações. Rezemos
XI. Compromisso
Animador: A partir desse nosso momento orante, com certeza fomos interpelados e interpeladas a assumir o compromisso de ajudar a Igreja em seu Serviço de Animação Vocacional, em nossa comunidade, afim que, todos possam descobrir, assumir e viver sua vocação. O que vamos fazer e como fazer? (Deixar um momento para partilhar e encontrar um gesto concreto que possa ser assumido pelo grupo)
Especialmente neste tempo, em que a voz do Senhor parece sufocada por «outras vozes» e a proposta de segui-lo oferecendo a própria vida pode parecer demasiado difícil, cada comunidade cristã, cada fiel, deveria assumir, conscientemente, o compromisso de promover as vocações. É importante encorajar e apoiar aqueles que mostram claros sinais de vocação à vida sacerdotal e à consagração religiosa, de modo que sintam o entusiasmo da comunidade inteira quando dizem o seu «sim» a Deus e à Igreja.
É preciso que cada Igreja local se torne cada vez mais sensível e atenta à pastoral vocacional, educando a nível familiar, paroquial e associativo, sobretudo os adolescentes e os jovens – como Jesus fez com os discípulos – para maturarem uma amizade genuína e afetuosa com o Senhor, cultivada na oração pessoal e litúrgica; para aprenderem a escuta atenta e frutuosa da Palavra de Deus, através de uma familiaridade crescente com as Sagradas Escrituras; para compreenderem que entrar na vontade de Deus não aniquila nem destrói a pessoa, mas permite descobrir e seguir a verdade mais profunda de si mesmos; para viverem a gratuidade e a fraternidade nas relações com os outros, porque só abrindo-se ao amor de Deus é que se encontra a verdadeira alegria e a plena realização das próprias aspirações. «Propor as vocações na Igreja local» significa ter a coragem de indicar, através de uma pastoral vocacional atenta e adequada, este caminho exigente do seguimento de Cristo, que, rico de sentido, é capaz de envolver toda a vida.
XII. Oração Final
Animador: Concluindo esta nossa celebração do Dia Mundial de Oração pelas Vocações, e sabendo que o Concílio Vaticano II recordou, explicitamente, que o «dever de fomentar as vocações pertence a toda a comunidade cristã, que as deve promover sobretudo mediante uma vida plenamente cristã»
Rezemos juntos: Oração Vocacional
Jesus Mestre Divino
|
Jesus, Mestre Divino, que chamastes os Apóstolos a vos seguirem, continuai a passar pelos nossos caminhos, pelas nossas famílias, pelas nossas escolas e continuai a repetir o convite a muitos de nossos jovens.
Daí coragem às pessoas convidadas.
Daí força para que vos sejam fiéis como apóstolos leigos, como diáconos, padres e bispos, como religiosos e religiosas, como missionários e missionárias, para o bem do Povo de deus e de toda a humanidade.
|
VÍGILIA
PELO DIA MUNDIAL DE ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES
15 de maio de 2011
PELO DIA MUNDIAL DE ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES
15 de maio de 2011
Proposta de ambientação:
* Música de fundo suave;
* Muitas flores diante do altar;
* Velas e sinais vocacionais (bíblia, sandália, rede, barco, frases vocacionais e outros);
* Poderia se manter somente as velas acesas e espalhar velas em vários pontos do ambiente para criar um clima de recolhimento)
ANIMADOR:
Por ocasião do 48.º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, que será celebrado no dia 15 de Maio de 2011, IV Domingo de Páscoa, como Igreja nos reunimos nesta vigília para cumprir o mandato do Senhor: «A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi, pois, ao dono da messe que mande trabalhadores para a sua messe» (Mt 9, 36-38).
ACOLHIDA
Irmãos e irmãs, sejam bem-vindos e bem-vindas a esta Hora Santa que iniciamos: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Todos: Amém
A graça do Pai que nos dá o verdadeiro “Pão do Céu”, o amor do Filho que se faz alimento de nossa caminhada e a ação do Espírito Santo que nos une em comunidade de fé e de amor, estejam convosco.
Todos: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.
