"AMPULHETA QUEBRADA" (At 7, 51-8, 1a).
Pe. Natalício.
Possivelmente muita gente não saiba o que é uma ampulheta.
Por isso, quero dar algumas orientações sobre isso: Foi inventada por um Monge do século VIII. Também conhecido como relógio de areia. Um dos
primeiros instrumentos que o homem concebeu para medir o tempo. É
formada por dois cones ocos de vidro, unidos pelo gargalo, de modo a
deixar passar a areia de um para o outro, num determinado intervalo,
através de um orifício. Muitas vezes fiquei a contemplar aquele objeto
em ação. Minúsculos grãozinhos de areia parecem com os segundos, os
minutos e as horas de nossa vida. De fato a nossa vida pose ser
comparada a uma ampulheta. Poderia se dizer que, quando a areia termina
de passar é como a vida vivida cem por cento.
Fazendo a revisão da minha temporada aqui em Marilândia do
Sul, pude recordar algumas pessoas que viveram conosco e já foram pra
eternidade. Algumas delas viveram a plenitude de suas forças. Parecem
aquelas ampulhetas onde a areia passou todinha! Recordo com saudade a
dona Senhorinha, Sebastião Laureano, Osvaldo Plath, etc. Outras pessoas
foram levadas no começo da vida quando a areia mal tinha começado a
passar. Lembro de uma menininha que morreu num acidente de trânsito, no
qual estava envolvido nosso futuro Diácono Luiz Borges. Também é
impossível esquecer aquela outra criança que foi assassinada por um pai
ciumento, ali pra cima da linha de trem.
Outras pessoas, porém, se foram na metade da jornada. Ainda
havia muita areia pra passar. Aqui recordo com muita dor, a morte do
Padre Donizeti, ocorrida aqui na casa onde moro. Foi preciso arrebentar a
porta do seu quarto para retirar o seu corpo. A porta ainda tem o sinal
dos remendos. De vez em quando fico a meditar sobre isso e fico
emocionado! Pessoas que morrem no começo ou na metade da jornada, são
como ampulhetas quebradas. Imaginem os recipientes de vidro caídos no
piso, a areia e os cacos esparramados. É muito dolorido constatar tantas
vidas atropeladas nos dias de hoje!
Quando lermos o Livro do Ato dos Apóstolos, encontramos ali,
no capítulo 7, o apedrejamento de um jovem, assassinado violentamente.
Foi tanta pedrada revelando o ódio dos judeus contra os cristãos. Vamos
ler? "Arrastaram-no
para fora da cidade e começaram a apedrejá-lo. As testemunhas deixaram
suas vestes aos pés de um jovem, chamado Saulo. Enquanto o apedrejavam, Estêvão clamou dizendo: "Senhor Jesus, acolhe o meu espírito”.Dobrando os joelhos, gritou com voz forte: “Senhor, não os condenes por este pecado”. E, ao dizer isto, morreu" (At
7, 51-8, 1a). O diácono Estêvão, foi mais uma ampulheta atropelada!
Assim, é também hoje. Quantas vidas jovens são ceifadas a troco de nada.
Mas o projeto de Jesus é bem diferente. Ele quis e quer que
tenhamos vida em abundância! Tanto é que ressuscitou o jovem, filho da
viúva de Naim (Lc 7, 11-16). Trabalhar a Pastoral da Juventude é algo de
grande valor! Tenho a alegria de estar acompanhando um belo trabalho
com os jovens aqui em Marilândia. No Cursilho, na Renovação Carismática,
na Catequese e na Música. Estou até comprometendo de levar a Banda
Genetrix para animar mais ainda os jovens de Jardim Alegre, minha futura
Paróquia. Não podemos mais permitir que nossos jovens sejam
apedrejados. Nem pelas pedras do campo, nem pelas pedras de craque.
Acreditar nos jovens, é apostar no futuro! Creio nisso! Prego isso!
Trabalho pra isso! E que ASSIM SEJA...
ORAÇÃO:
Ó Deus, Pai de Poder!
Pelo Vosso Poder Infinito:
- Não permitas que a vida seja banalizada!
- Libertai-nos dos apedrejamentos da vida moderna!
- Uni e santificai os nossos jovens!
- Perdoai-nos pela nossa omissão diante da violência à vida!
- Acolhei nossos louvores pela perseverança do jovem Santo Estêvão!
AMÉM!
Pelo Vosso Poder Infinito:
- Não permitas que a vida seja banalizada!
- Libertai-nos dos apedrejamentos da vida moderna!
- Uni e santificai os nossos jovens!
- Perdoai-nos pela nossa omissão diante da violência à vida!
- Acolhei nossos louvores pela perseverança do jovem Santo Estêvão!
AMÉM!
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