"RATINHOS NAS CAVERNAS" (Gl 2,1-2.7-14).
Pe. Natalício.
Durante oito anos representei o Regional Sul II da CNBB (Paraná) no Conselho Nacional do ECC. Nos primeiros quatro anos o casal que me acompanhou foi o Reginaldo e a Maria Odete da Cidade de Arapongas. Nos outros quatro anos foi o casal Jaime e Terezinha da cidadae de Ibiporã. Foram muitas viagens pelo Brasil. Quantos Congressos Nacionais e Regionais! Quantas reuniões do Conselho Nacional e Regional! Tive muitas e boas experiências. Uma das últimas foi em São Paulo no Congresso Regional realizado nas Dioceses da Sé e Ipiranga. O casal que me hospedou levou-me para conhecer algumas coisas lindas da grande cidade...
Quando entramos na Igreja dos Monges Beneditinos senti uma grande paz. Era o momento que ia começar as orações em canto gregoriano. Ficamos ali nos bancos da igreja observando lá no presbitério toda a organização. Era um espaço muito grnade com muitas cadeiras enormes em forma de capela onde cada monge iria sentar-se para o nobre momento. Foi feita a exposição do Santíssimo Sacramento e começaram a chegar os monges, um após do outro. Iam chegando no presbitério e ocupando aquelas cadeiras especiais. Em pouco tempo todas foram tomadas...
Ao som do piano, as orações foram cantadas calmamente. Era uma tarde de domingo. Havia um grande jogo de futebol na televivão. A cidade estava em grande agitação. Mas ali reinava a paz e a serenidade. A Hóstia Consagrada no centro! Os mongens, vestidos de hábito negro, em volta, pareciam ratinhos nas cavernas querendo comer o queijo. Foram bons momentos de oração e contemplação. Fiquei a refletir se teria vocação para monge! Claro que pra servir a Jesus topo qualquer coisa. Mas parece que me acerto melhor agindo no meio do povo, comunicando, cantando, pregando, convivendo com o povo.
Mas ser monge é uma das várias maneiras de testemunhar a fé. Recordo-me do que aconteceu com Pedro e Paulo. Um foi trabalhar com os Judeus e outro foi com os pagãos. Cada um com seu jeito e carisma. Vejamos o testemunho de Paulo: "Quatorze anos mais tarde, subi, de novo, a Jerusalém, com Barnabé, levando também Tito comigo. Fui lá, por causa de uma revelação. Expus-lhes o evangelho que tenho pregado entre os pagãos, o que fiz em particular aos líderes da Igreja, para não acontecer estivesse eu correndo em vão ou tivesse corrido em vão. Pelo contrário, viram que a evangelização dos pagãos foi confiada a mim, como a Pedro foi confiada a evangelização dos judeus"... Mesmo assim hove conflito entre os dois por causa dos pagãos. Pedro agia diferente e Paulo falou com firmeza:
"Quando vi que não estavam procedendo direito, de acordo com a verdade do Evangelho, disse a Cefas, diante de todos: "'Se tu, que és judeu, vives como pagão e não como judeu, como podes obrigar os pagãos a viverem como judeus?"(Gl 2,1-2.7-14). Pedro e Paulo! Cada um com seu dom e carisma para evangelizar. Em campos diferentes! Com métodos diferentes! Mas todos servindo ao mesmo Senhor! É até normal alguns desentendimentos! Mas que sejam para o crescimento da missão. Entre nós da Igreja de hoje deve ser assim também. Devemos respeitar os dons e carismas de cada um. Não devemos impor o nosso nem despresar os outros. São Francisco Xavier e Santa Tereziha são Padroeiros das Missões e com imensas diferenças. Creio na harmonia e no diálogo! Prego isso! Trabalho pra isso! E que ASSIM SEJA...
ORAÇÃO:
Ó Deus, Pai de Poder!
Pelo Vosso Poder Infinito:
- Não permitas que nossas diferenças nos afastem!
- Dai-nos a graça de respeitarmos as nossas diferenças!
- Ensinai-nos a valorizar mais nossa qualidade que nossos defeitos!
- Concedei-nos a sabedoria para o diálogo franco e sincero!
- Acolhei nossa gratidão pelo testemunho de São Pedro e São Paulo...
AMÉM.
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