ANIMADOR: Irmãos estamos reunidos nesta noite para nos sentirmos mais Igreja e para rezar pelas vocações. Toda celebração é um acontecimento vocacional. Cada um de nós não pode deixar de reconhecer a própria vocação pessoal, não pode deixar de ouvir a voz do Pai que, no Filho, pela força do Espírito, o chama a doar-se igualmente pela salvação do mundo. A oração também se torna caminho para o discernimento vocacional, não só porque Jesus mesmo convidou a rogar ao dono da messe, mas porque é somente na escuta de Deus que podemos chegar a descobrir o projeto que Deus mesmo traçou: no mistério contemplado, descobre-se a própria identidade, «escondida com Cristo em Deus». A nossa atitude orante nesta noite suscitará o desejo e a preocupação pelas vocações à vida religiosa, sacerdotal, missionária e laical.
Canto de Exposição do Santíssimo
ANIMADOR: Jesus como é bom estarmos aqui diante de ti! Tua presença é fonte de paz, de alegria e de esperança! Jesus, junto de ti, buscamos o conforto para os nossos corações, a fortaleza para as nossas lutas, a esperança para as nossas provações. Mas, sobretudo Senhor viemos a ti neste dia mundial de oração pelas vocações, unidos e em comunhão com toda a Igreja, rezamos e pedirmos pelas vocações na Igreja local.
Leitor: Jesus Cristo, estou aqui diante de Ti para cumprir o teu mandato: “Rogai ao dono da messe que envie trabalhadores para a sua messe” (Mt 9, 38). Tu és dono da messe e por isso venho pedir-Te o que Tu me mandaste pedir. Eu o ouvi e o li muitas vezes, mas só agora o tomo a sério, e quero dedicar-Te este momento de oração. Sempre te pedi por mim e pelas minhas coisas; de vez em quando pelos meus, mas poucas vezes te peço por algo, com que, até parece, que não tenho nada a ver. Assim, pensando bem, ao pedir-te que mandes apóstolos para os teus campos, peço indiretamente um dom para mim; esses operários que Tu mandas e que trabalham na tua messe serão para mim os mensageiros da tua palavra e do teu amor. Creio, Senhor, que estás aqui realmente presente neste sacramento admirável em que Tu , Senhor de todas as coisas, vens a mim como Pão que me fortalece no meu caminho.
Todos (cantado): Vinde, ó irmãos adorar. Vinde adorar o Senhor. A Eucaristia nos faz Igreja – comunidade de amor (bis)!
Leitor: Creio Senhor, mas aumenta a minha fé. Creio que estás aqui comigo, que me escutas, que me falas interiormente sem ruído de palavras e que, indefeso desde o altar, és um sinal eloquente de amor, de doação, de entrega sem limites. Não só Creio em Ti, como confio em Ti, porque és o amigo que deste a vida por mim; porque és a vida que me permite dar fruto; porque Tu tens palavras de vida eterna; porque és o Bom Pastor que me chamas pelo próprio nome.
Todos (cantado): Tu és Senhor o meu pastor, por isso nada em minha vida faltará (bis).
Leitor: Creio em Ti. Confio em Ti, e também Te amo porque Tu me amaste primeiro; porque deste a Tua vida para redimir o pecado; porque me abriste as portas do Teu Reino. Amo-Te pelo dom da vida que me deste de forma inesperada. Pelo dom da fé e do batismo; pela família cristã onde quiseste que nascesse e onde respirei essa fé sensível mas capaz de dar sentido a toda uma vida.
Todos (cantado): Eis-me aqui Senhor, eis-me aqui Senhor, pra fazer tua vontade pra viver do teu amor (bis)
Animador: Rezemos intercalando os lados:
Lado 1 – Senhor, cremos em Ti.
Lado 2 – Senhor, esperamos em Ti.
Lado 1 – Senhor, nós Te amamos.
Lado 2 – Senhor, nós Te adoramos.
Lado 1 – Senhor, damos-Te graças.
Lado 2 – Jesus Cristo, cremos que és o Filho de Deus vivo.
Lado 1 – Jesus Cristo, cremos que és o Salvador dos homens.
