"JECA TATU NA IGREJA" (At 13, 44-52)
Pe. Natalício.
No
tempo em que eu era jovenzinho, lá em Minas Gerais e aqui no Paraná,
gostava muito de ler os almanaques (Almanaque do Pensamento) que eram
doados nas farmácias. Havia muitas curiosidades e informações úteis para
a vida da gente! Havia muitos pensamentos e histórias. As que a gente
mais gostava eram do Jeca Tatu, um personagem criado por Monteiro
Lobato em sua obra Urupês, que contém 14 histórias baseadas no
trabalhador rural paulista. Simboliza a situação do caboclo brasileiro,
abandonado pelos poderes públicos às doenças, seu atraso como cidadão e à
indigência.
Além das histórias oficiais de Jeca Tatu, havia outras contadas pelo
povo. Uma delas, da qual nunca me esqueci relata a visita do Jeca na
Igreja. A história é assim: O pobre caipira fez um voto de dar um bode
pra São Sebastião. No dia marcado ele foi à igreja apresentou a sua
oferta ao Santo preferido. Entrou na igreja solenemente puxando o bode.
Chegou perto da imagem e disse com toda simplicidade: "São Sebastião, eu
vim cumprir minha promessa! Aqui está minha oferta. Pode pegar!" Como a
imagem não se movimentava, não tinha nenhuma reação, o home insistiu
várias vezes. Por fim decidiu amarrar o bode na mão da imagem e foi-se
embora.
Ao
sair da igreja, percebeu que alguém soltou um foguete. com aquele
estouro, o cabrito se assustou e saiu correndo da igreja arrastando a
imagem do santo. Aquilo foi um espetáculo! O bode correndo e o Santo
atrás! aquilo assustava mais ainda o animal que corria mais! Levantando
um poeirão! O Jeca Tatu observava de longe e dava risadas: "Uai Santo
Antonio, você não queria pegar e agora tá correndo atrás!?" Eu sempre
gostava de ouvir essa história e dava muitas risadas. É uma história
ingênua de uma pessoa simples do interior. Mas na vida real pode
acontecer algo parecido! As vezes damos pouca importância para certas
coisas ou pessoas e quando as perdemos corremos atrás desesperadamente.
Coisa parecida aconteceu no início da Igreja, quando o Evangelho foi
anunciado aos Judeus e foi rejeitado. Por isso os Apóstolos foram pregar
aos pagãos que receberam a Doutrina Cristã. Essa euforia despertou nos
Judeus um forte sentimento de inveja e, com blasfêmias, opunham-se ao que Paulo dizia: Então,
com muita coragem, Paulo e Barnabé declararam: “Era preciso anunciar a
Palavra de Deus primeiro a vós. Mas, como a rejeitais e vos considerais
indignos da vida eterna, sabei que nos vamos dirigir aos pagãos. Porque
esta é a ordem que o Senhor nos deu: ‘Eu te coloquei como luz para as
nações, para que leves a salvação até os confins da terra’”. Diante da pregação de Paulo os Judeus
instigaram as mulheres ricas e religiosas, assim como os homens
influentes da cidade, provocaram uma perseguição contra Paulo e Barnabé e
expulsaram-nos do seu território. Então os apóstolos sacudiram contra eles a poeira dos pés, e foram para a cidade de Icônio. Os discípulos, porém, ficaram cheios de alegria e do Espírito Santo (At 13, 44-52).
Tenho
percebido, que desde o início, a pregação do Evangelho sofre
perseguição. Jesus já havia falado disso. Mas também orientou que quando
fosse recusado numa cidade devia bater a poeira e seguir pra outra
cidade. Foi exatamente isso que Paulo e Barnabé fizeram na Antioquia
da Pisídia. Esse conselho vale também pra nós hoje. Não há necessidade
de bater poeira, até porque nem sempre tem poeira. Mas é importante
seguir em frente. Nunca devemos desanimar quando alguém nos
persegue. O Evangelho não pode ficar parado. Sempre haverá alguém com
sede da Boa Nova de Jesus. Devemos saciar esta sede e por isso devemos
usar todos os meios possíveis sem nunca cansar! Creio nisso! Prego isso!
Trabalho pra isso! E que ASSIM SEJA...
ORAÇÃO:
Ó Deus, Pai de Poder!
Pelo Vosso Poder Infinito:
Pelo Vosso Poder Infinito:
- Libertai-nos de todo tipo de inveja, fofoca e calúnia!
- Fortalecei-nos no trabalho de Evangelizar!
- Não permitas que a evangelização seja atrapalhada por nossa culpa!
- Impulsionai-nos na Evangelização das comunidades!
- Recebei nossa gratidão pelos missionários de ontem e de sempre...
AMÉM!
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