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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

MENSAGEM DIÁRIA Pe. NATALICIO.


         



                       "SAQUINHO DE QUIABO" (2Sm 15,13-14.30;16,5-13a).
                                             Pe Natalício.


                                                               As terras do papai, em Minas Gerais, não eram agricultáveis. Apenas em algumas áreas era possível plantar alguma coisa para o consumo da família. Essas áreas eram cercadas de arame farpado pois o gado vivia pastando pelo resto da propriedade. Nas terras férteis papai plantava milho, feijão, algodão, arroz, mandioca, batata, quiabo, etc. O trabalho era feito pela própria família. Todas as crianças, que tivessem força, podiam ajudar. Lá estávamos nós! A gente trabalhava brincando e brincava trabalhando.
                                                               Não tínhamos brinquedos industrializados. Era tudo muito rústico. Não havia luxo nem vaidade. Tudo servia para fazer uma brincadeira. Era algo puro, sem violência nem malícia. Quem mais brincava comigo era meu irmão Miguel ou Miguelinho como nós o chamamos em família. Eu sou o segundo filho e ele é o terceiro. Quantas brincadeiras nós inventávamos! Certa vez mamãe mandou que fôssemos buscar quiabo lá na roça. Nós a obedecemos e fomos! A roça ficava a uma boa distância de casa.
                                                              Mergulhamos debaixo da cerca de arame e colhemos os quiabos. Colocamos o fruto da colheita dentro de um pequeno "emborná", passamos a cerca de volta, deixamos a encomenda ali no chão gramado e fomos jogar pedras nuns passarinhos. Havia muitas maritacas comendo as espigas de milho. Era muito difícil acertar um bicho daqueles! De repente fizemos uma disputa entre nós dois. Quem acertaria primeiro, uma pedrada no saquinho de quiabo ali no gramado.
                                                             Não me lembro quem foi o ganhador. Mas os quiabos ficaram todos quebrados e amassados. Para mamãe não dar broncas, chegamos rapidinho, colocamos o pacote em cima do banco e saímos pra outra brincadeira. A brincadeira de jogar pedra me trouxe muito azar. Quebrei perna de um franguinho, matei um porquinho e quase acertei um irmão do papai certa vez. E olhem que não usávamos estilingue. As pedradas eram do próprio punho.
                                                              Falando em pedradas, pouca gente sabe que Davi foi apedrejado! Sim. É verdade. O Rei de Israel foi vitima de um apedrejamento! Ele e seus servos estavam fugindo de Absalão. Vejamos o texto: "Quando o rei chegou a Baurim, saiu de lá um homem da parentela de Saul, chamado Semei, filho de Gera, que ia proferindo maldições enquanto andava. Atirava pedras contra Davi e contra todos os servos do rei, embora toda a tropa e todos os homens de elite seguissem agrupados à direita e à esquerda do rei Davi"...
                                                              Abisai e os servos queriam permissão do Rei para cortar a cabeça do agressor. Mas Davi não permitiu e pediu que Deus lhe tirasse a maldição e lhe devolvesse a ventura. Essa atitude do Grande Monarca é muito louvável. Não se deve combater violência com violência. Esta é uma doutrina cristã que a Igreja prega hoje. Devemos ser assim. Nossa justiça tem que ser superior a dos escribas e fariseus. Pra combater a violência usemos a mansidão! Creio nisso! Prego isso! Trabalho pra isso! E que ASSIM SEJA...

ORAÇÃO:

Ó Deus, Pai de Poder!
Pelo Vosso Poder Infinito:
- Não permitas que paguemos o mal com o mal!
- Fazei-nos instrumentos de Vossa Paz!
- Convertei todos os servidores da violência e do ódio!
- Perdoai-nos pelas vezes que caímos na tentação da violência!
- Acolhei nossos louvores pelas pessoas defensoras da Paz Universal....
                                                                                                                   AMÉM. 

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