Lado 2 – Jesus Cristo.
Lado 1 – Santifica-nos.
Reflexão sobre a Carta do Papa Bento XVI
ANIMADOR: Jesus antes de chamar os discípulos, passou a noite sozinho, em oração, à escuta da vontade do Pai, numa elevação interior acima das coisas de todos os dias. A vocação dos discípulos nasce, precisamente, no diálogo íntimo de Jesus com o Pai. As vocações ao ministério sacerdotal e à vida consagrada são fruto, primariamente, de um contato constante com o Deus vivo e de uma oração insistente que se eleva ao «Dono da messe» quer nas comunidades paroquiais, quer nas famílias cristãs cenáculos vocacionais.
Leitor: O Senhor, no início da sua vida pública, chamou alguns pescadores, que estavam a trabalhar nas margens do lago da Galileia: «Vinde e segui-Me, e farei de vós pescadores de homens» (Mt 4, 19). A proposta, que Jesus faz às pessoas ao dizer-lhes «Segue-Me!», é exigente e convida-as a entrar na sua amizade, a escutar de perto a sua Palavra e a viver com Ele; ensina-lhes a dedicação total a Deus e à propagação do seu Reino. Mostrou-lhes a sua missão messiânica com numerosos «sinais», que indicavam o seu amor pelos homens e o dom da misericórdia do Pai; educou-os com a palavra e com a vida, de modo a estarem prontos para ser os continuadores da sua obra de salvação; por fim, «sabendo Jesus que chegara a sua hora de passar deste mundo para o Pai» (Jo 13, 1), confiou-lhes o memorial da sua morte e ressurreição e, antes de subir ao Céu, enviou-os por todo o mundo com este mandato: «Ide, pois, fazer discípulos de todas as nações» (Mt 28, 19).
Todos (canto): Pela palavra de Deus, saberemos por onde andar. Ela é luz e verdade, precisamos acreditar. Cristo me chama, Ele é Pastor. Sabe meu nome: Fala Senhor.
Leitor: Também hoje, o seguimento de Cristo é exigente; significa aprender a ter o olhar fixo em Jesus, a conhecê-Lo intimamente, a escutá-Lo na Palavra e a encontrá-Lo nos Sacramentos; significa aprender a conformar a própria vontade à d’Ele. Trata-se de uma verdadeira e própria escola de formação para quantos se preparam para o ministério sacerdotal e a vida consagrada, sob a orientação das autoridades eclesiásticas competentes.
Leitor: Especialmente neste tempo, em que a voz do Senhor parece sufocada por «outras vozes» e a proposta de O seguir oferecendo a própria vida pode parecer demasiado difícil, cada comunidade cristã, cada fiel, deveria assumir, conscientemente, o compromisso de promover as vocações. É importante encorajar e apoiar aqueles que mostram claros sinais de vocação à vida sacerdotal e à consagração religiosa, de modo que sintam o entusiasmo da comunidade inteira quando dizem o seu «sim» a Deus e à Igreja. O próprio Papa afirma: «Fizestes bem [em tomar essa decisão], porque os homens sempre terão necessidade de Deus – mesmo na época do predomínio da técnica no mundo e da globalização –, do Deus que Se mostrou a nós em Jesus Cristo e nos reúne na Igreja universal, para aprender, com Ele e por meio d’Ele, a verdadeira vida e manter presentes e tornar eficazes os critérios da verdadeira humanidade» (Carta aos Seminaristas, 18 de Outubro de 2010).
Todos (canto): Tua voz me fez refletir, deixei tudo para te seguir, Nos Teus mares eu quero navegar.
