MENSAGEM DIÁRIA Pe. NATALICIO.

      

                                                                         "VINTE E OITO LITROS DE FEIJÃO (Jn 3,1-10).
                                                                                                                                           Pe. Natalício.






                                                                            No mês de julho de 1968, minha família chegava ao Paraná. Papai tinha vendido tudo o que possuia no estado de Minas Gerais, colocou a família e a mudança num caminhão chevrolet, de cor branca e cortamos estrada. Junto na mudança papai trazia todo o dinheiro para pagar o sítio que o Vovô Francisco havia comprado para nós. O terreno era cheio de pedras e ladeiras. Perto da cabeceira, havia uma parte mais plana onde podia ser cultivada com mais facilidade. Foi onde fizemos uma das primeiras plantações.
                                                                              Havia ali um capoeirão cerrado. Com foices bem amoladas, fizemos o roçado que, em pouco tempo, ficou pronto pra queimada. Terra bonita e fértil, recebeu as sementes de feijão. Foram 20 e oito litros bem plantados com a plantadeira manual. O tempo correu bem e a lavoura ficou muito bonita. Os pés ficaram grandes e com muitas vagens. Aquilo era bonito de se ver! Pra quem faz agricultura familiar, aquilo era maravilhoso! Na hora da colheita o tempo colaborou de novo. Arrancamos manualmente cada pé.
                                                                                Os pés de feijão eram arrancados e colocados em pequenos montes ao longo do terreno, para que secassem logo. Depois de seco erra amontoado em cima de uma grande lona que cobria o chão. Com um pedaço de ferro amarrado na ponta de uma vara de madeira, aquele monte de feijão era malhado. Depois, tirava a palha e o feijão ficava quase limpinho! Restava um pó fino e verde devido as folhas esmagadas no processo. Depois, usava-se outro processo para fazer a limpeza...
                                                                                  No final daquela colheita nossa alegria foi enorme! Havíamos plantado 28 litros e colhemos 28 sacos. Um saco por litro, era extraordinário! Sentimos que foi ação especial de Deus! Era muito gostoso ver o monte de sacos de feijão. Aquilo era resultado do nosso trabalho! Uma das alegrias mais importantes da vida é poder colher os frutos do nosso trabalho. Essa alegria o Profeta Jonas devia ter sentido depois da missão realizada na cidade de Nínive. Foi um trabalho duro e o resultado foi surpreendente!
                                                                                  "Jonas entrou na cidade, percorrendo o caminho de um dia; pregava ao povo, dizendo: 'Ainda quarenta dias, e Nínive será destruída. Os ninivitas acreditaram em Deus; aceitaram fazer jejum, e vestiram sacos, desde o superior ao inferior. A pregação chegara aos ouvidos do rei de Nínive; ele levantou-se do trono e pôs de lado o manto real, vestiu-se de saco e sentou-se em cima de cinza"... Seu trabalho foi reconhecido. Todos acreditaram na sua pregação. Até o rei...
                                                                                   Diante disso, Deus não realizou o castigo anunciado. "Vendo Deus as suas obras de conversão que os ninivitas se afastavam do mau caminho, compadeceu-se e suspendeu o mal, que tinha ameaçado fazer-lhes, e não o fez" (Jn 3,1-10). Que eficiência teve o Profeta? Seria maravilho se nosso profetas tivessem o mesmo desempenho! Mas podemos conseguir ainda. Não podemos é nos desanimar! Podemos melhorar! Creio nisso! Prego isso! Trabalho pra isso! E que ASSIM SEJA.

ORAÇÃO:




Ó Deus, Pai de Poder!
Pelo Vosso Poder Infinito:
- Não permitas que sejamos ingratos com vossas obras!
- Abençoai nossos esforços no trabalho missionário!
- Confirmai sucesso nos empreendimentos que fazemos!
- Fazei acontecer conversões abundantes também hoje!
- Recebei nossa gratidão pela Vosso Misericórdia sem fim....
                                                                                            AMÉM.