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sexta-feira, 18 de março de 2016

MENSAGEM DIÁRIA Pe. NATALICIO.

     
 
"A BANGUELA DE QUE NÃO GOSTO" (Ez 18, 1-10.13b.30-32)
                                                                 Pe Natalício.



                                                                       Meu irmão Joaquim, casado com a Cleonice, mora em Piracicaba e tem 2 filhos e uma filha. De vez em quando eu os visito e  fico admirado com algumas palavras e gírias locais. "Fila" é aquele pão comprido que costumamos chamar de "bengala". Mas bengala é muito diferente de "banguela". Existe dois tipos de banguela. O primeiro é perigoso, mas eu gosto muito. Quem anda de bicicleta sabe que grande parte da distância percorrida por este meio de transporte é banguela. Isto é: Quando se percorre um trecho de estrada em morro abaixo a bicicleta desce com toda velocidade possível. Mas isso é muito perigoso...
                                                                       Quando eu morava no sítio em Jacutinga, no município de Ivaiporã, tive uma bicicleta. Da nossa casa até a sede do Distrito havia uma distância de uns 9 km. Muitas vezes eu percorri aquelas estradas. Para ir havia mais subida e, por isso, era mais difícil. Para voltar eu aproveitava todas as descidas para soltar a bicicleta em "banguela". Certa vez me sai muito mal. A corrente escapou da catraca e fiquei totalmente sem  freio. Que susto! Tive que pressionar o calcanhar na roda traseira para diminuir a velocidade. Aquilo estragou o sapatão e quase não conseguia parar. Mas até hoje gosto de dar "banguela" nos carros que dirijo. Mas isso também é perigoso...
                                                                        Mas há um outro tipo de "banguela" que ninguém gosta. Eu já tive essa experiência também. É quando ficamos sem os dentes. Dar banguela no carro é deixar o motor desengatado. Os dentes da caixa de câmbio ficam livres, sem ação. O carro só é controlado nos freios. Da mesma forma uma pessoa banguela é aquela que não tem dentes. Muitos alimentos são ingeridos sem mastigar. Quando morava na roça, não tive cuidado com meus dentes e, por isso, muitos se estragaram e não tiveram mais conserto. Tiveram que ser extraídos. Fiquei algum tempo banguela. Hoje tenho duas "pontes dentárias". Uma inferior e outra superior. 
                                                                        Claro que nós éramos muito pobres e não podíamos comprar creme dental e escovas. Mas também não fomos estimulados a isso por nossos pais. Eles também não foram orientados por nossos avós. Então poderíamos dizer que eles erraram e nós ficamos banguelas? É! Em parte sim! Mas poderíamos ter corrigido esse costume no decorrer dos tempos. Se meus pais erraram não significa que eu devo continuar errando. Esse raciocínio está expresso no Profeta Ezequiel que lembra um conceito errado que era muito repetido e vivido naquele tempo: "Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos ficaram embotados?"...
                                                                         Pensar assim pode nos levar a dois erros: a) Acreditar que estamos predestinado para sofrer que não podemos fazer nada. b) Colocar nos outros a culpa de nossos erros. Devemos assumir nossos atos e mudar de vida. Cada pessoa deve ser responsável por aquilo que faz.  "Vou julgar cada um de vós, ó casa de Israel, segundo a sua conduta. Arrependei-vos, convertei-vos de todas as vossas transgressões, a fim de não terdes ocasião de cair em pecado. Afastai-vos de todos os pecados que praticais. Criai para vós um coração novo e um espírito novo. Por que haveis de morrer, ó casa de Israel? Pois eu não sinto prazer na morte de ninguém. Convertei-vos  (Ez 18, 1-10.13b.30-32). Que maravilha! Deus não sente prazer com a morte de alguém. 
                                                                          O Senhor Deus faz boas orientações para todos nós: 1) Arrependei-vos, convertei-vos de todas as vossas transgressões; 2) Afastai-vos de todos os pecados que praticais; 3) Criai para vós um coração novo e um espírito novo... Esses ensinamentos são sérios e eficazes na vida de todos. Devemos ter consciência de que teremos que comparecer "cara a cara" com o Senhor" para o julgamento. Portanto, não devemos por a culpa nas outras pessoas.. A música "O Último Julgamento cai muito bem aqui. Seria bom ouvi-la e meditar sua letra questionadora. Devemos estar prontos para esse dia. Creio nisso! Prego isso! Trabalho pra isso! E que ASSIM SEJA...
 
 
 
ORAÇÃO: 
 

Ó Deus, Pai de Poder!
Por Vosso Poder Infinito:
- Não permitas que nossos erros sejam causas de sofrimentos para as futuras gerações!
- Dai-nos a consciência de sermos responsáveis pelos nossos erros!
- Fazei-nos humildes para nossa conversão!
- Iluminai-nos para que afastemos sempre dos pecados!
- Recebei nossa gratidão por não nos castigar  quando erramos!
                                                                                                AMÉM!

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