Descrição da obra:
Chamados(as) à Vida Plena em Cristo
Símbolos e
significados:
1) Tema:
Chamados(as) à Vida Plena em Cristo
– Destaque nas palavras: Chamados(as), Vida, Plena, Cristo;
– É um convite a fazer uma profunda reflexão
sobre o significado destas palavras que ecoam na mente e no coração do
vocacionado e da vocacionada.
2) Lema:
“Eis que faço novas todas as coisas!” (Ap 21,5)
3) A mão e a chaga:
Representa o chamamento, apelo e convite que
Jesus faz à humanidade: viver em plenitude com Ele e com seu “projeto
vocacional-missionário”, revelado e testemunhado dentro da perspectiva da
comunhão, partilha e serviço.
4) O coração aberto:
Retrata o coração amoroso de Jesus que se doa
plenamente ao ser humano e convida a ser um com Ele. Um amor gratuito e livre,
de entrega total, que possibilita uma corajosa ruptura com as coisas antigas
para estabelecer a novidade da Boa Notícia: amar e construir o Reino de
justiça, dignidade e fraternidade.
5) Água que jorra vida:
Significa que, neste configurar-se plenamente em Jesus Cristo, a vida
em plenitude acontece, pois é neste encontro relacional, dialógico e amoroso
que descobrimos a nossa vocação-missão. É esta experiência que nos possibilita
uma resposta vocacional clara, livre e comprometida com a causa dos mais
empobrecidos. Fazendo, assim, com que sejamos instrumentos do amor que gera
vida, testemunhado e revelado por Jesus Cristo.
6) Cores:
Revelam a beleza da vida irradiada pelo
chamamento de Jesus Cristo.
7) Logomarcas:
Representam os parceiros
responsáveis pela elaboração dos materiais do mês vocacional de 2012: à
direita, logomarca da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil; à esquerda,
logomarca do Instituto de Pastoral Vocacional (IPV) e da Rogate, Revista de
Animação Vocacional (abaixo)
Apresentação
Quando se aproxima agosto, “Mês Vocacional”,
surge a pergunta: O que podemos fazer para dinamizá-lo? A proposta deve ser que
justamente neste mês todas as comunidades possam perceber a importância da
identidade e da missão vocacional de cada um de nós e, com isto, possam
trabalhar com afinco a “vocacionalização” durante o restante do ano.
A missão da Pastoral Vocacional / Serviço de Animação Vocacional
(PV/SAV) se exprime em quatro verbos: despertar, discernir, cultivar
e acompanhar a vocação cristã e as vocações específicas a serviço da
comunidade eclesial. É em vista disso que estas sugestões foram preparadas.
Assim, durante o “Mês Vocacional” se aprofunda a consciência da
responsabilidade de todos com esta união para que ela possa ser vivenciada com
entusiasmo ao longo do ano.
Na medida do possível, todas as comunidades deveriam se envolver
na dimensão vocacional. Por isso o planejamento e a execução das atividades
serão eficazes quanto mais houver a participação de todos.
Há algumas orientações práticas para iluminar nossos trabalhos:
- Antes o “Mês Vocacional” era tido como celebração a partir das
seguintes referências: o 1º Domingo: “Dia do Padre”; o 2º Domingo: “Dia dos
Pais”; o 3º Domingo: “Dia das Religiosas”; e o 4º Domingo: “Dia das(os)
Catequistas”. Com a indicação da Comissão Episcopal Pastoral para os
Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil (CMOVC/ CNBB), reelabora-se esta distribuição nos domingos, ampliando a dimensão
eclesiológica da vocação. Ficou assim estabelecido:
1º Domingo celebramos
a Vocação dos Ministros Ordenados (bispos, padres e diáconos);
2º Domingo celebramos
a Vocação da Vida em Família (em sintonia com a Semana Nacional da
Família);
3º Domingo celebramos
a Vocação da Vida Consagrada (religiosas, religiosos, leigas e leigos
consagrados);
4º Domingo celebramos
a Vocação dos Ministros Não Ordenados (todos os cristãos leigos e
leigas).
A CMOVC, neste ano de 2012, também nos ajuda com um tema e um lema
que nos auxiliam, iluminando nossas ações. O tema escolhido foi “Chamados(as)
à vida plena em Cristo”, com o lema: “Eis que faço novas todas as
coisas!” (Ap 21,5).
Agradecemos, de modo especial, a todas as pessoas que colaboraram
para que este material fosse compilado. Nossa gratidão e também nossas preces.
Tenhamos um mês de agosto bem animado, dinâmico, forte na oração e
nas atitudes vocacionais. Pleno de criatividade e que nos faça corresponder,
com força e dignidade, ao chamamento que o Senhor nos dirige.
Brasília, 26 de julho de 2012
Comissão Episcopal Pastoral para
os Ministérios Ordenados e
a Vida Consagrada
Sugestões de Celebrações
para o Mês Vocacional
Agosto de 2012
Sugestões para a Celebração Eucarística
18o Domingo do Tempo Comum
VOCAÇÃO DOS MINISTROS ORDENADOS
(Bispos, PadreseDiáconos)
Comentário Inicial:
Caríssimos irmãos e irmãs, iniciamos o mês
vocacional, no qual a Igreja nos convida a rezar pelas vocações. Hoje é o
domingo dedicado à vocação ao Ministério Ordenado, recebido pelo sacramento da
ordem. Os ministros ordenados são o diácono, o presbítero e o bispo.
O diácono é aquele que serve aos irmãos na
caridade e na solidariedade cristã. Assiste ao bispo e ao presbítero na
liturgia e na caridade. Sua missão é ser sacramento da caridade.
O presbítero é enviado a pastorear, presidir,
coordenar e animar os serviços na comunidade. É vocacionado a ser ministro da
Palavra e dos Sacramentos.
O bispo é consagrado para santificar, ensinar e
governar o povo de Deus em uma diocese, sem descuidar da solicitude pastoral
por toda a Igreja. É o presidente da grande assembleia.
Rezemos, então, pela fidelidade e perseverança
de nossos diáconos, presbíteros e bispos.
Inspirados nas palavras de encorajamento de
Jesus frente aos desafios da vida, iniciemos com alegria a nossa celebração,
cantando.
Preces:
1- Senhor, que os diáconos, presbíteros e bispos sejam fiéis ao vosso
chamado, nós vos pedimos:
Todos: Senhor, escutai a nossa prece.
2- Senhor, que os ministros ordenados que passam por tribulações
encontrem em vós força e esperança, nós vos pedimos:
3- Abençoai, Senhor, o nosso padre N............., para que ele nunca
perca o entusiasmo pastoral e, acima de tudo, seja homem de oração, nós vos
pedimos:
4- Senhor, que os jovens de nossa comunidade possam atender ao vosso
chamado, se colocando a serviço da Igreja, como futuros presbíteros e
diáconos, nós vos pedimos:
Oração Vocacional:
(Recitada
na conclusão das preces, ou antes da bênção final )
Senhor da messe e pastor do rebanho, faz ressoar em nossos ouvidos
teu forte e suave convite: “Vem e segue-me”. Derrama sobre nós o teu Espírito,
que Ele nos dê sabedoria para ver o caminho e generosidade para seguir tua
voz. Senhor, que a messe não se perca por falta de operários. Desperta nossas
comunidades para a missão. Ensina nossa vida a ser serviço. Fortalece os que
querem dedicar-se ao Reino, na vida consagrada e religiosa. Senhor, que a messe
não se perca por falta de pastores. Sustenta a fidelidade de nossos bispos,
padres, consagrados e leigos. Dá perseverança aos nossos seminaristas e
vocacionados. Desperta o coração de nossos jovens para o ministério pastoral em tua Igreja. Senhor
da messe e pastor do rebanho, chama-nos para o serviço do teu povo. Maria, mãe
da Igreja, modelo dos seguidores do Evangelho, ajuda-nos a responder sim.