Leitor: É preciso que cada Igreja local se torne cada vez mais sensível e atenta à pastoral vocacional, educando a nível familiar e paroquial sobretudo, os adolescentes e os jovens – como Jesus fez com os discípulos – para maturarem uma amizade genuína e afetuosa com o Senhor, cultivada na oração pessoal e litúrgica; para aprenderem a escuta atenta e frutuosa da Palavra de Deus, através de uma familiaridade crescente com as Sagradas Escrituras; para compreenderem que entrar na vontade de Deus não aniquila nem destrói a pessoa, mas permite descobrir e seguir a verdade mais profunda de si mesmos; para viverem a gratuidade e a fraternidade nas relações com os outros, porque só abrindo-se ao amor de Deus é que se encontra a verdadeira alegria e a plena realização das próprias aspirações. «Propor as vocações na Igreja local» significa ter a coragem de indicar, através de uma pastoral vocacional atenta e adequada, este caminho exigente do seguimento de Cristo, que, rico de sentido, é capaz de envolver toda a vida.
Animador: (momento de silêncio, ressaltar uma frase)
Oração pelas Vocações Sacerdotais, Consagradas e Missionárias
Leitor: Senhor Jesus, prostrados diante de Ti, movidos pelo teu imenso amor, queremos apresentar-te a nossa homenagem de fé e de amor, de gratidão e de adoração, pondo nas tuas mãos tudo o que somos e temos. Tu estás aqui presente entre nós oculto na espécie do pão eucarístico. Em união com a Tua Mãe, vimos aqui para te acompanhar e te encontrar como nosso Amigo e luz das nossas vidas. Vimos pedir-te, pelo mundo, por todos os homens, pelos teus sacerdotes e homens e mulheres de vida consagrada. De forma especial, imploramos-Te, Senhor e dono da messe, que envies muitos e santos operários.
Todos: Pedimos-Te, Senhor.
Leitor: Necessitamos de homens que emprestem os seus lábios para nos falarem de Ti, os seus pés para percorrerem o mundo pregando o Evangelho, as suas mãos para nos bendizer, os seus olhos para vermos neles o reflexo do Teu olhar amoroso. Pedimos-Te, Senhor, com humildade, rogamos-Te com ardor, envia-nos sacerdotes, depositários do teu poder salvador; envia-nos missionários, homens e mulheres consagradas que sejam luz nas profundezas do mundo, sal que nos livre da corrupção do mal e do pecado.
Todos: Envia, Senhor, operários à Tua messe.
Leitor: Os homens e mulheres consagradas deixam tudo para Te seguir na caridade perfeita. Por amor a Ti ofereçam sua liberdade, o melhor do seu afeto e do seu amor. Grande é a sua generosidade e grande é o dom da vida consagrada à Igreja.
Todos: Envia à Tua Igreja, Senhor, vocações à vida consagrada.
Leitor: Os missionários e missionárias, nos lugares mais remotos da terra, por vezes perseguidos, arriscando as suas vidas, pregam o Teu Evangelho a quem ainda não ouviu falar de Ti. Sofrem saudades, fadigas, incompreensões, e tudo suportam com amor.
Todos: Envia, Senhor, missionários à Tua Igreja.
Leitor: Inspira e ajuda, Senhor, os sacerdotes, irmãos e irmãs que trabalham nos seminários e nas casas de formação para que dêem à Tua Igreja santos, doutores, mártires, apóstolos, novas testemunhas de Cristo cheias de um ardor missionário para a nova evangelização.
Todos: Envia-nos, Senhor, operários à Tua messe.
Leitor: Pedimos-Te, Senhor, por todos aqueles que consagram suas vidas à pastoral vocacional, para que em nome de Cristo não deixem de lançar as redes para dar à Igreja as vocações de que necessita, a fim de cumprirem com a sua missão.
Todos: Envia-nos, Senhor, operários à Tua Igreja.
ANIMADOR: O Senhor não deixa de chamar, em todas as estações da vida, para partilhar a sua missão e servir a Igreja no ministério ordenado e na vida consagrada. Senhor Jesus, não deixes de enviar novos sacerdotes, homens e mulheres consagradas à Tua Igreja, pastores segundo o Teu coração. Eles são os instrumentos da Tua graça e do Teu amor, alimentam a nossa esperança, robustecem a nossa fé e fortalecem o nosso amor. Não nos deixes sós, Senhor. Envia operários para a messe; envia pescadores de homens que nos acompanham com as redes da Tua misericórdia. Envia, te pedimos com humildade e confiança, pastores segundo o teu coração.
