"NAVALHA NA CABEÇA" (At 18, 9-18).
Pe. Natalício.
Meu curso filosófico foi realizado na Colônia Esperança, no interior do MInicípio de Arapongas. Foram três anos, ali no contato com a natureza. Acordava ouvindo o canto dos passarinhos, que faziam serenata na minha janela e adormecia contemplando as estrelas, que faziam seu bailado no céu. Quando a lua era cheia, o espetáculo era melhor ainda! Tudo era maravilhoso! Mas, vivia sonhando com o dia em que terminaria aquele curso, para começar os estudos teológicos.
Éramos cinco rapazes que estudavam na mesma sala. Mas havia uma maior amizade entre eu e o Luiz Antonio Burin. Estávamos sempre conversando e fazendo planos para o futuro. Burin e eu, por algum tempo fazíamos pastoral juntos. Primeiro foi no Conjunto Adriano Correia em Apucarana. Depois, já na teologia, na Paróquia Santíssima Trindade em Arapongas. Estávamos sempre juntos nos compromissos. Parecíamos irmãos. Certo dia, fizemos um compromisso meio esquisito. Parecia uma promessa...
Falei pra ele o seguinte: - No último dia nosso aqui, na Colônia Esperança, vamos raspar nossa cabeça? Ele respondeu: - Se você fizer eu faço também. Essa conversa, foi ouvida por alguns colegas, que não esqueceram. Quando chegou o tal dia, fizemos uma confraternização com amigos e parentes. Lembro-me que, Burin e eu estávamos, com outros amigos jogando baralho e, derrepente a surpresa: Os colegas que haviam escutado aquela conversa do passado, chegaram com tesoura, gilete, bacia com água e sabão...
Ficamos muito feios, mas, promessa é promessa! Depois me conformei ao ler o que aconteceu com o Apóstolo Paulo, que também raspou a cabeça para cumprir uma promessa. O fato está narrado no Livro dos Atos dos Apóstolos. Depois de narrar uma aparição de Jesus, dizendo pra ele não ter medo, ficou um ano e meio em Corinto. Aconteceu séria perseguição por parte dos judeus. Mas Galião, o Proconsul, não entendeu as acusações e mandou todos saírem e resolverem a questão sobre Jesus, entre eles mesmos.
Com isso, Paulo ficou livre. Mas vejamos o desfecho final: "Então todos agarraram Sóstenes, o chefe da sinagoga, e espancaram-no diante do tribunal. E Galião nem se incomodou com isso. Paulo permaneceu ainda vários dias em Corinto. Despedindo-se dos irmãos, embarcou para a Síria, em compania de Priscila e Áquila. Em Cancreia, Paulo raspou a cabeça, pois tinha feito uma promessa" (At 18, 9-18). Não sabemos qual foi a promessa que Paulo fez. Mas o fato é que aquilo que Jesus prometeu na visão aconteceu....
Quando trabalhamos para Jesus, não precisamos ter mendo de nada. Ele nos acompanha. Ele prometeu ficar conosco até o fim. Quando Jesus promete, acontece! Muitas vezes não somos dignos das suas promessas. Deus usou até de Galião, um pagão, para libertar o Apóstolo. Quem poderia imaginar uma coisa dessas!? Apesar dos contratempos, a Missão continua! A Obra é de Jesus e nada poderá destruí-la. Creio nisso! Prego isso! Trabalho pra isso! E que ASSIM SEJA...
ORAÇÃO:
Ó Deus, Pai de Poder!
Pelo Vosso Poder Infinito:
- Não permitas que sejamos medrosos em nosso Apostolado!
- Dai-nos perseverança na obra missionária!
- Iluminai as nossas autoridades para colaborarem na implantação do Vosso Reino!
- Ajudai-nos a cumprirmos nossos votos e promessas!
- Acolhei nossa gratidão pela atitude de Galião em favor de São Paulo...
AMÉM.
- Dai-nos perseverança na obra missionária!
- Iluminai as nossas autoridades para colaborarem na implantação do Vosso Reino!
- Ajudai-nos a cumprirmos nossos votos e promessas!
- Acolhei nossa gratidão pela atitude de Galião em favor de São Paulo...
AMÉM.
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