Amém. 7
Ministros Ordenados:
A Serviço do Povo de Deus
A. (Animador): Para
marcar o início do mês Vocacional, vamos rezar e refletir, nesta celebração,
sobre o ministério ordenado na Igreja, seguindo a proposta do Concílio Vaticano
II, por ocasião do seu cinquentenário, que resgatou o sentido do diaconado, à
luz das primeiras comunidades cristãs.
T. (Todos): Em nome do Pai, do Filho e
do Espírito Santo. Amém!
Testemunho
Vocacional
L1 (Leitor 1): Santo
Estevão, a quem a Sagrada Escritura chama de “homem cheio de fé e do Espírito
Santo” (cf. At 6,5), foi o primeiro a derramar seu sangue em testemunho da fé em Jesus Cristo. Esta
circunstância fez com que ele fosse honrado com o título de protomártir.
A.: O
que significa para os dias de hoje o testemunho do diácono Santo Estevão? Qual
a importância do ministério dos diáconos nas primeiras comunidades cristãs?
Refrão Orante (“Aquele que vos chamou é fiel-1Ts
5,24-1Cor 1,9”,
de Frei Luiz Turra, CD Palavras Sagradas de Paulo Apóstolo; Paulinas, COMEP)
T.:
Aquele que vos chamou, aquele que vos chamou, é fiel, é fiel. Fiel é aquele que
vos chamou.
Leitura Orante da Palavra de Deus
A.: A Igreja desde o seu
início viu florescer um celeiro de diferentes vocações, respondendo sempre às
necessidades missionárias e pastorais que iam surgindo. Na leitura que vamos
ouvir, veremos a escolha dos diáconos para ajudarem os apóstolos no atendimento
da comunidade que crescia diariamente, pois a Palavra de Deus ia se espalhando
cada vez mais.
Canto (à escolha)
A.: Leitura
dos Atos dos Apóstolos (At
6,1-7).
L2:
“Naqueles dias, o número dos discípulos tinha aumentado, e os fiéis de origem
grega começaram a queixar-se dos fiéis de origem hebraica. Os de origem grega
diziam que suas viúvas eram deixadas de lado no atendimento diário. Então os
doze apóstolos reuniram a multidão dos discípulos e disseram:
T.: ‘Não está certo que nós deixemos a
pregação da Palavra de Deus para servir às mesas. Irmãos, é melhor que
escolhais entre vós sete homens de boa fama, repletos de sabedoria, e nós os
encarregaremos dessa tarefa. Desse modo nós poderemos dedicar-nos inteiramente
à oração e ao serviço da Palavra’.
L3: A
proposta agradou a toda multidão. Então escolheram Estevão, homem cheio de fé
e do Espírito Santo; e também Filipe, Prócoro, Nicanor, Timon, Pármenas e
Nicolau de Antioquia, um grego que seguia a religião dos judeus. Eles foram
apresentados aos apóstolos, que oraram e impuseram as mãos sobre eles.
Entretanto, a Palavra do Senhor se espalhava. O número dos discípulos crescia
muito em Jerusalém, e grande multidão de sacerdotes judeus aceitava a fé”.
A.: Palavra
do Senhor.
T.: Graças a Deus.
(Breve momento de meditação)
Passos
para a Leitura Orante
1º passo – O que o texto diz em si?
L4: O
texto narra um episódio importante de uma das primeiras comunidades cristãs. A
Igreja estava em período de formação, conduzida pelos apóstolos, mas
principalmente pela ação do Espírito Santo.
L5: A
partir do texto de At 6,1-7 responda: Como era essa comunidade? Quem
eram os seus membros? Surgiu um problema na comunidade. Que problema era esse?
Como foi resolvido?
Introdução
Chamados(A) à Vida Plena em Cristo
8
2º passo
– O que o texto me diz? E para minha
comunidade?
L6: Ouçamos novamente At 6,1-7 para responder: Como é
minha comunidade? Tenho consciência de que pelo batismo sou chamado a ser
membro ativo da Igreja? Eu participo das discussões dos problemas da
comunidade? Quais são as necessidades de minha comunidade? Qual
serviço/ministério eu me sinto chamado a desempenhar na comunidade? Faltam
ministros? Para que? Em nossa comunidade haveria necessidade de um diácono
permanente? Há pessoas na comunidade dignas de serem indicadas para esse
ministério? Tenho consciência da importância do Ministro Ordenado na
comunidade? Como eu posso ajudá-lo na sua missão?
3º passo
– O que este texto me leva a dizer a
Deus?
L7: Em silêncio, recolho aquilo que brota do coração para dizer
a Deus. Em seguida, cada um faz em voz alta a sua oração.
4º passo
– Quais os compromissos que eu assumo a
partir da Palavra de Deus?
A.: Sou convidado a sentir e a saborear a presença de Deus, que
através de sua Palavra vem me falar ao coração. Perceber como esse encontro
pessoal com Jesus me enriquece, me transforma e me dá novo olhar. Frente a isto
não posso continuar o mesmo, mas me deixo transformar. Isso é contemplação (privilegiar um momento de silêncio)!
L1: Pergunto-me: Quais os compromissos que eu assumo a partir da
Palavra de Deus? Escreva num papel seu compromisso (não é necessário partilhar).
T.: Se
colocamos a nossa vida nas mãos do Senhor, descobrimos quais e quantos dons temos
para dar, Cristo ressuscitado age em nós para partilhar tudo conosco.
L2: Agora, Cristo utiliza das nossas mãos para continuar a
abençoar. Utiliza de nossos lábios para continuar a falar. Utiliza de nosso
amor para continuar a doar a experiência de um amor que vence tudo. Utiliza de
nossos pés para alcançar cada canto do mundo com o anúncio da salvação. Ele
nos acompanha e completa o nosso testemunho com a força de seu amor por todos
seres humanos que o aguardam.
Canto (à escolha)
Louvor
T.: Obrigado, Senhor, pela vida dos
bispos, padres e diáconos.
L3: Queremos,
Senhor, para a Igreja Ministros Ordenados capazes de renascer no Espírito todo
dia. Queremos para a Igreja Ministros Ordenados sem medo do amanhã e livres do
passado. Queremos para a Igreja Ministros Ordenados que não tenham medo de
mudar, que não falem só por falar.
T.: Obrigado, Senhor, pela vida dos
bispos, padres e diáconos.
L4: Queremos
para a Igreja Ministros Ordenados capazes de viver junto aos outros, de
trabalhar junto, de sorrir junto, de amar junto, de sonhar junto. Queremos
para a Igreja Ministros Ordenados capazes de perder sem se sentir destruídos,
de questionar-se sem perder a fé, de levar a paz onde há inquietude e quietude
onde não há paz.
T.: Obrigado, Senhor, pela vida dos
bispos, padres e diáconos.
L5: Queremos
para a Igreja Ministros Ordenados que saibam usar as mãos para abençoar e
apontar o caminho a seguir. Queremos para a Igreja Ministros Ordenados sem
muitos recursos, mas com muito a fazer. Ministros Ordenados que nas crises não
busquem outro trabalho, mas como trabalhar.
T.: Obrigado, Senhor, pela vida dos
bispos, padres e diáconos.
L6: Queremos
para a Igreja Ministros Ordenados que sejam livres para viver e servir e não
para fazer sua própria vontade. Queremos para a Igreja Ministros Ordenados que
tenham saudade de Deus, da Igreja, do povo, da pobreza de Jesus, da obediência
de Jesus.
T.: Obrigado, Senhor, pela vida dos
bispos, padres e diáconos.
L7: Queremos
para a Igreja Ministros Ordenados que não confundam a oração com as palavras
ditas por costume, a espiritualidade com o sentimentalismo, o serviço com a
própria segurança pessoal. Queremos para a Igreja Ministros Ordenados capazes
de viver e morrer por ela, profetas de Deus, que falem com suas vidas.
T.: Obrigado, Senhor, pela vida dos
bispos, padres e diáconos.
Eis que
faço novas todas as coisas!
9
9
Oração
Vocacional
T.: Senhor Jesus, entre nós escolhestes bispos, presbíteros
e diáconos e os enviais para proclamar a vossa Palavra e para agir no vosso
Nome. Por um dom tão grande para a vossa Igreja, vos louvamos e vos damos
graças.
