"CHÃO ESTRELADO" (Lc 11, 29 - 32).
Pe. Natalício.
Durante os oito anos que acompanhei o ECC no Conselho Nacional, fiz muitas viagens aéreas pelo Brasil. Muitas delas aconteciam durante às noites. Era maravilhoso olhar, lá de cima, as cidades, grandes ou pequenas. Pareciam braseiros ou céu estrelado. Muitas dessas cidades eu não sabia nem o nome, mas gostava de rezar para seus habitantes, seus dirigentes políticos e religiosos. Eram momentos impressionantes...
Céu estrelado ou chão estrelado. São experiências fantásticas. Chão estrelado foi o que aconteceu no dia 5 de março, deste ano de 2011. Era um sábado de carnaval. Eu e um grupo de pessoas fomos fazer Retiro Espiritual na Comunidade do Engenho Velho. Éramos apenas 6 pessoas. Sim. Só meia dúzia de pessoas, incluindo o Diácono Permanente e Líder daquela Diaconia, Célio Ferracioli. Ficamos em Jejum, oração, leitura e meditação bíblica até o começo da noite.
No fim da tarde, chegaram mais pessoas de Marilândia, Mauá da Serra, Apucarana e Arapongas. Rezamos o terço das Bem Aventuranças e fomos celebrar missa no meio do mato. Sim. No alto do morro, atrás da capela, tem uma reserva de mata. Então subimos, à pé e rezando o terço de nossa Senhora. Entramos por um trilho até a um local onde o Diácono já havia deixado uma mesa para o altar e umas cadeiras. Fomos iluminados por apenas uma lâmpada à bateria. A missa teve leituras próprias sobre Moisés e a Sarça Ardente. O Evangelho foi Jesus com os 3 Apóstolos no Monte Tabor. Foi a Transfiguração.
Havia muitas pessoas. Só para a comunhão foram contadas 40. A missa, presidida por mim, foi conduzida num clima de conversão e purificação do coração. Era o encerramento do nosso Retiro para começarmos a Quaresma. A mística da transfiguração era forte. Depois da comunhão a lâmpada, única luz naquele momento, foi apagada. Muitos jovens e crianças sentaram por meio dos arbustos e a escuridão foi total. Podia se ver, por meio dos galhos das árvores, as estrelas no infinito. Mas, devagar, enquanto fomos cantando músicas de elevação espiritual, podemos notar que, alí no chão ia aparecendo pequenas luzes. Era muito lindo. Aquilo foi se multiplicando. Eu estava sentado numa das cadeira e, ao olhar do lado, notei que parecia um céu estrelado. Ou chão estrelado! Percebi a admiração de todas as pessoas alí presentes. Pude ouvir o espanto e o comentário de todos. Aquilo era muito bom. Era um grande sinal...
Fiquei meditando nos sinais que as pessoas queriam no tempo de Jesus (Lc 11, 29 - 32). Aquilo era falta de fé. Era apenas curiosidade. Jesus não deu sinal algum para aquela gente. Ele mesmo é o SINAL. Não precisamos de nenhum outro. Existe algum sinal mais importante que a Ressurreição de Jesus? Então. Para nós, cristãos, não precisamos mais sinais. Não preciso de mais provas para acreditar no Filho de Deus e na sua Boa Nova. Os sinais que Ele nos oferece, gratuitamente, são tudo Graças provenientes de Sua Ressurreição. Por isso é que ficamos admirados com aquelas pequenas luzes ali no chão, no meio da mata, no fim da missa, depois da comunhão. Mais do que pedirmos sinais, devemos é agradecer pela Graça do Cristo Ressuscitado e pelas luzes que emanam Dele. Rezemos juntos....
ORAÇÃO:
Ó Deus, Pai de Poder!
Pelo Vosso Poder Infinito:
- Fortalecei nossa fé nas Palavras do Evangelho!
- Fazei-nos acreditar no Grande e Eterno Sinal dado por Jesus!
- Ensinai-nos a não pedirmos mais sinais como curiosidade!
- Dai-nos entendimento para agradecer mais que pedir!
- Acolhei nossa gratidão pela Ressurreição de Jesus Cristo...
AMÉM.
Nenhum comentário:
Postar um comentário