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sexta-feira, 5 de maio de 2017

MENSAGEM DIÁRIA Pe. NATALICIO.

 
 "PAGAR COM A MESMA MOEDA" (At 14,19-28).
                        Pe. Natalício.


 

                                                              Foi numa reunião do Clero de Apucarana, realizada em Arapongas, na Paróquia Santíssima Trindade, que ficou decidido que eu seria o novo Pároco da Paróquia Bom Jesus de Ivaiporã.  Era o mês de novembro de 1993. Fiz todo o procedimento previsto para encerrar meus trabalhos em São João do Ivaí. No mês de janeiro iria fazer 5 anos que estava prestando serviço naquela Paróquia. Depois de deixar encaminhada do meu sucessor Pe. Antonio Taliare, despedi-me e tomei posse da nova Paróquia em 12 de fevereiro de 1994. Foi um dia de muita chuva e quase não havia gente na igreja...
                                                                Logo que ficou confirmada minha posse em Ivaiporã, pedi à equipe de finanças da Bom Jesus que não precisava contratar funcionária para a casa paroquial. Minha irmã Cassiana iria trabalhar comigo. De fato ficou comigo até o dia de sua morte em 02 de junho de 2006. Foram 12 anos comigo ali na mesma casa. Foi um "Anjo Amigo" que Deus mandou pra cuidar de mim. Quanto que me ajudou! Por um certo tempo, ela teve forte depressão e sofreu muito. Dei tanta "bronca" nela! Não entendia porque ficava tão triste e chorava tanto. Insisti muito para que deixasse aquela tristeza. Não fui capaz de entedê-la. De fato, os familiares dificilmente entendem a situação da pessoa deprimida. Foi preciso acontecer comigo para que pudesse entender...
                                                                 Antes que completasse 50 anos, fui vitimado pelo tal mal. Tinha um sonho de celebrar meu Jubileu de Ouro de vida com uma bonita festa com os amigos. Ficou só no sonho... Não tive forças para isso. Foram alguns anos muito tristes! Só aí é que fui entender um pouco so sofrimento da pessoa deprimida. Foi preciso "pagar com a mesma moeda".  Eu ainda tive sorte de ter superado com a ajuda de muita gente. Mas a Cassiana, mesmo com a ajuda maravilhosa do Padre Fernando, não teve a mesma sorte! Nos deixou, tão sedo, para ir morar com os anjos de Deus...
                                                                 Ao ler o que aconteceu com o Apóstolo São Paulo, fico refletindo no que aconheceu também com ele. Quando Estêvão foi apedrejado ele estava lá e consentiu a sua morte. Sebe lá se até não deu umas pedradas também (At 7,58; 8,1; 22,20). Tempos depois ele também foi vítima de apedrejamento. "Pagou com a mesma moeda".  Vejamos o que está no texto: "De Antioquia e Icônio chegaram judeus que convenceram as multidões. Então apedrejaram Paulo e arrastaram-no para fora da cidade,pensando que ele estivesse morto. Mas, enquanto os discípulos o rodeavam, Paulo levantou-se e entrou na cidade"... 
                                                                  Teve sorte melhor que Estêvão. Escapou da morte daquela vez e prosseguiu na missão. "No dia seguinte, partiu para Derbe com Barnabé. Depois de terem pregado o Evangelho naquela cidade e feito muitos discípulos voltaram para Listra, Icônio e Antioquia Encorajando os discípulos, eles os exortavam a permanecerem firmes na fé, dizendo-lhes: 'É preciso que passemos por muitos sofrimentos para entrar no Reino de Deus'" (At 14, 19-28). Este testemunho de São Paulo nos motiva a não desanimarmos na missão por causa de sofrimentos. A missão deve continuar, mesmo com perseguições. Creio nisso! Trabalho pra isso! E que ASSIM SEJA...
 
 
ORAÇÃO:
 
 
Ó Deus, Pai de Poder!
Pelo Vosso Poder Infinito:
- Dai-nos solidariedade com as pessoas que sofrem!
- Não permitas que sejamos indiferente com os sofredores!
- Libertai-nos de todo tipo de perseguição!
- Fazei-nos fortes para continuarmos nossa missão!
- Recebei nossa gratidão por salvar São Paulo do apedrejamento...
                                                                                          AMÉM!

quinta-feira, 4 de maio de 2017

MENSAGEM DIÁRIA Pe. NATALICIO.







 
"JECA TATU NA IGREJA" (At 13, 44-52).
                                       Pe. Natalício.