Lado A: Vos pedimos para inflamá-los com o fogo do vosso amor, para
que o ministério deles revele a vossa presença na Igreja. Por serem vasos de
argila, pedimos que o vosso poder os fortaleça em suas fraquezas.
Lado B: Em suas aflições, não permitais que sejam esmagados, nas
dúvidas se desesperem. No tempo da fraqueza, enviai-lhes o vosso Espírito e
ajudai-os a louvar o vosso Pai celestial.
T.: Com
vosso Santo Espírito pondes a vossa Palavra em seus lábios e o vosso amor em
seus corações, para que levem a Boa Nova aos pobres e curem os corações
feridos.
A.: O amor do Pai nos reuniu, irmãos na fé, pelo desejo de fazer
a sua vontade. Elevemos a Ele a nossa comum oração, dizendo (alternando com o
animador):
A.: Pai nosso que estais nos céus.
T.:
Dai-nos bispos, presbíteros e diáconos segundo o vosso Coração.
A.: Para que seja santificado o vosso nome.
T.:
Dai-nos bispos, presbíteros e diáconos segundo o vosso Coração.
A.: Para que a vossa vontade seja feita no céu e na terra.
T.:
Dai-nos bispos, presbíteros e diáconos segundo o vosso Coração.
A.: Para doar-nos o Pão da vida.
T.:
Dai-nos bispos, presbíteros e diáconos segundo o vosso Coração.
A.: Para perdoar as nossas culpas.
T.:
Dai-nos bispos, presbíteros e diáconos segundo o vosso Coração.
A.: Para que nos ajudem a superar as tentações.
T.:
Dai-nos bispos, presbíteros e diáconos segundo o vosso Coração, e livrai a nós
e a eles de todo mal. Amém!
Lado A: Ó Senhor, queremos presbíteros que não somente consagrem o
pão, mas sobretudo pessoas, que nos conduzam a vós. Que todos os ministros
falem com a vida, mais do que com a palavra. Ministros que vivam santamente.
Lado B: Dai-nos Ministros Ordenados que nos falem de vós, que se
doem, que saibam irradiar-vos. Que sejam pessoas de coração aberto, que sejam
generosos no empenho pastoral, fiéis e vigilantes na oração, alegres e
solícitos no serviço à comunidade cristã.
T.: Senhor, dignai-vos dar-nos estes
ministros generosos, sinais de vossa presença e ação. Amém!
Segue
a bênção com o Santíssimo onde for costume.
Canto final (à escolha)
Aprofundamento
O episódio
relatado nos Atos dos Apóstolos mostra como na comunidade cristã surgiu uma
tensão entre grupos a respeito da ajuda às viúvas.
Lucas
não condena o conflito. O conflito faz parte da experiência comunitária. Onde
os conflitos não existem não há comunidade, ou eles são mascarados, reprimidos.
O importante não é fazer desaparecer os conflitos, mas administrá-los para o
crescimento da comunidade.
A
comunidade torna-se disponível ao serviço e, por isso, o ministério apostólico
e o serviço da diaconia favorecem a unidade. Hoje a Igreja está ciente de seu
dever e chamado à oração, à caridade e ao serviço da Palavra e da missão.
Os
ministérios ordenados garantem a comunhão, a unidade onde as diferenças são
vividas no âmbito da comunhão, tornando-se motivo de riqueza. Em uma sociedade
individualista e violenta, o movimento da Palavra precisa de uma comunidade
ministerial, lugar de unidade na diversidade, que vive a comunhão para a
missão.
Desde
o início emergem os três ministérios essenciais da Igreja: o serviço da
Palavra, o serviço litúrgico da oração e o serviço da assistência aos pobres.
Não é utilizado o termo “diácono”, embora haja referência à diaconia e à
imposição das mãos.
O
diácono é sinal do próprio Cristo Senhor servo, é animador do serviço da
Igreja junto às comunidades cristãs e intérprete das necessidades e aspirações
delas.
A Igreja
articula suas funções procurando dar respostas diferentes de acordo com os
problemas que se apresentam no próprio caminho histórico, a fim de viver a
comunhão, a responsabilidade comum e uma eficiente colaboração.10
VOCAÇÃO
MATRIMONIAL
(Família)
Comentário Inicial:
Caríssimos irmãos e irmãs, dando seqüência as
celebrações do mês vocacional, rezemos hoje pelas famílias.
A família é um “dos tesouros mais importantes” e
“patrimônio da humanidade” (DAp, 432). É um
bem para o casal, para os filhos, para a Igreja e para a sociedade. É lugar de
realização humana, geração da vida, igreja doméstica, formadora de valores.
Rezemos pela santificação de nossas famílias:
que sejam lugar do cultivo do amor, do diálogo, da acolhida, do perdão, da
realização humana, da fidelidade e da paz.
Rezemos, de modo especial, por todos os pais,
neste dia a eles dedicado.
Iniciemos com alegria nossa celebração,
cantando.
Preces:
1- Senhor, que cada família seja verdadeira igreja doméstica. Ajudai
também nossos jovens que se preparam para o sacramento do matrimônio a
crescerem em maturidade humana e cristã, nós vos pedimos.
Todos: Senhor, escutai a nossa prece.
2- Senhor, que as famílias cristãs cresçam sempre mais na fé e sejam
sinais do vosso amor para o mundo, nós vos pedimos.
3- Senhor, que vos revelastes a nós como Pai amoroso, abençoai cada
pai e cada mãe de família para que seja reflexo do vosso amor em seus lares,
nós vos pedimos.
Oração Vocacional:
(Recitada
na conclusão das preces, ou antes da bênção final )
Senhor da messe e pastor do rebanho, faz ressoar em nossos ouvidos
teu forte e suave convite: “Vem e segue-me”. Derrama sobre nós o teu Espírito,
que Ele nos dê sabedoria para ver o caminho e generosidade para seguir tua
voz. Senhor, que a messe não se perca por falta de operários. Desperta nossas
comunidades para a missão. Ensina nossa vida a ser serviço. Fortalece os que
querem dedicar-se ao Reino, na vida consagrada e religiosa. Senhor, que a messe
não se perca por falta de pastores. Sustenta a fidelidade de nossos bispos,
padres, consagrados e leigos. Dá perseverança aos nossos seminaristas e
vocacionados. Desperta o coração de nossos jovens para o ministério pastoral em tua Igreja. Senhor
da messe e pastor do rebanho, chama-nos para o serviço do teu povo. Maria, mãe
da Igreja, modelo dos seguidores do Evangelho, ajuda-nos a responder sim.
Amém. 11
Família:
Sinal do Amor de Deus
Canto inicial (“Ilumina, Ilumina”, de Pe. Zezinho, CD
Momentos Especiais; Paulinas, COMEP)
1. Minha
prece de pai é que meus filhos sejam felizes. / Minha prece de mãe é que meus
filhos vivam em paz. / Que eles achem os seus caminhos! Amem e sejam amados!
Vivam iluminados! / Nossa prece de filhos é prece de quem agradece. / Nossa
prece é de filhos que sentem orgulho dos pais. / Que eles trilhem os teus
caminhos! Louvem e sejam louvados! Sejam recompensados!
Refrão:
Ilumina, ilumina / nossos pais, nossos filhos e filhas! / Ilumina, ilumina /
cada passo das nossas famílias!
2. Minha prece, ó Senhor, / é também pelos meus familiares.
Minha prece, ó Senhor, / é por quem tem um pouco de nós. Que eles achem os seus
caminhos! Amem e sejam amados! / Vivam iluminados!
Introdução
A.
(Animador): Querida família cristã, sejam todos
bem vindos à nossa celebração. Hoje falaremos da vocação familiar, vista pelo
Documento de Aparecida como um “tesouro” ameaçado pela cultura atual, que
mostra o divórcio como algo natural e atraente para a família. De coração
contrito e humilde, e com muito entusiasmo, iniciemos nossa celebração.
T.
(Todos): Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!
