"DE BELÉM À MACAPÁ" (Jr 17, 5-10).
Pe. Natalício.
Meu curso de Teologia, em preparação para minha Ordenação Presbiteral, foi realizado no Instituto Paulo VI em Londrina-Pr. Foram 4 anos. De 1984 a 87, com a ajuda dos Freis Capuchinhos, aprofundamos os temas que me são úteis até hoje. Nas margens do Lago Igapó, na Capital do Café, lemos e aprofundamos os livros bíblicos. Frei Ovídio Zanini, Frei Valmor, Frei Quaresma, entre outros foram "esteios" naqueles primeiros anos. Como foram importantes da superação das crises que são próprias neste período acadêmico! Frei Zanini dizia: "Que bom que vocês tem crises. Sinal que estão vivos. Crise é bom sinal. Está acontecendo a mundança"...
Em 1985 chegava nova turma para os estudos. Fomos para o segundo ano. Entre os novos, estava meu amigo, Paulo de Oliveira, ou "Paulo Peteba" como gostávamos de chamá-lo. Foi com ele que fiz um trabalho missionário na Diocese de Macapá. Dom Luiz Soares Vieira, que foi nosso Professor no Curso Filosófico em Apucarana, era Bispo naquela Diocese e nos ajudou nas viagens. E lá fomos nós. Ônibus de Apucarana a Ribeirão Preto. Depois pra Brasília e pra Belém do Pará. Ficamos alguns dias ali com os Padres do PIME, mas tínhamos que ir até Macapá. Só havia duas maneiras de chegarmos lá: de avião ou de navio.
Numa das noites do fim do ano tomamos um vôo para a capital do Amapá. Foi a segunda vez que viajava de avião. A primeira foi em 1978, de Ivaiporã para Apucarana. Foram só 15 minutos num avião bem pequeno. Só cabia 4 pessoas. Agora, nesta segunda viagem era bem maior e por mais tempo. A aeronave saiu à meia noite e estava chovendo. Antes, no aeroporto, ouvimos muitos comentários de queda de aviões durante as madrugadas na foz do Rio Amazonas. Dava medo ouvir aqueles comentários! Mas tínhamos que confiar nas pessoas que estavam comandando o vôo. Certamente o piloto sabe das coisas e vai se cuidar. Foi o que pensamos! Tivemos que confiar...
Todos nós, em alguns momentos e em algumas situações, devemos confiar nas pessoas. O paciente deve confiar que o médico fará a cirurgia correta e que não prejudicará os membros sadios do seu corpo. Devemos confiar no farmacêutico que nos vende um tal medicamento. Devemos confiar na gente do banco, onde fazemos nossa movimentação financeira. Devemos confiar no barbeiro e acreditar que não cortará nosso pescoço com a navalha! Confiamos no motorista do ônibus ou de táxi, confiamos no papai e na mamãe. Mas a Bíblia fala que não devemos confiar no ser humano. Há até mesmo uma maldição. Vamos ler o Profeta Jeremias...
"Isto diz o Senhor: 'Maldito o homem que confia no homem e faz consistir sua força na carne humana, enquanto o seu coração se afasta do Senhor; como os cardos no deserto, ele não vê chegar a floração, prefere vegetar-se na secura do ermo, em região salobra e desabitada'. Parece que há uma confusão na interpretação. Percebo que há duas maneiras de pensar. Primeiro é que não devemos confiar cem por cento nas pessoas como se fossem infalíveis. Só em Deus podemos apostar tudo. Por outro lado devemos entender que ninguem deve confiar em suas forças físicas, como se fossem infalíveis! Se alguem pensar assim será fracassado...
Mas o Profeta fala do segredo do sucesso. Confira: "Bendito o homem que confia no Senhor, cuja esperança é o Senhor; é como a árvore plantada junto às águas, que estende as raízes em busca da umidade, e por isso não teme a chegada do calor: sua folhagem mantém-se verde, não sofre míngua em tempo de seca e nunca deixa de dar frutos. Em tudo é enganador o coração, e isto é incurável; quem poderá conhecê-lo? Eu sou o Senhor, que perscruto o coração e provo os sentimentos, que dou a cada qual conforme o seu proceder e conforme o fruto de suas obras" (Jr 17, 5-10). Confiar no Senhor é o SEGREDO! Creio nisso! Prego isso! E que ASSIM SEJA...