                                                                    No tempo em que eu era jovenzinho, lá em Minas Gerais e aqui no Paraná, gostava muito de ler os almanaques (Almanaque do Pensamento) que eram doados nas farmácias. Havia muitas curiosidades e informações úteis para a vida da gente! Havia muitos pensamentos e histórias. As que a gente mais gostava eram do Jeca Tatu.  Personagem criado por Monteiro Lobato em sua obra Urupês, que contém 14 histórias baseadas no trabalhador rural paulista. Simboliza a situação do caboclo brasileiro, abandonado pelos poderes públicos às doenças, seu atraso como cidadão e à indigência.
                                                                     Além das histórias oficiais, havia outras contadas pelo povo. Uma delas, da qual nunca me esqueci, relata a visita do Jeca à Igreja. A história é assim: O pobre caipira fez um voto de dar um bode para São Sebastião. No dia marcado ele foi à igreja apresentou a sua oferta ao Santo Preferido. Entrou solenemente puxando o bode. Chegou perto da imagem e disse com toda simplicidade: "São Sebastião, eu vim cumprir minha promessa! Aqui está minha oferta! Pode pegar!" Como a imagem não se movimentava, não tinha nenhuma reação, o homem insistiu várias vezes. Por fim decidiu amarrar o bode na mão da imagem e foi-se embora. Ao sair da igreja, percebeu que alguém soltou um foguete. Com aquele estouro, o cabrito se assustou e saiu correndo da igreja arrastando a imagem do santo. Aquilo foi um espetáculo! O bode correndo e o Santo atrás! Aquele "aranzé" assustava mais ainda o animal que corria mais ainda, levantando um poeirão! O Jeca observava de longe e dava risadas: "Uai São Sebastião, você não queria pegar e agora tá correndo atrás!?"
                                                                      Eu sempre gostava de ouvir essa história e dava muitas risadas. É uma história ingênua de uma pessoa simples do interior. Mas na vida real pode acontecer algo parecido! As vezes damos pouca importância para certas coisas ou pessoas e quando as perdemos corremos atrás desesperadamente. Coisa parecida aconteceu no início da Igreja, quando o Evangelho foi anunciado aos Judeus e foi rejeitado. Por isso, os Apóstolos foram pregar aos pagãos que receberam bem a Doutrina Cristã. Essa euforia despertou nos Judeus um forte sentimento de inveja e, com blasfêmias, opunham-se ao que Paulo dizia: 
                                                                                               Então, com muita coragem, Paulo e Barnabé declararam: “Era preciso anunciar a Palavra de Deus primeiro a vós. Mas, como a rejeitais e vos considerais indignos da vida eterna, sabei que nós iremos nos dirigir aos pagãos. Porque esta é a ordem que o Senhor nos deu: ‘Eu te coloquei como luz para as nações, para que leves a salvação até os confins da terra’”.Diante da pregação de Paulo os Judeus instigaram as mulheres ricas e religiosas, assim como os homens influentes da cidade, provocaram uma perseguição contra Paulo e Barnabé e os expulsaram do seu território. Então os Apóstolos sacudiram contra eles a poeira dos pés, e foram para a cidade de Icônio. Os discípulos, porém, ficaram cheios de alegria e do Espírito Santo (At 13, 44-52).
                                                                                                 Tenho percebido, que desde o início, a pregação do Evangelho sofre perseguição. Jesus já havia falado disso. Mas também orientou que quando fosse recusado numa cidade devia bater a poeira e seguir pra outra. Foi exatamente isso que Paulo e Barnabé fizeram em Antioquia da PisídiaEsse conselho vale também para nós hoje. Não há necessidade de bater poeira, até porque nem sempre temos poeira nos calçados. Mas é importante seguirmos em frente. Vamos a outras cidades. Nunca devemos desanimar quando alguém nos persegue. O Evangelho não pode ficar parado. Sempre haverá alguém com sede da Boa Nova de Jesus. Devemos saciar esta sede e, para tanto, vale a pena  usar  todos os meios possíveis sem nunca cansar! Hoje existem muitos meios que facilitam a trabalho evangelizador. A obra vai continuar... Creio nisso! Trabalho pra isso! E que ASSIM SEJA...
 
ORAÇÃO:
 
Ó Deus Pai de Poder!
Pelo Vosso Poder Infinito:
- Libertai-nos de todo tipo de inveja, fofoca e calúnia!
- Fortalecei-nos no trabalho de Evangelizar!
- Não permitas que a evangelização seja atrapalhada por nossa culpa!
- Impulsionai-nos na Evangelização das comunidades!
- Recebei nossa gratidão pelos missionários de ontem e de sempre...
                                                                                                                    AMÉM!