A.: A família de Nazaré é para nós exemplo de unidade, diálogo,
compreensão, respeito, amor, enfim, rezemos pela vocação familiar, que é dom e
graça de Deus na humanidade.
L1
(Leitor 1): “A família cristã está fundada no
sacramento do matrimônio entre um homem e uma mulher, sinal do amor de Deus
pela humanidade e da entrega de Cristo por sua esposa, a Igreja. A partir
dessa aliança se manifestam a paternidade e a maternidade, a filiação e a
fraternidade, e o compromisso dos dois por uma sociedade melhor” (DAp n. 433).
T.: “A família tem início na comunhão conjugal,
como ‘aliança’, na qual o homem e a mulher ‘mutuamente se dão e recebem um ao
outro’” (João
Paulo II, Carta às Famílias).
L2: “No
matrimônio, o homem e a mulher unem-se entre si tão firmemente que se tornam –
segundo as palavras do livro do Gênesis – ‘uma só carne’ (Gn 2,24) [...]. Uma
existência chamada a servir a verdade no amor. O amor faz com que o homem se
realize através do dom sincero de si: amar significa dar e receber aquilo que
não se pode comprar nem vender, mas apenas livre e reciprocamente oferecer” (João Paulo II, Carta às Famílias).
T.: “A família, que tem início no amor
do homem e da mulher, se origina radicalmente do mistério de Deus. Isto
corresponde à essência mais íntima do homem e da mulher, à sua constitutiva e
autêntica dignidade de pessoa” (João Paulo II, Carta às Famílias).
Canto (Se oportuno: “Famílias do Brasil”, de Pe. Zezinho, CD
Canções que a fé escreveu; Paulinas, COMEP)
Testemunho
Vocacional
L3: Joana
Beretta Molla nasceu no ano de 1922 na Itália. Recebeu de seus pais o
ensinamento da fé católica e em sua juventude, enquanto estudava, expressava
a sua fé no trabalho com a Ação Católica, além de ser profundamente caridosa e
dedicada à caridade com os mais pobres. Formou-se em medicina e, em 1950, abriu
um consultório, onde demonstrou cuidado especial com as mães, crianças, idosos
e pobres, considerando a sua vocação como um dom de Deus.
L4: No
ano de 1955 casou-se com Pedro Molla. Depois de quatro anos de casada já tinha
três filhos, e sabia equilibrar os deveres de mãe, de esposa e de médica. Na
quarta e quinta gravidez, Joana teve dois abortos espontâneos, sem conseguir
explicações satisfatórias para o ocorrido. Em 1961, ela engravidou pela sexta
vez. Mesmo ciente dos riscos da nova gravidez, Joana Beretta não deixou de
amar a criança esperada.Chamados(A) à Vida Plena em Cristo 12
L5: Em seguida descobriu
que tinha um tumor no útero e este deveria ser extirpado. Entretanto precisaria
retirar todo o útero. A consequência da cirurgia seria a morte do bebê. Porém
Joana nunca aceitou esse procedimento, e dizia: “a mãe dá a vida pelo filho”.
Pediu, então, ao cirurgião que salvasse a vida que trazia em seu seio.
L6: Após sete meses de gestação, e sem hesitação, exigiu que
salvassem a vida da criança. Com admirável força, com profunda dedicação de
mãe, e depois de muito sofrer, no dia 21 de abril de 1962, por meio de uma
cesariana, deu à luz uma menina de quatro quilos e meio. O pai batizou a filha
com o nome de Joana Emanuela, homenageando a mãe e o nome que significa “Deus
Conosco”, louvando a presença de Deus em suas vidas.
L7: Joana sabia que aquela criança enriqueceria o lar de sua
família, porém sabia também que não poderia gozar da presença de Emanuela. Apesar
dos esforços dos médicos para salvar a vida também da mãe, no dia 28 de abril,
Joana morreu, aos 39 anos de idade. Seu funeral foi marcado por uma profunda
comoção de fé e oração. Assim disse o papa Paulo VI sobre o exemplo de Joana:
T.: “Uma
jovem mãe da Diocese de Milão que, para dar a vida à sua filha, sacrificava,
com imolação meditada, a própria”.
L8: Joana Beretta foi beatificada pelo papa João Paulo II no dia
24 de abril de 1994, no Ano Internacional da Família. E elevada aos altares
como santa, com a presença de sua filha, Joana Emanuela, no dia 16 de maio de
2004.
A.: Neste momento, procuraremos partilhar nossas opiniões sobre
algumas questões.
L1: O que suscita em nós o testemunho de vida de Santa Joana
Beretta Molla? Conhecemos alguma mãe que como ela deu a sua vida para salvar o
seu filho ou filha?
L2: Santa Joana tinha como modelo de família a vivência do amor,
da oração, da doação, da defesa da vida. E hoje, quais são os modelos que
encontramos?
L3: A partir do testemunho de Santa Joana e do exemplo da
família de Nazaré: Jesus, Maria e José, como é possível enfrentar os desafios
que afligem nossa família atualmente?
Refrão
Orante (“Onde
reina o amor”, Taizé, CD Coração Confiante; Paulinas, COMEP)
T.: Onde reina o amor, fraterno amor.
Onde reina o amor, Deus aí está.
Leitura Orante da Palavra de Deus
A.: A Palavra de Deus
edifica e sustenta as famílias. Caminhar alicerçado nela é construir bases
sólidas de amor, esperança e de vida plena a cada momento. Com ouvidos de
discípulos atentos ao Mestre, aclamemos:
Canto de aclamação (“A vossa Palavra Senhor”, de Frei Luiz
Turra. In.: Canta Povo de Deus, São Paulo, Loyola, 1998)
Refrão: A vossa Palavra, Senhor, é
sinal de interesse por nós. (bis)
1. Como um pai ao redor de sua mesa,
revelando seus planos de amor.
2. É feliz quem escuta a Palavra e a
guarda no seu coração.
3. Neste encontro da Eucaristia
aprendemos a grande lição.
A.: O
Senhor esteja convosco.
T.: Ele está no meio de nós.
A.: Proclamação
do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas (Lc 2,41-52).
T.: Glória a vós, Senhor.
Lado A: Todos os anos, os pais de Jesus iam a Jerusalém para a festa
da Páscoa. Quando completou doze anos, eles foram para a festa, como de
costume. Terminados os dias da festa, enquanto eles voltavam, Jesus ficou em
Jerusalém, sem que seus pais percebessem.
Lado B: Pensando que se encontrasse na caravana, caminharam um dia
inteiro. Começaram então a procurá-lo entre os parentes e conhecidos. Mas,
como não o encontrassem, voltaram a Jerusalém, procurando-o. Depois de três
dias, o encontraram no templo, sentado entre os mestres, ouvindo-os e
fazendo-lhes perguntas.
Lado A: Todos aqueles que ouviam o menino ficavam maravilhados com
sua inteligência e suas respostas. Quando o viram, seus pais ficaram
comovidos, e sua mãe lhe disse: “Filho, por que agiste assim conosco? Olha, teu
pai e eu estávamos, angustiados, à tua procura!”. Ele respondeu: Eis que faço novas todas as coisas!
T.: “Por que me procuráveis? Não sabíeis que eu devo estar
naquilo que é de meu pai?”.
Lado B: Eles, porém, não compreenderam a palavra que ele lhes
falou. Jesus desceu, então, com seus pais para Nazaré e era obediente a eles.
Sua mãe guardava todas estas coisas no coração. E Jesus ia crescendo em
sabedoria, tamanho e graça diante de Deus e dos homens.
A.: Palavra da Salvação.
T.:
Glória a vós, Senhor.
(Breve momento de meditação)
Passos
para a Leitura Orante
A.: Neste momento, no qual refletiremos sobre a Palavra de Deus,
é importante respondermos algumas questões.
1º passo
– O que o texto diz em si?
L4: Qual foi o motivo da viagem? Quem são os personagens e o que
fazem? Quais são as falas dos personagens? Como eram as relações entre eles?
2º passo
– O que o texto me diz? E para minha
comunidade?
