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quarta-feira, 7 de novembro de 2012

MENSAGEM DIÁRIA Pe. NATALICIO.

             


                                  "PÉ DE LÍRIO NO CHIQUEIRO"  (Fl 2, 12-18).
                                                       Pe. Natalício.




                                                                         No ano de 1968, minha famíia mudou-se de Minas Gerais para o Paraná. Chegamos em Jacutinga, município de Ivaiporã, no dia 13 de julho, tempo de frio. Ficamos uns dois meses morando com o pai de minha mãe, seu Francisco Maiada. Ele tinha prevenido o meu pai para trazer, na mudança, dinheiro para pagar o sítio que já havia comprado. Foi um "aperto" enorme para conseguir aquele dinheiro! Mas conseguimos! O sítio de cinco alqueires estava todo desmatado! As terras muito mal cuidadas e não tinha casa. Além do dinheiro para pagar o sítio tinha que também fazer a casa. Foi um tempo de muitas dificuldades...
                                                                          A casa foi construida no meio do sítio e havia uma mina d'agua no pé do morro, na frente da casa. Havia até uma bica de tronco de coqueiro que facilitava a colheita da água. Era fresquinha e muito gostosa. Corria o tempo todo. Dia e noite. Papai até aproveitou para fazer um chiqueiro para engordar uns porquinhos alí um pouco mais em baixo. Lá da janela da sala dava para ver e escutar a água caindo dentro dum cocho. No fim da tarde era delicioso! Ao cair da noite, podia-se ouvir também o barulho dos porcos, o cacarejar das galinhas empoleirando e os bezerros no custeio.
                                                                          Minha mãe dispertou em mim um enorme gosto pela flor de lírio. Lírio branco do brejo. Em Minas Gerais, durante o mes de maio, o altar de Nossa Senhora da Conceição era decorado com essas flores muito cheirosas. Agora, ali no nosso sítio, pra baixo do chiqueiro, havia alguns pés dessa flor, no meio dos estrumes de porcos. Era uma contradição! No meio de tanto mau cheiro e sujeira, lá estava, lindamente, a flor branca, sensível e toda cheirosa. É uma cena que nunca mais esqueço! Aquilo serviu para fazer uma boa meditação. Pensei na vida dos cristãos no meio dessa sociedade tão corrupta...
                                                                           Hoje, ao ler a carta de São Paulo aos Filipesses completo a meditação. Vejamos o que está escrito: "Fazei tudo sem reclamar ou murmurar, para que sejais livres de repreensão e ambiguidade, filhos de Deus sem defeito, no meio desta geração depravada e pervertida, na qual brilhais como os astros no universo." Que orientações maravilhosas! Devemos nos comportar como Filhos de Deus no meio de uma sociedade pecadora e brilharmos como estrelas no céu. Paulo ainda dá outras ordens: "Tabalhai para a vossa salvação"... "Conservai com firmeza a palavra da vida"... "Vós também, alegrai-vos pelo mesmo motivo e congratulai-vos comigo." (Fl 2, 12-18).
                                                                            Essas palavras dirigidas aos Filipesses tem o mesmo valor para todos nós. É importante fazer um bom serviço, mas sem murmuração e sem reclamar. Somos uma geração de reclamantes. Criou-se a cultura de reclamar. Devemos combater isso. Não devemos reclamar por causa das coisas erradas. Sejamos diferentes. O lírio não reclama do estrume de porco. Ao contrário, aproveita dele e mostra sua beleza e seu perfume. É assim que deve ser a pessoa que acredita e segue Jesus Cristo. Creio nisso! Prego isso! Trabalho pra isso! E que ASSIM SEJA....
 



ORAÇÃO:




Ó Deus, Pai de Poder! 
Pelo Vosso Poder Infinito:
- Não permitas que a murmuração envenene nossa comunidade!
- Conservai-nos sempre nos trabalhos de nossa salvação!
- Realizai em nós o "querer" e o "fazer"!
- Conservai-nos firmes na Palavra da Vida!
- Aceitai nossos louvores pelas comunidades cristãs unidas...
                                                                                        AMÉM.  

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