"BURURÚ EM VOLTA DO SACRÁRIO" (1Jo 3,22 - 4,6).
Pe. Natalício.
Muita gente sabe que sou admirador da RCC (Renovação Carismática Católica). Até participei de dois encontros nacionais de Padres sobre o tema. Um foi ministrado pelo Padre Robert De Grandis e o outro pelo italiano Raniero Cantalamessa. Foram dois encontros que ajudaram demais nos meus trabalhos como Padre e como Pároco. O que mais admiro na RCC é o uso da Bíblia, o incentivo à oração, a devoção à Nossa Senhora, adoração à Eucaristia e o respeito ao Papa e toda a Hierarquia da Igreja.
Sei que muitos padres tem dificuldades para acompanhar sua dinâmica, mística e método. Falam que há muitos exageros, etc e tal... Pode até acontecer. Mas não é com todos e em todos os grupos. E, muitas vezes, é mesmo por falta de acompanhamento e orientação. A CNBB tem um documento especial sobre a RCC. É o de número 53 da 34ª reunião do Conselho Permanente, em Brasília, nos dias 22 à 25 de novembro de 1994. Vai completar 20 anos em novembro próximo.
Durante o tempo em que fui Pároco em Ivaiporã, na Paróquia Bom Jesus, certa vez tive que proibir uma atividade que era realizada no grupo de intercessão, na hora do abastecimento. Havia alguém que dirigia a palavra dizendo que tinha sido revelado que no meio daquelas pessoas ali alguém estava cometendo adultério. Aquilo criou um buchicho danado. Criou uma certa confusão. Provocou uma série de julgamentos. Quem seria a tal pessoa? Essa tal revelação não fez nenhum bem e provocou muito mal.
Se alguém tiver alguma revelação e, se for de Deus, deve seguir o espírito evangélico. Deve procurar a pessoa pecadora e falar com ela pessoalmente. Se a revelação é de Deus deve saber quem é a pessoa. Deus não faria revelação pela metade. Esse tipo de coisa não deve acontecer nos encontros da RCC. Esse campo das revelações é muito melindroso. O Espírito maligno tem aí um terreno propicio para agir. É preciso muita atenção. O Apóstolo São João nos falou sobre isso na sua Primeira Carta. Vejamos:
"Caríssimos, não acrediteis em qualquer espírito, mas examinai os espíritos para ver se são de Deus, pois muitos falsos profetas vieram ao mundo" (1Jo 3,22 - 4,6). Percebam que o Homem de Deus chama a atenção sobre duas coisas: 1) Não acreditar em qualquer espírito. 2) Examinar os espíritos. Além disso, advertiu que muitos falsos profetas vieram ao mundo. Também falou do anti cristo. "Todo espírito que não professa a fé em Jesus não é de Deus; é o espírito do Anticristo. Ouvistes dizer que o Anticristo virá; pois bem, ele já está no mundo. Filhinhos, vós sois de Deus e vós vencestes o Anticristo".
Hoje está cada vez mais difícil distinguir os
espíritos. É que a falsidade é tão grande que chegam a protestar uma
coisa e fazerem outra. Não basta falar em nome de Jesus. Não adianta
dizer que acredito no Evangelho. Na verdade o critério melhor é aquele
ensinado por Jesus: Observar os frutos produzidos. O que conta não é o
que se fala, mas o que se faz. Uma árvore má não pode dar fruto bom!
Todas as pessoas devem ficar atentas quanto a isso. Não devem se
convencer rapidamente por alguém que prega uma doutrina bonita. Creio
nisso! Prego isso! Trabalho pra isso! E que ASSIM SEJA...
ORAÇÃO:
Ó Deus, Pai de Poder!
Pelo Vosso Poder Infinito:
- Não permitas que sejamos enganados por falsos profetas!
- Dai-nos Sabedoria para discernir os espíritos!
- Ajudai-nos a não criar confusão na Comunidade!
- Perdoai-nos pelas vezes que deixamos ser guiados por espíritos maus.
- Acolhei nossa gratidão por Vosso Espírito Santo Enviado sobre nós!
AMÉM!
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