L5: O que mais chamou a minha atenção no texto? Que luzes o
texto traz para minha vida familiar e para vida em comunidade cristã? Há algo
que não entendi no texto?
3º passo
– O que este texto me leva a dizer a
Deus?
L6: Peça, agradeça ou louve a partir das luzes e pistas
descobertas com a leitura e partilha da Palavra de Deus.
4º passo
– Quais os compromissos que eu assumo a
partir da Palavra de Deus?
L7: O que precisa mudar em minha família? Expor um compromisso
pessoal e familiar, sem dizer o problema. Elaborar um compromisso da comunidade
cristã com as famílias da paróquia ou diocese.
Oração
Vocacional
A.: Deus amoroso, tu que
enviastes vosso Filho para encarnar-se no seio de uma família, que teu Espírito
infunda em nós os dons da fidelidade e responsabilidade, para respondermos com
ardor o nosso chamado a viver a vocação familiar. Senhor da messe, pedimos que
sejamos atentos ao vosso chamado, que, a exemplo de Jesus, Maria e José,
tenhamos a fé e disponibilidade para responder Sim e sirvamos com alegria na
construção do teu Reino.
T.: Amém!
A.: Jesus
manso e humilde de coração!
T.: Fazei o nosso coração semelhante ao
vosso.
Concluir
com Pai Nosso, Ave Maria e Glória.
Segue
a bênção com o Santíssimo onde for costume.
Canto final (“Oração pela família”, de Pe. Zezinho,
CD Sol nascente, sol poente; Paulinas, COMEP)
Aprofundamento
A partir
do Evangelho de Lucas (Lc 2,41-52) percebemos que cada pessoa é chamada a
cuidar e zelar pela família. Na família somos chamados a ser exemplos do amor,
testemunhando para a cultura atual, muitas vezes descrente, que a família
continua sendo sinal de Vida Plena.
A
família é a igreja doméstica, o lugar onde o amor de Deus deve acontecer. Neste
espaço devem ser cultivados os valores cristãos. Deus também quis ter uma
família e nela se encarnou, tão somente por amor gratuito. O Catecismo da
Igreja Católica, em seu nº 458, nos diz que: “A família é a célula originária
da sociedade humana [...]. Os princípios e os valores familiares constituem o
fundamento da vida social. A vida em família é uma iniciação à vida da
sociedade”.
Dessa
forma a vocação familiar deve nos impulsionar a dinamizar o amor, o respeito, o
diálogo, construir relações fraternas, frente a uma sociedade cada vez mais
egocêntrica, onde os valores comunitários estão sendo esquecidos. O
vocacionado à família deve testemunhar que é possível viver esta vocação com
olhar cristão na atualidade, que constituir família não é coisa do passado e
tampouco fruto do acaso, mas é opção. Assim, a Palavra de Deus nos dá pistas de
como abraçar e viver esta vocação de maneira madura e responsável.
Outro
ensinamento importante da Palavra é sobre a mesa onde fazemos as refeições. Ela
é muito importante para nós cristãos e para nossas famílias, pois foi ao redor
de uma mesa que Jesus se entregou por todos nós, por isso, precisamos resgatar
o sentido da mesa, lugar de encontro, de partilha, de perdão, de orientação;
lugar onde as nossas relações familiares se sustentam e se transformam em relações
fraternas e amorosas.
VOCAÇÃO
À VIDA CONSAGRADA
(Religiosos/aseConsagrados/as)
Comentário Inicial:
Caríssimos irmãos e irmãs, rezemos hoje pela
vocação à vida consagrada.
A vida consagrada é um dom do Pai, por meio do
Espírito, à sua Igreja. Ela se expressa na vida monástica, ordem das virgens,
eremitas, viúvas, vida contemplativa, vida religiosa apostólica, institutos
seculares e sociedades de vida apostólica.
A vida consagrada é chamada a ser especialista em
comunhão, no interior tanto da Igreja quanto da sociedade.
A vida e a missão dos consagrados devem estar
inseridas na Igreja particular e em comunhão com o bispo.
Iniciemos com alegria nossa celebração,
cantando.
Preces:
1- Senhor, inflamai o coração
de nossos jovens para que atendam ao vosso chamado e tenham a coragem de se
consagrarem a vós e aos irmãos e irmãs, nós vos pedimos:
Todos: Senhor, escutai a nossa prece.
2- Senhor, suscitai em nossos
jovens a vocação específica à vida consagrada, nós vos pedimos:
3- Senhor, que os consagrados
e as consagradas a vós na vida monástica e contemplativa, vida religiosa
apostólica, institutos seculares e sociedades de vida apostólica possam assumir
ao longo da vida o compromisso de vos servir na oração e nos irmãos e irmãs,
nós vos pedimos:
Oração Vocacional:
(Recitada
na conclusão das preces, ou antes da bênção final)
Senhor da messe e pastor do rebanho, faz ressoar em nossos ouvidos
teu forte e suave convite: “Vem e segue-me”. Derrama sobre nós o teu Espírito,
que Ele nos dê sabedoria para ver o caminho e generosidade para seguir tua
voz. Senhor, que a messe não se perca por falta de operários. Desperta nossas
comunidades para a missão. Ensina nossa vida a ser serviço. Fortalece os que
querem dedicar-se ao Reino, na vida consagrada e religiosa. Senhor, que a messe
não se perca por falta de pastores. Sustenta a fidelidade de nossos bispos,
padres, consagrados e leigos. Dá perseverança aos nossos seminaristas e
vocacionados. Desperta o coração de nossos jovens para o ministério pastoral em tua Igreja. Senhor
da messe e pastor do rebanho, chama-nos para o serviço do teu povo. Maria, mãe
da Igreja, modelo dos seguidores do Evangelho, ajuda-nos a responder sim.
Amém. 15
Consagrados e Consagradas:
Testemunhas da Boa Nova do Reino
Introdução
Canto Inicial (à escolha)
A. (Animador): Bem vindos, irmãos e irmãs! Este é um momento precioso com que
Deus nos presenteia para estarmos em comunidade, unidos nesta terceira semana
do mês vocacional, e rezando por todos os irmãos e irmãs, consagrados e consagradas,
que na sua opção de vida, testemunham o fascínio da amizade com Jesus e a
alegria que brota do amor por Ele. Na contemplação e na atividade, na solidão e
na fraternidade, no serviço aos pobres e aos últimos, eles se entregam na total
dedicação, por vocação, deixando-se modelar pela Palavra, traduzindo-a em
testemunho para todos nós. Alegres ao rezarmos por esta vocação tão sublime,
iniciemos nossa celebração, cantando:
T. (Todos): Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém!
Testemunho Vocacional
L1 (Leitor 1): “O coração a Deus e as mãos ao trabalho”, este era o lema que
orientou a vida de Madre Maria Josefa Rossello (1811-1880), conhecida como a
Santa do coração grande, por conta de sua misericórdia para com os mais pobres.
L2: Benedita Rossello, nome de
Madre Josefa antes de sua consagração religiosa, era filha de ceramistas que
viviam em Albisola
Marina, Itália. Ainda jovem começou a trabalhar em uma cidade
chamada Savona e sofreu pela morte de seus pais e de alguns irmãos. Mas não
desanimava e repetia para si mesma:
T.: “Tenho só um desejo: crescer no amor a Deus, ser útil ao meu
próximo e chegar à santidade”.
L3: Os meios para alcançar essa
meta surgiram quando o bispo de Savona, Dom Agostinho de Mari, após ter
percebido o abandono das crianças, adolescentes e jovens nas ruas de sua
cidade, começou a procurar alguma pessoa misericordiosa que pudesse acolher as
meninas desamparadas de seu povo.
L4: O bispo encontrou em Benedita Rossello
esta pessoa inteiramente disponível a doar-se a Deus, ajudando as pessoas a
conhecê-lo e a amá-lo. A ela foi confiada a educação das jovens.