Rezemos intercalando os lados:
Lado 1: A messe é grande e os operários são poucos.
Lado 2: Manda, Senhor, operários à Tua messe.
Lado 1: Aos jovens que sentem Teu chamamento.
Lado 2: Dá-lhes generosidade, Senhor.
Lado 1: Aos que se consagram a Ti.
Lado 2: Aumenta a sua caridade, Senhor.
Lado 1: Aos jovens que duvidam do seu chamamento.
Lado 2: Dá-lhes ousadia, Senhor.
Lado 1: Às crianças que sentem o Teu chamamento.
Lado 2: Acompanha-os, Senhor.
Lado 1: Aos Vocacionados que estão em casa de formação.
Lado 2: Dai-lhes perseverança, Senhor.
Lado 1: Aos sacerdotes e consagrados.
Lado 2: Incendeia-os mais no Teu amor, Senhor.
Lado 1: A messe é grande e os operários são poucos.
Lado 2: Envia, Senhor, operários para a Tua messe.
Lado 1: Pelo Santo Padre, Bento XVI.
Lado 2: Ouve-nos Senhor.
Lado 1: Pelos Pastores da Tua Igreja.
Lado 2: Ouve-nos Senhor.
Lado 1: Pelos nosso Bispo Dom Celso Antônio Marchiori
Lado 2: Ouve-nos Senhor.
Lado 1: Por aqueles que mais necessitam da Tua graça.
Lado 2: Ouve-nos Senhor.
Lado 1: Pelos que andam afastados de Ti.
Lado 2: Ouve-nos Senhor.
TODOS: “Senhor da Messe e Pastor do rebanho, faze ressoar em nossos ouvidos teu forte e suave convite: ‘Vem e Segue-me’! Derrama sobre nós o teu Espírito, que Ele nos dê sabedoria para ver o caminho e generosidade para seguir tua voz. Senhor, que a Messe não se perca por falta de operários. Desperta nossas comunidades para a Missão. Ensina nossa vida a ser serviço. Fortalece os que desejam dedicar-se ao Reino na diversidade dos ministérios e carismas. Amém”
ANIMADOR: A capacidade de cultivar as vocações é sinal característico da vitalidade de uma Igreja local. Invoquemos, com confiança e insistência, a ajuda da Virgem Maria, para que, seguindo o seu exemplo de acolhimento do plano divino da salvação e com a sua eficaz intercessão, se possa difundir no âmbito de cada comunidade a disponibilidade para dizer «sim» ao Senhor, que não cessa de chamar novos trabalhadores para a sua messe. Cantemos: Maria, Mãe Companheira.
1- Companheira Maria/ Perfeita harmonia entre nós e o Pai/
Modelo dos consagrados/ Nosso sim ao chamado do Senhor confirmai.
Ref.: Ave Maria, cheia de graça/ Plena de graça e beleza/ Queres com certeza que a vida renasça/
Santa Maria, mãe do Senhor/ Que se fez pão para todos/ Criou mundo novo, só por amor.
Leitor: Pedimos-te, Senhor, por todos aqueles que se consagraram na aliança do Matrimônio; para que sejam cooperadores da graça e testemunhos vivos de fé; possam anunciar com a sua vida a indissolubilidade e santidade do vínculo matrimonial.
Todos: Cuida, Senhor, das nossas famílias.
Leitor: Pedimos-te, Senhor, pelos lares cristãos, para que cultivem os valores de um amor generoso, serviçal e gratuito, educando para a disponibilidade e abrindo-se ao dom de uma vida consagrada.
Todos: Cuida, Senhor, das nossas famílias
ANIMADOR: Que as famílias sejam animadas pelo espírito de fé, de caridade e piedade, capazes de ajudar os filhos e as filhas a acolherem, com generosidade, o chamamento ao sacerdócio e à vida consagrada. Convictos da sua missão educativa, os catequistas e os animadores vocacionais procurem cultivar o espírito dos adolescentes, que eles possam sentir e seguir de bom grado a vocação divina.
Benção do Santíssimo Sacramento
Canto: Tão Sublime
SAV- Diocesano de Apucarana.