"VESTIDO DA MINHA MÃE" (Tg 5 1-6).
Pe. Natalício.
Era manhã de terça feira, 25 de setembro de 1951, na comunidade de
Santo Antonio de Fechados, município de Santana de Pirapama - MG.
Aquela comunidade estava reunida para a Santa Missa. Padre Paulo
Cesário, viera atender a comunidade Confessando, fazendo Batizados e
Casamentos. Dois casais especiais na minha vida se uniram naquele dia
pelos laços Sagrados do Matrimônio. Meu pai casando com minha mãe e o
irmão do meu pai com a irmã de minha mãe. Foi um longo trecho a pé para
chegar à Igreja. Os noivos trocaram de roupa na casa do tio da minha
mãe, senhor Domingos Ribeiro que era tio da Vovó Cassiana.
Conforme a minha mãe conta, as roupas do casamento foram levadas
num animal de carga, da casa do vovô até ali. Quem conduziu o cargueiro
foi Inácio, um senhor negro e solteirão. O vestido era simples e ia até
os pés. Tinha véu e grinalda. Este vestido foi feito por minha vó, mãe
de mamãe, e a grinalda foi feita por sua prima segunda que se chamava
Alice. Ao fazê-la, colocou 3 flores de laranjeira. Mamãe conservou
essas relíquias por algum tempo. Na verdade, aconteceu um acidente e o
vestido se perdeu. A casa onde papai e mamãe foram morar era simples e
não havia assoalho e o piso era de chão batido. O vestido da mamãe
estava guardado numa canastra, que era uma caixa grande de madeira,
forrada por dentro com seda e por fora com couro, Calafetado de
tachinhas.
Como não tinham muitas condições financeiras, guardavam as roupas naquela caixa ali no chão. Foi aí que aconteceu o inesperado: Sem que percebessem, cupins da terra, entraram na caixa e estraçalharam tudo! Fico imaginando o quanto minha mãe chorou! Mas deve ter se conformado, porque a família permaneceu unida. Como diz o ditado: "Vão se os anéis mas ficam os dedos!" O casamento durou mais de 50 anos! Só terminou quando o papai morreu. Ainda bem que a riqueza deles não era renda, seda, ouro ou prata! Tudo isso é coisa passageira e pode ser destruído com o tempo. São Tiago fala disso na sua Carta. Vejamos:
Como não tinham muitas condições financeiras, guardavam as roupas naquela caixa ali no chão. Foi aí que aconteceu o inesperado: Sem que percebessem, cupins da terra, entraram na caixa e estraçalharam tudo! Fico imaginando o quanto minha mãe chorou! Mas deve ter se conformado, porque a família permaneceu unida. Como diz o ditado: "Vão se os anéis mas ficam os dedos!" O casamento durou mais de 50 anos! Só terminou quando o papai morreu. Ainda bem que a riqueza deles não era renda, seda, ouro ou prata! Tudo isso é coisa passageira e pode ser destruído com o tempo. São Tiago fala disso na sua Carta. Vejamos:
"E agora, ricos, chorai e gemei, por causa das desgraças que estão para cair sobre vós. Vossa riqueza está apodrecendo, e vossas roupas estão carcomidas pelas traças.Vosso
ouro e vossa prata estão enferrujados, e a ferrugem deles vai servir de
testemunho contra vós e devorar vossas carnes, como fogo" (Tg 5 1-6). Percebam
que o Apóstolo não aprova o acúmulo de riquezas em prejuízo dos pobres,
Esse ensinamento completa a maior riqueza que recebi de meus pais:
Religião, caráter, Fé e solidariedade. Esse ensinamento deve fazer parte
de toda educação familiar. Creio nisso! Prego isso! Trabalho pra isso! E
que ASSIM SEJA...
ORAÇÃO:
Ó Deus, Pai de Poder!
Pelo Vosso Poder Infinito:
- Não permitas que sejamos apegados às riquezas!
- Libertai-nos da ganância pelo capital!
- Tornai-nos mais solidários!
- Perdoai-nos pelas vezes que desprezamos os mais pobres!
- Recebei nossos louvores pelas pessoas que praticam a caridade...
AMÉM!
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