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sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

MENSAGEM DIÁRIA Pe. NATALICIO.



       
                           "VISITINHA À GRUTA" (1 Sm 24, 3-21).
                                         Pe. Natalício.




                                                                                     Minas Gerais, é uma região de muitos morros e serras. Consequentemente, existem também inúmeras grutas e cavernas. Na região onde nasci, havia algumas, mas conheci apenas uma que ficava nas terras que eram do vovô, pai do meu pai. José Silvério da Silva, ou Zezinho, como o chamavam, era pai do papai e meu padrinho de Batismo. Tinha uma boa área de terra nas margens do Córrego do Engenho, que foram divididas entre os filhos quando veio a falecer. 
                                                                                    Na cabeceira do córrego, onde havia a mina, (nascente do mesmo), as terras eram agricultáveis e produziam bem. Não só em volta do poço, mas, uma boa região dali pra cima era plantada pelo papai e seus irmãos. No lugar mais alto havia uma caverna, que possuía uma entrada e uma saída. A entrada era de terra solta e entrávamos escorregando. Não entrei muitas vezes ali, pois tinha medo! Era uma propícia morada para ratos, morcegos e outros animais e insetos peçonhentos. Mas, medo maior a gente tinha de alguma cobra!
                                                                                     Por ser um ambiente de pouca luz, era difícil de se respirar. Havia um medo de possível desmoronamento. A gente olhava pra cima e via aquelas esculturas naturais que pareciam velas derramadas. Apesar do medo, era interessante notar aquele ambiente ali, dentro do chão. Mas cada vez que entrávamos na caverna tínhamos um pensamento místico. O pai de minha mãe, senhor Francisco Maiada, falava de uma caverna que serviu de abrigo para um Padre eremita. De fato muitos santos viveram em cavernas. Lembramos aqui, por exemplo: São Bento e tantos outros.
                                                                                    As cavernas também são mencionadas na Bíblia várias vezes; inclusive no Monte Carmelo, com o Profeta Elias. Mas, uma passagem curiosa está no Primeiro Livro de Samuel. Saul havia montado um exécito para perseguir o rei Davi. Durante o cortejo na intenção de capturá-lo, Saul faz uma visitinha a uma gruta para fazer as suas necessidades. Davi, a quem ele procurava, estava escondido no fundo da gruta. E chegando por trás de Saul, cortou um pedaço de seu manto sem que ele percebesse.
                                                                                   Em seguida, quando Saul já seguia estrada, Davi gritou e mostrou um pedaço do manto que havia cortado. Aquilo foi uma prova de que Davi podia tê-lo matado tranquilamente. Mas não o fez em respeito a Deus e Seus Mandamentos. Essa atitude foi muito forte para Saul que mudou de comportamento (1 Sm 24, 3-21). Davi foi genial! Seria maravilhoso se todo ser humano tivesse esse sentimento! Esse ensinamento, mais tarde, veio a fazer parte das pregações de Jesus, que é descendente de Davi. No Sermão da Montanha, Jesus ensina a não pagar o mal com o mal. Se agirmos assim, o mundo será muito melhor! Sem violências e agressões. Creio nisso! Prego isso! Trabalho pra isso! E que ASSIM SEJA...
 
 
 
ORAÇÃO:
 
 
Ó Deus, Pai de Poder!
Pelo Vosso Poder Infinito:
- Não permitas que o espírito de vingança domine nossa vida!
- Ensinai-nos a não pagar o mal com o mal!
- Dai-nos sabedoria para não reagir com violência as agressões que sofremos!
- Perdoai-nos pelas vezes que nos revoltamos com a violência!
- Acolhei nossos louvores pelo testemunho pacífico do rei Davi...
                                                                                                                          AMÉM!

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