L5: Em 1837, sentindo que deveria empenhar toda a
sua vida na busca da configuração com Cristo misericordioso e, como Maria, mãe
da misericórdia, acolher e irradiar esta misericórdia a todos, principalmente
aos mais pobres e necessitados, Benedita consagrou-se a Deus, juntamente com
outras três companheiras. Ela recebeu o nome de Irmã Maria Josefa Rossello, e
fundou uma comunidade religiosa, chamada Instituto de Nossa Senhora da
Misericórdia.
L1: Atualmente este Instituto continua se dedicando
em diversos países, incluindo o Brasil, para manifestar os mistérios da
misericórdia, por meio de ações concretas, nas áreas da educação e saúde,
atuando junto aos jovens, às famílias, aos menores carentese ao serviço de
animação vocacional.
L2: O que mais se destaca na vida desta religiosa
que se consagrou a Deus e viveu inteiramente para promover as pessoas e a misericórdia?
Conhecemos outras religiosas que podem ser citadas como exemplos? O que
fizeram e como viveram para se destacarem? Em nossa comunidade existem
consagradas e consagrados a Deus? Qual seu carisma e/ou qual o trabalho que
desenvolvem?
A. (Após a partilha das ideias
surgidas pelo testemunho vocacional): Vamos fazer um instante de
silêncio e colocar-nos diante de Deus pedindo para que nosso coração esteja
aberto à sua escuta, seja nas Sagradas Escrituras ou na vida das pessoas que
lhe são fiéis.
Refrão Orante (“Aquele que vos chamou é
fiel – 1Ts 5,24; 1Cor 1,9”,
de Frei Luiz Turra, CD Palavras Sagradas de Paulo Apóstolo; Paulinas, COMEP)
T.: Aquele que vos chamou,
aquele que vos chamou, é fiel, é fiel. Fiel é aquele que vos chamou.Chamados(A) à Vida Plena em Cristo 16
A.: Vamos ouvir, no
Evangelho de Lucas, o episódio de Marta e Maria, as duas irmãs de Lázaro. Nele
Jesus está a caminho para Jerusalém, onde será preso e morto.
L3: Ele chega na casa de Marta, que o recebe. Maria, sentada aos
pés de Jesus, escutava a sua palavra. Marta, na cozinha, estava ocupada com os
afazeres domésticos.
A.: Duas atitudes importantes, sempre presentes na vida dos
cristãos: estar atenta à Palavra de Deus e estar atenta às necessidades das
pessoas. Cada uma destas duas atitudes exige atenção total.
L3: Marta queria que Maria sacrificasse sua atenção à Palavra
para ajudá-la no serviço da mesa, mas não se pode sacrificar uma atitude em
favor da outra. É preciso alcançar o equilíbrio! Vamos aclamar o Evangelho,
cantando:
Canto de
aclamação (à
escolha)
A.: O Senhor esteja convosco.
T.: Ele
está no meio de nós.
A.: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas (Lc 10,38-42).
T.:
Glória a vós, Senhor.
L3: Jesus entrou num povoado, e uma mulher, de nome Marta, o
recebeu em sua casa. Ela tinha uma irmã, Maria, a qual se sentou aos pés do Senhor
e escutava a sua palavra.
Marta,
porém, estava ocupada com os muitos afazeres da casa. Ela aproximou-se e disse:
T.:
“Senhor, não te importas que minha irmã me deixe sozinha com todo o serviço?
Manda pois que ela venha me ajudar!”
L3: O Senhor, porém, lhe respondeu:
A.: “Marta, Marta! Tu te preocupas e andas agitada com muitas
coisas.
T.: No
entanto, uma só é necessária. Maria escolheu a melhor parte e esta não lhe
será tirada”.
A.: Palavra da Salvação.
T.:
Glória a vós, Senhor.
(Breve momento de meditação)
Passos
para a Leitura Orante
1º passo – O que o texto diz em si?
L4: Vamos
recordar o que foi lido espontaneamente, sem ler outra vez. Quem são os
personagens? Com o que estão preocupados?
2º passo – O que o texto me diz? E para minha comunidade?
L5: Qual
a frase que mais chamou a minha atenção? Que luzes o texto traz para minha
vida pessoal e para a comunidade? Há algo que não entendi no texto? Qual a
relação deste texto com a vida religiosa consagrada?
3º passo – O que este texto me leva a dizer a Deus?
L6: Faça
um pedido, um agradecimento, um louvor a partir das luzes e pistas dadas pela
Palavra de Deus.
4º passo – Quais os compromissos que eu assumo a partir da Palavra de
Deus?
L7.: Exponha
um compromisso pessoal e/ou combine um compromisso para o grupo.
Canto (à escolha)
Oração
Vocacional
A.: Elevemos ao Senhor da
Messe nossa oração, em especial aos consagrados e consagradas:
LADO A: Trindade Santa, Deus da vida e do amor, somos seguidores e
seguidoras de Jesus, discípulos missionários a serviço da messe.
LADO B: Contamos com a tua graça para corresponder à ordem de
Jesus: Rogai ao Senhor da messe para que envie operários à sua messe (cf. Mt
9,38).
LADO A: Queremos incentivar a vocação dos cristãos leigos e leigas à
vida consagrada e aos ministérios ordenados, construindo uma Igreja corresponsável
e ministerial.
LADO B: Queremos, com Jesus, ser uma Igreja fiel aos sinais dos
tempos, samaritana, missionária e libertadora, que responda aos clamores do
povo, em suas lutas e esperanças, e que testemunhe a Boa Nova do Reino, com a
palavra e com a vida.
Leitura Orante da Palavra
de Deus1717 Eis que faço novas todas as coisas!
LADO A: Maria, ó Mãe das
Vocações, és a Mãe da Messe e te convidamos para visitar-nos. Venha!
LADO B: Venha visitar-nos com a mesma ternura e interesse com que
foste à casa de tua prima, Isabel, levando teu Filho no ventre.
LADO A: Venha visitar nossos jovens, despertando-os para uma vida
de total entrega à messe mais sofrida e abandonada.
LADO B: Venha, ó Mãe santa, venha visitar nossa família e nossa
comunidade, enriquecendo-as de bons operários e operárias do Evangelho, que
levem Jesus a todos os corações.
T.: Ó
Virgem Santa, interceda por nós, filhos e filhas em seu Filho. Amém!
(Breve momento de silêncio, pedindo a bênção de Deus. Depois
cada fiel eleva a mão direita sobre a assembleia, em sinal de bênção e envio, e
diz o que segue:)
T.: O
Senhor esteja diante de ti para te guiar.
Ao teu
lado para te proteger e caminhar contigo.
Em tua
mente para te iluminar.
Em teu
coração para te consolar e te dar coragem.
Em teus
pés para que vás ao encontro de quem necessita. Amém!
Concluir com Pai Nosso, Ave Maria e Glória.
Segue a bênção com o Santíssimo onde for costume.
Canto
final (“Ouviste
a Palavra de Deus”, de Pe. José Weber, CD Festas Litúrgicas III; Paulus, COMEP)
Refrão:
Ouviste a Palavra de Deus, / guardaste em teu coração, / feliz porque creste,
Maria, / por ti nos vem a salvação! (bis)
1. Nas
palavras da lei e nos Profetas / tua alma sedenta bebia / a Esperança do Povo
na vinda / de Deus que os famintos sacia.
2. Quando
o anjo por Deus foi mandado / Dizer-te da escolha tão alta / Sendo Mãe tu
quiseste ser serva / Do Deus que os humildes exalta.
3. Quando
o viste nascer rejeitado / Perseguido até a morte cruel / Tua fé trouxe a
Páscoa da vida / Pois Deus para sempre e fiel.
Aprofundamento
Quem
são as irmãs e irmãos de vida consagrada? As congregações, institutos,
sociedades de vida apostólica e novas formas de vida consagrada constituem o
Corpo místico de Cristo; por sua natureza definitiva, incondicionada e
apaixonada de total adesão a Deus.
Os
consagrados e consagradas testemunham o fascínio da amizade com Jesus e a
alegria que brota do amor por Ele. Na contemplação e na atividade, na solidão e
na fraternidade, no serviço aos pobres e aos últimos, no acompanhamento pessoal
e nos areópagos modernos, estão prontos para proclamar e testemunhar que Deus
é amor, e como é agradável amá-lo. Fazem isso porque ouvem as palavras de
Jesus, como Maria (cf. Lc 10,39).
