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terça-feira, 9 de agosto de 2016

MENSAGEM DIÁRIA Pe. NATALICIO.

     
  "UM ABRAÇO FEDIDO"  (Lc 15, 11 - 32). 
                          Pe. Natalício.    
                                                                        Desde o meu primeiro ano de Pároco (São João do Ivaí, 1989), tenho o costume de passar a Vigília da Quinta Feira Santa atendendo confissões. É muito cansativo, mas também muito gratificante. Depois de passar várias noites no Mutirão de confissões nas Paróquias; Após ter comemorado a Santa Ceia na qual Jesus Criou nosso Ministério Presbiteral e tendo celebrado a "Missa do Lava pés", é sacrificante ficar a madrugada toda ouvindo as pessoas em confissões. Mas é muito proveitoso.
                                                                       Mesmo cochilando e bocejando, é muito bom atender tantas pessoas que não podem vir em outro horário! Quantas "ovelhas perdidas" que retornam ao aprisco! Quantas pessoas afastadas, revoltadas, feridas, magoadas, excluídas e se julgando condenadas aparecem na alta madrugada! Sinto-me instrumento da Misericórdia de Deus. Sinto que presto um grande serviço à comunidade e à Deus. Na madrugada e na manhã de Sexta Feira da Paixão, tenho feito magnifica pescaria para Deus! Tenho pescado cada "trairona", "piranha" e "bagre ensaboado"...
                                                                       Certa vez, antes de clarear o dia, chegou uma pessoa que fez um desabafo! Dizia que tinha mais de 40 anos que não confessava. Falou de suas revoltas e mágoa contra a igreja e contra os padres. Contou uma montanha de pecados e pecados fortes e violentos. Veio confessar, mas achava que não merecia o perdão de Deus. Que seu destino era o inferno. A pessoa chorava muito e, em certos momentos, não conseguia falar. Naquele horário, quando o corpo já quase não aguentava mais, no horário em que o sono é mais gostoso, eu me senti como o pescador que acabava de pescar um grande peixe. Aquela foi uma pescaria milagrosa. 
                                                                        Depois de ouvir, aconselhar e absolver aquele "filho pródigo", dei-lhe um abraço bem acolhedor e choramos juntos. Aquilo me fez lembrar da Parábola do Pai Misericordioso que acolheu o filho rebelde e ingrato. Depois de sofrer tanta indiferença do filho o Pai o acolhe com um abraço (Lc 15, 11 - 32). Aquele "menino" que vivia no chiqueiro, querendo saborear comida de porco, devia estar fedendo demais! Imaginem o mau cheiro e a sujeira! Mas o Pai nem ligou! Sabia que por trás dos excrementos estava seu filho querido e esperado. Foi um "abraço fedido" mas muito desejado...
                                                                        Precisamos continuar a obra misericordiosa de Deus. É necessário que todas as pessoas do mundo saibam que tem um Pai Rico em Misericórdia. Devemos agradecer o carinho que Ele tem por nós e testemunhá-lo por toda parte. Por outro lado, devemos ser misericordiosos com as pessoas revoltadas e afastadas. Da mesma forma que gostamos de ser tratados com misericórdia, devemos ter misericórdia para com as outras pessoas. Rezemos juntos para nossa conversão...
 
ORAÇÃO: 
 
Ó Deus! Pai de Poder!
Pelo Vosso Poder Infinito: 
- Livrai-nos de afastarmos de Vossa Casa!
- Ajudai as pessoas afastadas a voltarem para Vós!
- Não permitas que rejeitemos as pessoas que retornam!
- Aprimorai-nos na arte de acolher bem as pessoas sofredoras!
- Aceitai nossa gratidão pela Vossa Divina Misericórdia....
                                                                                  AMÉM.

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