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sábado, 21 de dezembro de 2013

MENSAGEM DIÁRIA Pe. NATALICIO.



                    


                                            "CORAL DE ROLINHAS" (Ct 2,8-14).
                                                                       Pe. Natalício.


                                                                         Meu tempo de criança foi vivido em Minas Gerais. Meus pais trabalhavam na roça e não tinha convivência com a vida urbana. Não frequentávamos escola. Nossa mãe nos ensinava o ABC, o beabá, a cartilha de nomes e um pouco de matemática. Também nos ensinava a catequese. Foi ela que me preparou para a Primeira Comunhão. Cresci convivendo com as plantas e os animais. Nossos brinquedos eram coisas da natureza. Pescar, andar à cavalo, caçar passarinhos....
                                                                         Quantos passarinhos pegamos no laço que papai armava ou na arapuca que mamãe fazia! No mangueirão dos porcos costumava juntar um bando enorme de rolinhas. Havia fartura de comida pra elas. O farelo do moinho e o resto do milho que os porcos comiam atraiam muitas aves. As árvores ali por perto ficavam cheias dessas pequenas aves. Cada vez que íamos ver se havia passarinho na arapuca, era muita emoção!. De longe podíamos perceber se estava ou não desarmada.
                                                                        Ao ver que na arapuca havia alguma caça, descíamos o morro correndo. Era uma ansiedade enorme. Para tirar a caça da arapuca era preciso muito cuidado. Algumas vezes, não cuidamos direito e perdemos a caçada. Aí ficávamos muito tristes. Que chateação! Ficávamos olhando os bichinhos cantando e fazendo show nos galhos das grandes aroeiras que haviam ali por perto! Era maravilhoso ouvir o cantar das rolinhas! Durante o horário mas quente do dia era um espetáculo...
                                                                        Hoje, ao ler o Livro dos Cânticos dos Cânticos, fico a recordar sobre esse passado. No poema sobre a corrida para o grande encontro do casal apaixonado, a voz da amada é comparada ao canto da rolinha (Ct 2, 8-14).  Rolinhas à parte, é impressionante o efeito que tem a voz da pessoa amada no ouvido da gente! Isso pode ser notado no comportamento das criancinhas quando ouvem a voz da mãe que, estando ausente, se aproxima. O contentamento da criança é inevitável...
                                                                       A nossa voz tem um poder enorme. Ao ler o Evangelho de Lucas, no relato da visita de Nossa Senhora a Santa Isabel, notamos o poder da voz da Mãe de Jesus ao chegar aos ouvidos da Mãe de João Batista. Isabel ficou cheia do Espírito Santo. João Batista que estava em seu ventre, exultou e foi santificado. Diante disso, devemos usar melhor nossa voz e nossas palavras. Podemos santificar ou revoltar alguém. Podemos ser fonte de alegria ou de tristeza. Gostaria que todos nós pudéssemos ser instrumentos a serviço da santificação das pessoas. Creio nisso! Prego isso! Trabalho pra isso! E que ASSIM SEJA...



ORAÇÃO:



Ó Deus, Pai de Poder! 
Pelo Vosso Poder Infinito:
- Não permitas que usemos mal nossa voz!
- Orientai-nos para que nossas palavras sejam santificantes!
- Dai-nos sabedoria para levar alegria e santidade para as pessoas que encontrarmos!
- Perdoai-nos pelas vezes que usamos erradamente nossa voz!
- Recolhei nossa ação de graças pelo dom de nossa comunicação...
                                                                                                                           AMÉM.
                                                    

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