Os
votos, ou conselhos evangélicos, de castidade, pobreza e obediência, são sinais
visíveis de uma realidade futura, mas já presente e real em nosso meio. Não é
um sonho impossível, mas uma das expressões do Reino de Deus na história. O
carisma da vida consagrada é um dom para a Igreja e um sinal para o mundo. Não
é fuga de uma realidade, mas compromisso com o mundo. Enfatiza o contraste
entre os valores do Evangelho com o valor materialista da sociedade.
Ao
renunciarem tudo para seguir Cristo, os consagrados e consagradas dão o que possuem
de mais precioso, enfrentando qualquer sacrifício, para seguir os passos do
Mestre e se tornam sinal de contradição, pelo simples modo de pensar e viver
muitas vezes em contraste com a lógica do mundo veiculada, principalmente, nos
meios de comunicação social.
Os
consagrados e as consagradas não se distinguem por sua ação, mas pela
existência vivida na radicalidade dos conselhos evangélicos; por conviverem em
fraternidade com pessoas diferentes – idade, nação, personalidade. Eles criam
novo jeito de estar no meio do povo, adotam uma postura de compaixão,
paciência, presença, modéstia, flexibilidade, misericórdia e criatividade.
Amam os pobres, não por serem pobres, mas por serem pessoas humanas,
“preferidas do Pai”, mas excluídas na sociedade. Vivendo assim, na gratuidade
do amor, testemunham que Deus chama todos os cristãos e cristãs a uma vida
profética e missionária, fazendo novas todas as relações, fazendo novas todas
as coisas, a exemplo de Deus que diz: “Eis que faço novas todas as coisas!” (Ap
21,5).
VOCAÇÃO DOS MINISTROS NÃO ORDENADOS
(Leigoseleigas)
Comentário Iinicial:
Caríssimos irmãos e irmãs, celebrando o último domingo do mês
vocacional a Igreja nos convida a rezar pela vocação dos cristãos leigos e
leigas, que assumem diversos ministérios em nossa comunidade. Os leigos compõem
a maior parte da Igreja e têm a missão de testemunhar e difundir o Evangelho.
Eles iluminam e ordenam as realidades temporais segundo o projeto de Jesus
Cristo. São chamados à santidade e ao apostolado.
Que o Senhor da messe continue chamando homens e mulheres
comprometidos com a implantação do Reino.
Iniciemos com alegria nossa celebração, cantando.
Preces:
1- Senhor, enviai operários e
operárias comprometidos com a implantação do vosso Reino, sendo sal e luz onde
se encontram, nós vos pedimos.
Todos: Senhor, escutai a nossa prece.
2- Senhor, por todos os que já
se dedicam ao serviço na vossa Igreja, em especial pelos ministros não
ordenados, para que continuem a anunciar a vossa palavra e a testemunhar o
vosso amor, nós vos pedimos:
3- Senhor da messe, que todos
os batizados e batizadas, vocacionados à santidade, continuem a colaborar nas
pastorais, movimentos e serviços da Igreja, nós vos pedimos:
Oração Vocacional:
(Recitada
na conclusão das preces, ou antes da bênção final)
Senhor da messe e pastor do rebanho, faz ressoar em nossos ouvidos
teu forte e suave convite: “Vem e segue-me”. Derrama sobre nós o teu Espírito,
que Ele nos dê sabedoria para ver o caminho e generosidade para seguir tua
voz. Senhor, que a messe não se perca por falta de operários. Desperta nossas
comunidades para a missão. Ensina nossa vida a ser serviço. Fortalece os que
querem dedicar-se ao Reino, na vida consagrada e religiosa. Senhor, que a messe
não se perca por falta de pastores. Sustenta a fidelidade de nossos bispos,
padres, consagrados e leigos. Dá perseverança aos nossos seminaristas e
vocacionados. Desperta o coração de nossos jovens para o ministério pastoral em tua Igreja. Senhor
da messe e pastor do rebanho, chama-nos para o serviço do teu povo. Maria, mãe
da Igreja, modelo dos seguidores do Evangelho, ajuda-nos a responder sim.
Amém. 19
Vocação dos Ministros Não
Ordenados:
Membros do Corpo de Cristo
Canto inicial (“Agora é tempo de ser Igreja”, de
Maria Luíza Ricciardi, in Celebrar a fé e a vida, 2005)
Refrão:
Agora é tempo de ser Igreja, / caminhar juntos, participar.
1. Somos
povo escolhido / e na fronte assinalado, / com o nome do Senhor, / que caminha
ao nosso lado.
2. Somos
povo em missão, / já é tempo de partir; / é o Senhor que nos envia / em seu
nome a servir!
Introdução
A.
(Animador): Irmãos e irmãs, chamados pelo Deus da
vida, nos sintamos acolhidos nesta quarta semana do mês vocacional para
celebrarmos a vocação dos fiéis leigos e leigas, cristãos e cristãs que, por
meio de sua presença na comunidade como ministros não-ordenados, possuem um
papel fundamental na Igreja, família de Deus. Iniciemos nossa celebração.
T.
(Todos): Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!
A.: O Espírito Santo, com sua luz, vem iluminar nossos caminhos.
Lado A: Vinde Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e
acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado
e renovareis a face da terra.
Lado B: Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz
do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas, segundo o
mesmo Espírito, e gozemos sempre de sua consolação, por Cristo Senhor nosso.
T.: Amém!
L1
(Leitor 1): Deus realiza o chamado através de
mediações. Por isso, em conformidade com o dom que cada um recebeu, somos
convidados a viver em comunidade, nos oferecendo a serviço da Igreja no mundo.
E a atuação dos cristãos leigos e leigas se apresenta nas mais variadas
realidades, desde as grandes cidades até os recantos mais desconhecidos.
T.: Somos chamados a evangelizar o vasto
e complexo universo da política, da realidade social e da economia, da cultura
e dos meios de comunicação.
L2: No
dia a dia vemos o testemunho de inúmeros leigos e leigas. Eles e elas
responderam positivamente ao chamado de Deus e se dedicam à ação pastoral da
Igreja. Podemos nos perguntar: quais são as ações que desenvolvo em minha
comunidade? Como enxergo e acolho os clamores da realidade na qual estou
inserido? Como reajo diante das mudanças e transformações do mundo?
(Frente
a estes questionamentos, façamos um momento de silêncio examinando nossa
consciência. Deve-se concluir com um canto penitencial à escolha da
comunidade).
Testemunho
Vocacional
L3: “Iniciei
minhas atividades na Igreja aos 12 anos coordenando um grupo de infância
missionária. A presença de Deus e a necessidade de realizar um trabalho na
comunidade sempre fizeram parte da minha vida; porém, durante um período,
acabei perdendo a motivação e o engajamento na comunidade. Nessa época senti
muita falta da proximidade que tinha com a Igreja e, sobretudo, com Deus.
Sentia que meu corpo tinha coração, mas não tinha alma, decidi então que
voltaria a participar da comunidade. Hoje, aos 19 anos, coordeno um grupo de
jovens e faço parte da comissão Rede Jovem, sinto-me feliz e realizada por
divulgar e viver a Palavra de Deus”. (Jessica Aparecida Cardoso Magalhães –
jovem da paróquia Nossa Senhora das Graças – Morro Doce – São Paulo – SP)
L4: Esse
testemunho indica o início da participação eclesial de uma jovem. Como foi o
começo de nossa participação na comunidade? Como acolhemos os mais jovens em
nossas pastorais e comunidades?
Refrão Orante (“Antes que te formasses”, In.: Canta
Povo de Deus, São Paulo, Loyoula, 1998).
T.: Tenho que gritar, tenho que
arriscar; ai de mim se não o faço! / Como escapar de ti, como calar, se tua voz
arde em meu peiChamados(A) à Vida Plena em Cristo 20
to? / Tenho que andar, tenho que lutar, ai de mim se não o
faço! / Como escapar de ti, como calar, se tua voz arde em meu peito?
