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quinta-feira, 23 de novembro de 2017


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"JUNTA DE BOIS" (Ap 11, 4-12).
                                    Pe. Natalício.

                                                                        Trago boas recordações do meu tempo de infância. Nas terras de Minas Gerais, vivi até quase completar meus 14 anos. Tenho bonitas recordações dos trabalhos que fazia com meus pais e meus tios. O contato com a terra e com a natureza é muito saudável! Trabalhar no meio da lavoura de milho ou de feijão era uma maneira de fazer espiritualidade. Ali era como uma grande catedral onde se podia ouvir, não os órgãos elétricos, mas os corais de maritacas, bem-ti-vis e joão de barro. Podia-se ouvir, ao longe, o canto da siriema e inhambu. Também é maravilhoso ouvir o canto da juriti pelas beiras dos córregos...
                                                                         Era muito bom ouvir o canto de um "carro de boi" cortando o estradão lá nas margens do cerrado ou no baixadão. O Tio Zé, morava lá na cabeceira do córrego do engenho. O Tio Antonio morava num outro "corguinho" perto da deságua no rio Cipó. Eram os dois tios que possuíam carro de boi. Às vezes o tio Zé descia. Outras vezes o tio Antonio subia. Passavam sempre perto de nossas roças. Meu irmão e eu parávamos tudo e ficávamos observando aquele fenômeno! Duas ou três juntas de bois puxando um carro carregado de milho, de cana ou de lenha. Aquilo era maravilhoso! Quanta força faziam aqueles animais! Mas haviam uns mais importantes...
                                                                          A junta de bois que suportava o cabeçote do carro era chamada de "junta de coice". Os bois eram treinados para segurar o carro nas descidas. Eles erguiam a cabeça e, com a canga batendo nos chifres, impediam que o carro descesse descontrolado. Normalmente eram bois acostumados a trabalharem juntos. Assim o carreto dava certinho. Falando em juntas de bois, lembro-me agora de uma dupla de testemunhas poderosas mencionadas no Livro do Apocalipse. O Escritor não menciona o nome delas, mas afirma que são poderosas! São comparadas "as duas oliveiras e os dois candelabros".  Também são chamados de "dois profetas"...
                                                                           Essa "Junta Apocalíptica" tem umas atribuições muito especiais. Vejamos: " Se alguém quiser fazer-lhes mal, um fogo sairá da boca delas e devorará seus inimigos... Têm o poder de fechar o céu, de modo que não caia chuva alguma enquanto durar a sua missão profética... Têm também o poder de transformar as águas em sangue... Podem ferir a terra com todo o tipo de praga... Eles subiram ao céu, na nuvem, enquanto os inimigos ficaram olhando" (Ap 11, 4-12). Quanto poder tem essa "Junta"! Fico a pensar em duas grandes forças que temos, que podem fazer isso. Pensei na ORAÇÃO e na AÇÃO. Formam um dupla perfeita...
                                                                           De fato, a Bíblia fala que a fé faz coisas maravilhosas. O capítulo 11 da carta aos Hebreus apresenta uma lista de muita gente vitoriosa pela fé. Mas a fé sem obras é morta, como afirma a Carta de São Tiago. Porem, não podemos cair num ativismo. Nâo devemos apenas fazer coisas. É preciso subir a montanha e passar a noite em oração como fazia Jesus Cristo. Podemos então imaginar o poder que tem uma FÉ ORANTE E OPERANTE. A Graça de Deus e o trabalho humano fazem uma boa parceria. Pode haver combate, não serão derrotadas. Creio nisso! Prego isso! Trabalho pra isso! E que ASSIM SEJA...

 ORAÇÃO:
 
Ó Deus, Pai de Poder!
Pelo Vosso Poder Infinito:
- Não permitas que sejamos fracos na oração e no trabalho!
- Dai-nos sempre a sede de rezar e trabalhar!
- Fazei-nos trabalhar rezando e rezar trabalhando!
- Libertai-nos do medo das perseguições!
- Recebei nossos louvores pelo testemunhos de Vossos Profetas...
                                                                                 Amem!

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