"VAMOS USAR CAMISINHA?" (Jz 13, 2-7.24-25a)
Pe. Natalício.
No atendimento pastoral atendemos pessoas que nos procuram trazendo seus problemas. Podem ser grandes ou pequenos, mas, são angustiantes em suas vidas. Muitas vezes, por falta de paciência ou por autoritarismo, damos respostas erradas ou, mesmo estando certas, deixamos as pessoas insatisfeitas. Por falta de tempo, por muitos compromissos, facilmente não ouvimos atentamente a história da pessoa sofrida que veio buscar ajuda. A ajuda mais importante, muitas vezes, é escutar seu desabafo. Muitas pessoas não tem com quem desabafar e vão acumulando angústias e preocupações.
Quando atendemos uma pessoa sofrida, devemos dar-lhe uma reposta; uma orientação. Esta pode ser feita por duas óticas: a ótica da lei ou a ótica da misericórdia. Quando não temos tempo ou paciência para ouvir, normalmente, respondemos com a ótica da lei; Pode ou não pode, proibido ou permitido. Ao contrário, quando a resposta é feita na ótica da misericórdia a pessoa humana é que é o referencial. Foi assim que Jesus Cristo fez! Mais importante do que a lei é a pessoa humana. Foi assim que Ele fez com o homem da mão seca, a mulher encurvada, a mulher com fluxo de sangue...
Tempos atrás fui procurado por uma senhora angustida, preocupada e com medo de pecar. Queria saber se era permitido o casal usar Camisa de Vênus (camisinha) em suas relações. Perguntei-lhe se ela era casada. Respondendo que sim, interroguei-lhe sobre a opinião de seu marido. Afirmou-me que também tinha dúvidas. Orientei-lhe, que na relação de esposo e esposa, unidos pelo Sacramento do Matrimônio, aquele comportamento poderia não ser pecado. Pedi uma conversa com os dois juntos. Agendamois a audiência e ela foi combinar com o seu marido. Percebi que ela saiu mais aliviada e feliz...
Fiquei imaginando a conversa dos dois! Aquela mulher feliz dizendo para o seu esposo: "Vamos usar camisinha"? Essa conversa de casal é muito importante. Infelizmente alguns casais não praticam o diálogo. Marido ou mulher tomam decisões sérias sem comunicarem mutuamente. Quantos males poderiam ser evitados? Se houvesse mais diálogo entre esposo e esposa. Lendo o livro de Juizes, encontramos dialogando, um casal pouco conhecido. Trata-se dos pais de Sansão. Vamos ao texto: "Havia um homem de Saraá, da tribo de Dã, chamado Manué, cuja mulher era estéril. O anjo do Senhor apareceu à mulher e disse-lhe: “Tu és estéril e não tiveste filhos, mas conceberás e darás à luz um filho...
A mulher foi dizer ao marido: “Veio visitar-me um homem de Deus, cujo aspecto era terrível como o de um anjo do Senhor. Não lhe perguntei de onde vinha nem ele me revelou o seu nome. Ele disse-me: ‘Conceberás e darás à luz um filho" (Jz 13, 2-7.24-25a). Não sabemos o nome desta mulher, mas podemos imaginar a sua alegria com a notícia que ela iria ser mãe! Foi nobre a sua atitude em comunicar o seu marido. Esse diálogo deve servir de modelo para todos os nossos casais! Colaborando nesse sentido, está a Pastoral Familiar, o ECC e muitos outros serviços e movimentos da Igreja. Creio nisso! Trabalho pra iso! E que ASSIM SEJA...
ORAÇÃO:
Ó Deus, Pai de Poder!
Pelo Vosso Poder Infinito:
- Não permitas que cresça a desunião entre os casais!
- Santificai o diálogo entre esposo e esposa!
- Abençoai os casais que sonham em ter filhos!
- Fortalecei os movimentos e pastorais que apoiam a família!
- Recebei nossa gratidão pelos casais que vivem em diálogo sincero!
AMÉM!
Nenhum comentário:
Postar um comentário