Leitura Orante da Palavra de Deus
A.: Vamos iluminar nosso encontro buscado inspiração na
experiência das primeiras comunidades. A partir desse quadro, somos chamados a
refletir sobre a Igreja e sobre como cada um de nós podemos contribuir com
nossa vocação para a evangelização. Aclamemos (“Pela Palavra de Deus”, de Luiz Turra; Hino da Bíblia nº 2. In.: Canta Povo de Deus,
São Paulo, Loyola, 1998):
Refrão:
Pela Palavra de Deus / saberemos por onde andar. / Ela é luz e verdade, / precisamos
acreditar.
1. Cristo
me chama, Ele é Pastor, / sabe meu nome: Fala, Senhor!
2. Sei
que a resposta vem do meu ser: / “Quero seguir-te para viver”.
A.: Leitura da primeira carta de São Paulo aos Coríntios (1Cor 12,12-22).
L5: Como o corpo é um, embora tenha muitos membros, e como todos
os membros do corpo, embora sejam muitos, formam um só corpo, assim também
acontece com Cristo. De fato, todos nós, judeus ou gregos, escravos ou livres,
fomos batizados num só Espírito, para formarmos um só corpo, e todos nós
bebemos de um único Espírito.
L6: Com efeito, o corpo não é feito de um membro apenas, mas de
muitos membros. Se o pé disser: “Eu não sou mão; portanto não pertenço ao
corpo”, nem por isso deixa de pertencer ao corpo.
L7: E se o ouvido disser: “Eu não sou olho; portanto não
pertenço ao corpo”, nem por isso deixará de pertencer ao corpo. Se o corpo todo
fosse olho, onde estaria o ouvido? Se o corpo todo fosse ouvido, onde estaria o
olfato?
L5: De fato, Deus dispôs os membros, e cada um deles, no corpo,
conforme quis. Se houvesse apenas um membro, onde estaria o corpo?
T.: Mas,
de fato, há muitos membros e, no entanto, um só corpo.
L6: O olho não pode dizer à mão: “Não preciso de ti”, nem a
cabeça dizer aos pés: “Não preciso de vós”. Bem mais ainda, mesmo os membros do
corpo que parecem ser os mais fracos, são indispensáveis.
L7: Palavra
do Senhor.
T.: Graças a Deus!
A.: Façamos
um momento de meditação acolhendo o que São Paulo quer ilustrar nesta carta a
partir do exemplo do corpo humano.
Passos
para a Leitura Orante
1º passo – O que o texto diz em si?
L1: Paulo
desenvolve sua concepção de Igreja segundo a imagem de um corpo, o Corpo de
Cristo, que reúne diferentes membros. Quais são as imagens e os membros de um
corpo utilizados por São Paulo?
2º passo – O que o texto me diz? E para minha comunidade?
L2: Somos
chamados a assumir nossa vocação específica dentro da comunidade, onde
participamos integralmente deste corpo com nossos diferentes dons, superando
antigas concepções discriminatórias, para que possamos de fato viver em
comunhão, livres de mecanismos que geram dominação e exclusão.
L3:
Com o testemunho pessoal e comunitário, pela dinâmica do serviço, precisamos
reconhecer que a Igreja, como comunidade, deve afastar as barreiras que podem
gerar separações.
L1: Que
luzes esta imagem paulina traz para minha vida e para a comunidade? Quais os
desafios para nos tornarmos verdadeiro Corpo de Cristo?
3º passo – O que este texto me leva a dizer a Deus?
L2: O
apóstolo Paulo volta a ser uma fonte de inspiração: “Nenhuma desigualdade
existe em Cristo na Igreja, por motivo de raça ou de nação, de condição social
ou de sexo, pois não há ‘nem judeu nem grego, nem escravos nem livres, nem
homem nem mulher; todos vós sois um em Cristo Jesus” (Lumen Gentium, 32).
A.: Faça
um pedido, um agradecimento, um louvor a partir das luzes e pistas dadas pela
Palavra de Deus.
4º passo – Quais os compromissos que eu assumo a partir da Palavra de
Deus? 21 21Eis que
faço novas todas as coisas!
L3.: Qual compromisso
pessoal e/ou comunitário podemos assumir para vivermos em maior comunhão e
unidade, partilhando nossos dons e talentos?
Canto (à escolha)
Oração
Vocacional
A.: Roguemos ao Senhor da messe que continue a chamar e a
acompanhar homens e mulheres, cristãos leigos e leigas, em sua missão:
T.:
Enviai, Senhor, operários e operárias à vossa messe.
L4: Roguemos pelas famílias, grande sinal de que o Reino de Deus
se realiza no amor concreto entre os irmãos e irmãs.
L5: Roguemos por todos que, assumindo sua vocação nas famílias,
conseguem se dedicar à comunidade.
L6: Roguemos pelos catequistas, que em sua missão sejam animados
e iluminados a serem os educadores na fé e da fé, propiciando a experiência do
amor de Deus a quem está ingressando na comunidade.
L7: Roguemos pelos que assumem sua vocação a serviço do bem comum.
A.: Que possamos, sim, alagar nosso conceito de vocação vendo no
batismo a fonte de todas as vocações. E tendo neste sacramento a chave para
participarmos da Igreja, corpo de Cristo, sinal vivo do Reino de Deus. Reino
que se realiza na participação de cada ser humano que reconhece a própria
vocação e respeita os diferentes dons dos outros. Em dois coros, concluamos
nossa celebração com a oração vocacional:
Lado A: Senhor da messe, vós que chamais a todos com o dom da
vocação que se concretiza no sacramento do batismo;
Lado B: Te pedimos que continuais a enviar e acompanhar os fiéis
leigos e leigas no exercício da sua vocação, acolhendo os apelos da sociedade.
Lado A: Que possamos ser instrumentos de evangelização através de
nossa inserção no mundo e nos locais onde a estrutura eclesial não consegue
chegar.
Lado B: E que nosso testemunho seja fonte de vida para nossas
famílias e para a Igreja, corpo de Cristo, do qual somos membros pelos dons da
graça de Deus.
T.: Amém!
Concluir
com Pai Nosso, Ave Maria e Glória.
Segue
a bênção com o Santíssimo onde for costume.
Canto final (à escolha)
Aprofundamento
O Concílio
Vaticano II, na Constituição Dogmática Lumen Gentium, em suas
referências sobre os cristãos leigos e leigas, comunga dos pensamentos do
apóstolo Paulo ao afirmar: “pelo batismo foram incorporados a Cristo,
constituídos no povo de Deus e a seu modo feitos partícipes do múnus
sacerdotal, profético e régio de Cristo, pelo que exercem sua parte na missão
de todo o povo cristão na Igreja e no mundo” (LG 31). Em sua Carta aos Coríntios,
Paulo compara os leigos e leigas a um imenso corpo no Espírito Santo, ou seja,
temos uma unidade na diversidade de dons, personalidade, forças e necessidades.
Em
seu número 33, a
Lumen Gentium destaca: “os leigos são congregados no povo de Deus e
constituídos num só corpo de Cristo sob uma só cabeça”. E nesta comunhão, tendo
Cristo como centro de harmonia, somos chamados a partilhar nossa vocação
através da colaboração para o bem comum, onde cada um com seus dons é
convocado a repartí-los com os demais membros deste corpo, principalmente com
os mais fracos.
Assim, em
nossas comunidades, iluminados pela Palavra de Deus e com olhos no dia a dia da
comunidade, precisamos promover a comunhão por intermédio do acolhimento de
todos, até mesmo dos mais desanimados, bem como no empenho da promoção humana
e social. Enfim, temos que ter a coragem de romper com antigas estruturas,
reconhecendo a variedade de carismas, reconhecendo a corresponsabilidade e
igualdade de todos os membros da comunidade, afinal, “vós todos sois o corpo
de Cristo e, individualmente, sois membros desse corpo” (1Cor 12,27).
Gostaria de acionar o canto - Para servir e seguir-t (Canto para os votos religiosos - L.M. Frei Luis Sebastião Turra...
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