Meu curso de Teologia, em preparação para minha Ordenação Presbiteral, foi realizado no Instituto Paulo VI em Londrina-Pr. Foram 4 anos. De 1984 a 87, com a ajuda dos Freis Capuchinhos, aprofundamos os temas que me são úteis até hoje. Nas margens do Lago Igapó, na Capital do Café, lemos e aprofundamos os livros bíblicos. Frei Ovídio Zanini, Frei Valmor, Frei Quaresma, entre outros foram "esteios" naqueles primeiros anos. Como foram importantes da superação das crises que são próprias neste período acadêmico! Frei Zanini dizia: "Que bom que vocês tem crises. Sinal que estão vivos. Crise é bom sinal. Está acontecendo a mundança"...
Em 1985 chegava nova turma para os estudos. Fomos para o segundo ano. Entre os novos, estava meu amigo, Paulo de Oliveira, ou "Paulo Peteba" como gostávamos de chamá-lo. Foi com ele que fiz um trabalho missionário na Diocese de Macapá. Dom Luiz Soares Vieira, que foi nosso Professor no Curso Filosófico em Apucarana, era Bispo naquela Diocese e nos ajudou nas viagens. E lá fomos nós. Ônibus de Apucarana a Ribeirão Preto. Depois pra Brasília e pra Belém do Pará. Ficamos alguns dias ali com os Padres do PIME, mas tínhamos que ir até Macapá. Só havia duas maneiras de chegarmos lá: de avião ou de navio.
Numa das noites do fim do ano tomamos um vôo para a capital do Amapá. Foi a segunda vez que viajava de avião. A primeira foi em 1978, de Ivaiporã para Apucarana. Foram só 15 minutos num avião bem pequeno. Só cabia 4 pessoas. Agora, nesta segunda viagem era bem maior e por mais tempo. A aeronave saiu à meia noite e estava chovendo. Antes, no aeroporto, ouvimos muitos comentários de queda de aviões durante as madrugadas na foz do Rio Amazonas. Dava medo ouvir aqueles comentários! Mas tínhamos que confiar nas pessoas que estavam comandando o vôo. Certamente o piloto sabe das coisas e vai se cuidar. Foi o que pensamos! Tivemos que confiar...
Todos nós, em alguns momentos e em algumas situações, devemos confiar nas pessoas. O paciente deve confiar que o médico fará a cirurgia correta e que não prejudicará os membros sadios do seu corpo. Devemos confiar no farmacêutico que nos vende um tal medicamento. Devemos confiar na gente do banco, onde fazemos nossa movimentação financeira. Devemos confiar no barbeiro e acreditar que não cortará nosso pescoço com a navalha! Confiamos no motorista do ônibus ou de táxi, confiamos no papai e na mamãe. Mas a Bíblia fala que não devemos confiar no ser humano. Há até mesmo uma maldição. Vamos ler o Profeta Jeremias...
"Isto diz o Senhor: 'Maldito o homem que confia no homem e faz consistir sua força na carne humana, enquanto o seu coração se afasta do Senhor; como os cardos no deserto, ele não vê chegar a floração, prefere vegetar-se na secura do ermo, em região salobra e desabitada'. Parece que há uma confusão na interpretação. Percebo que há duas maneiras de pensar. Primeiro é que não devemos confiar cem por cento nas pessoas como se fossem infalíveis. Só em Deus podemos apostar tudo. Por outro lado devemos entender que ninguem deve confiar em suas forças físicas, como se fossem infalíveis! Se alguem pensar assim será fracassado...
Mas o Profeta fala do segredo do sucesso. Confira: "Bendito o homem que confia no Senhor, cuja esperança é o Senhor; é como a árvore plantada junto às águas, que estende as raízes em busca da umidade, e por isso não teme a chegada do calor: sua folhagem mantém-se verde, não sofre míngua em tempo de seca e nunca deixa de dar frutos. Em tudo é enganador o coração, e isto é incurável; quem poderá conhecê-lo? Eu sou o Senhor, que perscruto o coração e provo os sentimentos, que dou a cada qual conforme o seu proceder e conforme o fruto de suas obras" (Jr 17, 5-10). Confiar no Senhor é o SEGREDO! Creio nisso! Prego isso! E que ASSIM SEJA...
ORAÇÃO:
Ó Deus, Pai de Poder!
Pelo Vosso Poder Infinito:
- Não permitas que sejamos imprudentes, confiando em nós mesmos!
- Libertai-nos de todo tipo de idolatria e arrogância!
- Fazei que nossa confiança no Senhor seja cada vez maior!
- Prescrutai e curai nossos corações!
- Recebei nossa gratidão por conservardes nossa Grande Esperança...
AMÉM.
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